Por: André | 06 Agosto 2014
Passaram-se dois meses desde o sequestro do padre Alexis Prem Kumar SJ (foto), diretor nacional do Serviço Jesuíta aos Refugiados no Afeganistão. Ele foi sequestrado por um grupo de homens armados quando este saía de uma escola apoiada pelo JRS em Sohadat, um assentamento do governo para as famílias retornadas, a 35 quilômetros da cidade de Herat, no oeste do Afeganistão.
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| Fonte: http://bit.ly/1lqvjfY |
A reportagem está publicada no sítio do Serviço Jesuíta aos Refugiados, 01-08-2014. A tradução é de André Langer.
As últimas semanas têm sido dolorosas para a família de Prem, para seus irmãos jesuítas de todo o mundo e para todos nós do JRS. Mesmo que ainda não tenhamos notícias dele nem de seus capturadores, mantemos viva a esperança.
Reunimo-nos diariamente para processar qualquer nova informação e tratar sobre os passos seguintes. Tudo aponta no sentido de que esteja vivo e continua no Afeganistão. Embora a escola de Sohadat permaneça fechada até que Prem seja libertado, a maioria dos nossos programas educativos voltou a funcionar no começo de julho, confiando em que nossos colegas afegãos possam assumir esta tarefa. Continuamos comprometidos em acompanhar os nossos estudantes afegãos e suas famílias que querem uma educação de qualidade; a reabertura das nossas escolas é um sinal claro desse compromisso.
O sequestro de Prem foi uma experiência de impotência absoluta para Prem e de grande angústia para aqueles que se preocupam profundamente com ele. Seu tormento está sendo compartilhado por sua família, seus amigos e seus companheiros do JRS.
Esta situação me recorda Jesus rezando no Monte das Oliveiras com uma profunda angústia pelo que lhe aconteceria. Rezou para que o cálice do sofrimento e da morte se afastasse dele, mas aceitou a vontade do Pai. Pouco depois, seus capturadores chegaram e o levaram.
Peter Balleis, diretor internacional do Serviço Jesuíta aos Refugiados
Reflexões para a oração
Seis homens armados levaram-no numa perua. Onde está agora? Não sabemos. Como está? Não sabemos. Estará angustiado, com medo? Compartilhamos sua inquietação e seu medo. É um momento muito obscuro de impotência e de profunda preocupação com o nosso companheiro Prem.
O desejo de Prem era simples: fazer o bem. Ele acreditava na educação das crianças – de todas as crianças – e ficou alegre ao vê-las ir para a escola de Sohadat e a outros projetos educacionais em todo o Afeganistão.
Agora nos perguntamos: o que estará vendo agora? Estará num lugar escuro? A escuridão deste ato destrutivo afeta a todos nós: a Prem, as crianças e seus pais em Sohadat e os membros da equipe do JRS.
E enquanto sofremos a miséria, também sentimos a bondade de tantas pessoas em todo o mundo. Cristãos e muçulmanos amigos de Prem estão rezando por seu bem-estar e sua libertação. Membros da comunidade de Sohadat e, especialmente, as crianças da escola Sohadat estão rezando com seus professores e com os pais de família por sua libertação. Eles querem que sua escola seja aberta novamente; querem um lugar onde possam aprender e brincar a salvos.
Unimo-nos a todos eles com nossas esperanças e orações pelo Pe. Alexis Prem Kumar. A bondade prevalecerá. Mesmo depois da noite mais escura, haverá um novo dia e uma nova luz.
Leitura sugerida para a oração
Lucas 22,39-47.54
Jesus saiu e, como de costume, foi para o monte das Oliveiras. Os discípulos o acompanharam. Chegando ao lugar, Jesus disse para eles: ‘Rezem para não caírem em tentação’. Então, afastou-se cerca de trinta metros e, de joelhos, começou a rezar: ‘Pai, se queres, afasta de mim este cálice. Contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua’. Apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava. Tomado de angústia, Jesus rezava com mais insistência. Seu suor se tornou como gotas de sangue, que caíam no chão. Levantando-se da oração, Jesus foi para junto dos discípulos, e os encontrou dormindo, vencidos pela tristeza. E perguntou-lhes: ‘Por que vocês estão dormindo? Levantem-se e rezem, para não caírem na tentação’. Enquanto Jesus ainda falava, chegou uma multidão. Na frente vinha o chamado Judas, um dos Doze. Ele se aproximou de Jesus, e o saudou com um beijo.
Eles prenderam e levaram Jesus, e o conduziram à casa do sumo sacerdote. Pedro seguia Jesus de longe.
