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Tatic, o bispo dos índios reabilitado por Francisco

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Por: André | 17 Fevereiro 2016

O Papa move-se no México de periferia em periferia. Dos pobres de Ecatepec aos indígenas de Chiapas, que, além de carregar o peso da miséria, arrastam o peso do ostracismo histórico e cultural, ao qual foram submetidos pela cultura dominante. Também a eclesiástica.

A reportagem é de José Manuel Vidal e publicada por Religión Digital, 16-02-2016. A tradução é de André Langer.

Mas Francisco não se importa em reconhecê-lo e dar um sentido ‘mea culpa’. Embora para isso tenha que reabilitar dom Samuel Ruiz (1924-2011), o bispo dos índios, o ‘Tatic’ (pai), a quem seus pares tornaram a vida impossível, por apostar clara e abertamente pela defesa dos indígenas e de sua cultura.

Isso sim, após ter-se ‘convertido’, como seu ‘mestre’ o bispo mártir de San Salvador, dom Romero. De fato, Samuel Ruiz chegou como bispo a Chiapas em 1960, aos 34 anos, supostamente conservador. Mar a realidade de extrema pobreza e discriminação em que seu povo se viu mergulhado, assim como os ares renovadores do Concílio Vaticano II, fizeram-no mudar de ótica. E desde então, colocou-se na órbita e a serviço dos mais pobres: os índios.

Com suor e paixão, começou a aprender os idiomas dos índios. Desde o tzotzil ao tzeltal, passando pelo chol e o tojolabal. E a visitar suas choças, de atalho em atalho, com sua capa e seus sapatos de borracha cheios de barro. Os mesmos com que, ao voltar, entrava na catedral.

O bispo Ruiz foi descobrindo (e guiando a diocese de seu predecessor, Bartolomeu de las Casas) que sua missão pastoral consistia em inculturar-se e em encarnar-se verdadeiramente em uma diocese majoritariamente indígena. E o fez com alma, coração e vida.

Mas não se dedicou apenas à benemerência, mas à educação dos índios, com escolas e colégios. Desta forma, colocou em marcha a teologia índia, o ramo indigenista da Teologia da Libertação. E, além disso, incorporou os índios ao seu projeto pastoral. E consagrou 341 diáconos casados e enviou mais de 15 mil catequistas.

Seu modelo foi aceito em San Cristóbal, mas começou a levantar as desconfianças do conservador episcopado mexicano, escorado na direita desde os tempos de João Paulo II, e da própria Roma. Para desqualificá-lo, tacharam-no de tudo. E, evidentemente, de “comunista”. Mandaram-lhe um arcebispo-coadjutor com direito à sucessão, o dominicano Raúl Vera. Mas poucos meses depois converteu-se ao indigenismo de Ruiz e o núncio Prigione transferiu-o para o outro lado do país, a diocese de Saltillo, que ainda dirige.

Mas houve tão profundas mudanças em Roma com a chegada da primavera que Francisco pediu que dom Vera (o outrora bispo rebelde e discípulo de Ruiz) o acompanhasse durante todo o seu périplo mexicano. Assim, Vera retorna a Chiapas para assistir à reabilitação solene (com inclusive uma visita ao seu túmulo) do bispo que os índios batizaram de ‘Tatic’ (papai).

Francisco recupera o prelado ícone do indigenismo e continua assim a reivindicação da ala progressista da Igreja católica latino-americana, denegrida durante tanto tempo no seio da própria Igreja e martirizada pelos setores mais conservadores e ricos da sociedade e da política mexicanas.

Diante do túmulo de Samuel Ruiz, o Papa não inaugura uma etapa de revanche da ala progressista contra a direita católica. Não se move nesses parâmetros. Francisco vem para somar e gosta do poliedro de muitas faces. O que vai simbolizar é a recuperação da ala esquerda do catolicismo latino-americano, para que, verdadeiramente, a Igreja seja de todos e para todos.

E para conservar a ‘casa comum’, como escreveu em sua Laudato Si’. Em Chiapas, o Papa pisou território de luta pela Mãe Terra, mas também contra a impunidade, a corrupção, o narcotráfico ou o tráfico de emigrantes. E as pessoas que sabem disso lhe diziam: “Francisco, amigo, os índios estão contigo”.

E, na homilia da missa campal, Francisco repete o grito de dor do papai Tatic de que, aqui, a pobreza e a exclusão social dos indígenas é cotidiana e terrível no Estado mais pobre do México, mas também o mais rico em recursos naturais, diversidade cultural e biodiversidade natural. E denuncia a exclusão dos índios e pede-lhes perdão. E, mais ainda, diz-lhes que o mundo necessita de sua cultura de comunhão com a mãe Terra.

Algo disso já lhe soava tê-lo entrevisto hás 47 anos. Porque esta é a segunda vez que Bergoglio visita Chiapas. A primeira foi em 1969, recém ordenado padre, aos 33 anos. Nessa ocasião, viajou por estradas de terra à missão jesuíta de Bachajón, na selva Lacandona, e teve um encontro com o bispo de San Cristóbal, Samuel Ruiz. Agora, por obra e graça de Francisco, o prelado dos índios retorna como o Cid, para ganhar, postumamente, sua batalha de uma Igreja também indígena.


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