Por: André | 04 Fevereiro 2015
Fonte: http://bit.ly/1vqUM3i |
Gaël Giraud (foto), jesuíta e economista, poderá ser nomeado, proximamente, para o posto de economista-chefe da Agência Francesa de Desenvolvimento. A AFD é o “braço armado” da ação de desenvolvimento do Estado francês em matéria de desenvolvimento.
A reportagem é de Marie Dancer e publicada pelo jornal francês La Croix, 02-02-2015. A tradução é de André Langer.
Aos 45 anos, Gaël Giraud destacou-se até agora por seus trabalhos e suas defesas da transição energética e ecológica na Europa, mas também de profundas reformas do sistema bancário e financeiro.
“Falar às elites” para “fazer evoluir a situação”
Classificado com um antiliberal de esquerda, este economista irritou seriamente uma parte da classe política e econômica ao criticar abertamente a reforma bancária dotada pela França em 2013, lei que institui “uma separação [das atividades bancárias] que não regulam nada”, escreveu no semanário católico Pèlerin (11 de setembro de 2014). Gaël Giraud contribui também regularmente para as páginas do Forum, do jornal La Croix.
Caso a sua nomeação para a AFD se confirmar, poderá colocar em prática uma das suas maiores convicções: “Podemos nos mexer a vida toda sem que nada se move”, disse ao La Croix no dia 06 de setembro de 2014. “Para evitar isso, é preciso falar às elites que tem a possibilidade de fazer evoluir a situação: políticos, empresários, banqueiros, funcionários do Bercy. No campo da transição ecológica ou das lógicas financeiras, a resistência mais forte vem da cúpula da pirâmide”.
Por um desenvolvimento humano sustentável
A transição energética e ecológica constitui o segundo grande tema de pesquisa deste economista super diplomado (Normale-Sup e École Nationale de Statistique, tese na Polytechnique), com posto no CNRS e membro da Escola de Economia de Paris. A sua implementação daria “sentido à história europeia”, declarou ao La Croix (30 de novembro de 2012).
Um tema que faz sentido também para a Agência Francesa de Desenvolvimento. Metade das suas ações tem um “benefício climático”, ou seja, um impacto positivo na luta contra a mudança climática. Para esta instituição, com efeito, o desenvolvimento não se opõe à luta contra o aquecimento global. Pelo contrário, eles podem caminhar juntos.
Além de seus trabalhos acadêmicos e suas incursões nas esferas políticas e econômicas, Gaël Giraud não chegaria à AFD sem experiência de campo. Ele realiza pontualmente viagens de estudo à África. Recém diplomado, fez dois anos de cooperação no Chade, junto com crianças de rua.
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Gaël Giraud, jesuíta, economista-chefe da Agência Francesa de Desenvolvimento? - Instituto Humanitas Unisinos - IHU