20 Fevereiro 2016
A Usina Hidrelétrica Belo Monte já opera o Sistema de Transposição de Peixes (STP), que propicia o fluxo das espécies migradoras ao longo do Rio Xingu. A operação ocorre desde o dia 03/02 com a abertura das comportas do Sistema, o que permite que os peixes prossigam suas rotas de migração rio acima da barragem do empreendimento.
A reportagem foi publicada por Assessoria Norte Energia, 15-02-2016.
A correnteza formada pelo STP atrai os peixes, permitindo a passagem por caminho alternativo à barragem construída no sítio Pimental. Dessa forma, é restabelecida a rota entre a Volta Grande do Xingu e a parte acima do barramento do rio. Ao longo da operação do Sistema, a movimentação e comportamento dos peixes na área estão sendo monitorados por técnicos coordenados pela Norte Energia, empresa responsável pela construção de Belo Monte.
O monitoramento é realizado por meio de câmaras e sensores que registrarão a passagem dos peixes, permitindo verificar a eficiência do sistema de transposição e realizar os ajustes necessários. O objetivo é aperfeiçoar a operação e obter dados sobre os hábitos das espécies migradoras da região.
O STP é uma das obras que constam no Projeto Básico Ambiental (PBA) de Belo Monte para conservar a vida aquática no rio Xingu. Esse tipo de sistema já é utilizado em outros empreendimentos hidrelétricos, como a Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia. O Sistema está localizado à esquerda da Casa de Força Complementar de Belo Monte, no Sítio Pimental.
Como funciona o STP
Com 1.200 metros de comprimento, o Sistema é composto por comportas e um canal com áreas e caminhos com anteparos que proporcionam áreas de baixa velocidade das águas e possibilitam o descanso dos peixes. O mecanismo cria correntezas artificiais, controladas pelo ajuste da abertura de comportas, com o objetivo de atrair os animais para que adentrem e subam o canal de transposição.
O objetivo é não interromper as rotas de migração ao longo do Rio Xingu, após a construção da Barragem em Pimental.
O Sistema de Transposição de Peixes integra o Programa de Conservação da Ictiofauna do PBA de Belo Monte, que inclui ainda os projetos de Monitoramento da Ictiofauna; de Investigação Taxonômica; de Incentivo a Pesca Sustentável; de Aquicultura de Peixes Ornamentais; e de Monitoramento de Mecanismo de Transposição; de Resgate e Salvamento da Ictiofauna.
Belo Monte está sendo construída no Rio Xingu, no Pará, desde 2011. A usina terá potência instalada de 11.233,1 MW quando estiver em plena operação, em 2019, e beneficiará 60 milhões de pessoas em 17 Estados brasileiros.
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Belo Monte inicia operação do Sistema de Transposição de Peixes no Rio Xingu - Instituto Humanitas Unisinos - IHU