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A encíclica ecológica e as lutas dos povos.

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Por: André | 07 Julho 2015

A encíclica do Papa Francisco Laudato si’ – sobre o cuidado da casa comum” –, publicada no dia 18 de junho, é um divisor de águas em muitos sentidos. É um forte apelo para interromper a devastação ambiental e a mudança climática, para cuidar da “nossa irmã mãe Terra” e reconhecer os direitos de quem melhor cuida dela: as comunidades camponesas e indígenas, as economias solidárias locais, rurais e urbanas. Destaca a conexão direta entre destruição ambiental e social com o “paradigma tecnocrático globalizado”, apoiado por uma minoria que, a partir das finanças, manipula as políticas nacionais e internacionais em seu benefício, em detrimento do bem comum e abusando dos bens comuns. Reflete, além disso, um desafio pela relação com os movimentos sociais. 

A reportagem é de Silvia Ribeiro e publicada por La Jornada, 27-06-2015. A tradução é de André Langer.

O Papa não elaborou a encíclica fechado em sua cúpula: desde que começou seu mandato, buscou a interação direta com atores sociais e movimentos populares do mundo todo. Com a interlocução do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Brasil, da organização camponesa global Via Campesina e de organizações de trabalhadores precários e da economia solidária da Argentina – com quem Bergoglio se relacionava desde antes –, consolidou-se, em outubro de 2014, um primeiro Encontro Mundial de Movimentos Populares com o Papa Francisco, sob o lema Terra, Teto, Trabalho: terra para semear, teto para viver e trabalho digno.

O Pontifício Conselho de Justiça e Paz e a Pontifícia Academia de Ciências co-organizaram o encontro, respeitando a autonomia dos movimentos. Participaram cerca de 200 delegadas e delegados e organizações de todo o mundo, principalmente camponesas, sindicais e organizações de economia popular, movimentos dos “sem teto”, assim como organizações convidadas pelos movimentos, como o Grupo ETC. Os participantes representaram uma diversidade de credos religiosos e outras posturas filosóficas. Do encontro participou também Evo Morales, presidente da Bolívia.

Ignacio Ramonet chamou-o de ‘uma jornada histórica’. Foi uma troca franca e aberta, onde os movimentos colocaram preocupações e propostas sobre “terra, moradia e trabalho”, desigualdade global, devastação ambiental, ecologismo dos povos, explicaram o papel vital dos camponeses na alimentação e no esfriamento do planeta, denunciaram as “falsas soluções” para a mudança climática como mercados de carbono, geoengenharia e muitos outros pontos. O Papa respondeu valorizando a “luta dos pobres contra a injustiça” e em sua resposta antecipou vários pontos que agora encontramos na encíclica.

No último dia, o Papa recebeu um documento sobre os impactos dos transgênicos e dos agrotóxicos, assinado por nove cientistas e especialistas de renome mundial, incluindo Andrés E. Carrasco, Elena Álvarez-Buylla, Rubens Nodari, Pat Mooney e Vandana Shiva, entre outros, convidados para esta tarefa pelo MST. Por iniciativa de redes de justiça climática da Ásia e líderes religiosos da Ásia e da África, recebeu outro documento sobre a mudança climática, com análises, propostas e alternativas feitas a partir da perspectiva das organizações.

O Papa ouviu diversas fontes, como os relatórios do Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática (IPCC) e outros. Por sua vez, a Pontifícia Academia de Ciências tem história em colaborar com cientistas próximos às transnacionais de agronegócio, petroleiras e outras, incluindo promotores de transgênicos, geoengenharia e filantrocapitalistas. Também eles tentaram agir este ano para tentar influenciar no processo.

A encíclica afirma o papel crucial dos movimentos populares, das organizações ambientais e outras da sociedade civil de baixo, a quem dá o crédito de colocar sobre as mesas de discussão nacional e internacional, os temas da crise climática e ambiental. Afirma que os camponeses alimentam a maioria da humanidade com muito pouca terra, água e combustíveis, e que, ao lado das comunidades indígenas, são os principais atores que mantêm a diversidade biológica e cultural, fatos que define fundamentais para a sobrevivência de todos e do planeta.

Condena os oligopólios dos alimentos e a produção de sementes estéreis (refere-se às chamadas sementes “Terminator”), que condenariam os agricultores a uma total dependência. Confirma que os transgênicos significaram a expulsão de muitos pequenos agricultores de suas terras. Igualmente, condena a ambição das empresas mineradoras e outras que invadem e expulsam as comunidades de seus territórios, e afirma que “o desaparecimento de uma cultura pode ser tanto ou mais grave que o desaparecimento de uma espécie animal ou vegetal. A imposição de um estilo hegemônico de vida ligado a um modo de produção pode ser tão prejudicial quanto a alteração dos ecossistemas”. É contundente sua crítica à noção dominante de “progresso” e ao “paradigma tecnocrático” imperante, mas resgata que a ciência e a tecnologia têm um papel a exercer, caso agirem comprometidamente a favor do bem comum e não das minorias.

A encíclica afirma a gravidade da mudança climática e convoca para enfrentá-la urgentemente, adverte sobre a erosão da biodiversidade, a poluição do solo, água, ar e sobretudo das pessoas, pelo uso indiscriminado de agrotóxicos e outros contaminantes, denuncia a urbanização e a industrialização para lucro das minorias, a superexploração de recursos naturais, a cultura do descarte e o sobreconsumo, que coexiste com grande quantidade de pobres. Há muita coisa para refletir.

Uma próxima parada neste intercâmbio será o II Encontro de Movimentos Populares com o Papa, na Bolívia, de 07 a 09 de julho.


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