Na Região Norte 22,7% dos trabalhadores são contratados por intermediários

Trabalhadores. | Foto por: Danielle Pereira, Flickr.

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28 Abril 2017

Os empregados contratados por intermediários no Brasil somam 9,8 milhões de pessoas, o que representa 18,9% do total de 51,7 milhões de empregados no país. Na Região Norte são 22,7% são contratadas por intermédio de empresa locadora de mão de obra, empreiteiros ou “gatos”. A Região Sul tem o menor índice, de 16,6%.

A reportagem é de Akemi Nitahara, publicada por Agência Brasil, 26-04-2017.


A contratação indireta é maior entre os trabalhadores que recebem de meio a um salário mínimo, grupo em que 20% têm esse tipo de relação de trabalho. A atividade com maior percentual de terceirização é a construção, com 28,3%, seguida pelos serviços, com 20,6%. Enquanto entre as pessoas brancas a contratação indireta é de 18,1%, entre pretas e pardas chega a 19,6%.

Na atividade agrícola são 187 mil pessoas, o que corresponde a 5,1% do total. Já na área não agrícola, são 9,6 milhões, ou 20% dos empregados. A contratação intermediária é utilizada para trabalho temporário.

Os dados estão no suplemento Aspectos das Relações de Trabalho e Sindicalização, que utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, divulgado hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento foi feito em parceria com o Ministério do Trabalho e Previdência Social e com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e considera empregados no setor privado e trabalhadores domésticos.

Sem remuneração

Segundo a pesquisa 1,5 milhão de pessoas têm dívidas com empregadores e 205 mil trabalhadores são considerados empregados sem remuneração. Desse total, 185 mil estão em atividades não agrícolas e 20 mil em atividades agrícolas. Isso corresponde a 0,4% e 0,5% do total de empregados nesses setores, respectivamente. De acordo com o levantamento, a maioria deles são familiares dos donos das empresas e não recebiam remuneração direta.

Sobre os direitos e benefícios, do total de empregados, 58,6% não recebiam auxílio-alimentação, 14,8% não tinham flexibilidade de horário, 37,3% não tinham acesso a capacitação profissional e 51% não recebiam benefícios sociais complementares.

O IBGE destaca que, apesar de a população ocupada ter diminuído 3,8% de 2014 para 2015, ou 3,7 milhões de trabalhadores, o número de sindicalizados aumentou 11,4% (ou 1,9 milhão de pessoas a mais). Do total de 94,4 milhões de trabalhadores no Brasil, 18,4 milhões são sindicalizados, o que corresponde a 19,5%. O maior percentual de trabalhadores sindicalizados está no setor de atividades industriais, com 36,8%, seguido de educação, saúde e serviços sociais, com 30,2%. O menor percentual está nos serviços domésticos, com 4%, seguido da construção civil, com 9,3%.

Fonte: Amazônia.org

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