Diante do desafio do crescimento contínuo de veículos nas ruas e um crescimento ainda maior diante dos incentivos que se têm feito para a aquisição de automóveis nos últimos tempos no país, como a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), faz-se necessário analisar melhor esta realidade. Este desafio está ainda justificado pela Política Nacional de Mobilidade Urbana, que foi regulada pela LEI Nº 12.587 de 3 de janeiro deste ano, com o propósito de planejar políticas públicas que objetivam a melhoria, acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas nos territórios municipais.
A Fundação de Economia e Estatística - FEE estima que em 2011 a população do Vale do Rio dos Sinos chegou a 1.298.362 habitantes, assim naquele ano havia cerca de dois habitantes por veículo na região. Próximo da média de países como Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Espanha e Canadá que têm entre 1,9 e 1,6 automóveis por habitante.
No ano de 2009, quando a estimativa da população calculada pela FEE apontava a região com 1.282.114 habitantes havendo 2,3 habitantes por veículo. A Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luís Roessler – FEPAM/RS estima que as emissões de poluentes na Região Metropolitana de Porto Alegre correspondem a 40% do total de poluentes emitidos pela frota circulante em todo o Estado do RS, Dois Irmãos é o único município da região do Vale do Sinos que não compõe a região metropolitana.
Nos primeiros oito meses de deste ano a região teve um acréscimo de 109 veículos por dia. Neste mesmo período 34.099.125 utilizaram o TRENSURB para se locomover, nas plataformas da região do Vale passaram 62,7% destes usuários. As estações Santo Afonso e Rio dos Sinos, inauguradas este ano, movimentaram cerca de 398.193 entre maio e agosto.
Para a estação Novo Hamburgo o Gerente de Comunicação Integrada do TRENSURB, Janio Mendes Ayres diz que a previsão de demanda para a estação cerca de 6,7 mil usuários por dia/útil nos primeiros períodos após a inauguração, chegando à em torno de 10 mil usuário por dia/útil no ano de 2020.
Ayres explica que esses valores são baseados em estudo apresentado em 2000, sofrendo correções baseadas no acréscimo de uma estação no trecho em relação ao que se previa na época.