Por: André | 17 Fevereiro 2014
Francisco se reunirá, a partir desta segunda-feira, 17 de fevereiro, pela terceira vez, com o Conselho de Cardeais, conhecido como o G8 Vaticano, instituído pelo próprio Pontífice para assessorá-lo na reforma da cúria e no governo da Igreja universal. Em sua última reunião criaram uma comissão para a proteção das crianças vítimas de pederastia, cujos membros poderão ser anunciados nos próximos dias.
Fonte: http://bit.ly/1bBkybq |
A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 15-02-2014. A tradução é de André Langer.
As sessões de trabalho durarão três dias, até o dia 19 de fevereiro, e participarão representantes das comissões que assessoram o Papa nas reformas financeira e administrativa do Estado do Vaticano.
O Conselho de Cardeais é composto pelo presidente do Governadorado do Estado da Cidade do Vaticano, o cardeal Giuseppe Bertello; pelo cardeal e arcebispo emérito de Santiago (Chile), Francisco Javier Errázuriz; pelo cardeal arcebispo de Bombaim (Índia), Oswald Gracias; pelo cardeal arcebispo de Munique (Alemanha), Reinhard Marx; pelo cardeal arcebispo de Kinshasa (República Democrática do Congo), Laurent Monsengwo Pasinya; pelo cardeal arcebispo de Boston (Estados Unidos), Sean Patrick O’Malley; pelo cardeal arcebispo de Sidney (Austrália), George Pell, e pelo cardeal arcebispo de Tegucigalpa (Honduras), Oscar Andrés Maradiaga, com as funções de coordenador. O secretário é o bispo de Albano (Itália), mons. Marcello Semeraro.
Foi em seu primeiro encontro de outubro que o Papa Francisco anunciou que o Conselho de Cardeais assessoraria a mudança dos órgãos de governo vaticanos. Lombardi comentou que não se tratava de “retoques ou pequenas melhorias”, mas da elaboração de “uma nova constituição apostólica para a cúria romana”.
A última reunião do Papa com o Conselho de Cardeais aconteceu de 03 a 05 de dezembro de 2013 e durante a mesma o Papa Francisco decidiu, junto com o conselho dos oito cardeais assessores, a criação de uma comissão vaticana específica para a proteção das crianças com o objetivo de reforçar o empenho da Santa Sé na proteção das crianças e no cuidado pastoral das vítimas dos abusos.
Esta comissão se encarregará de informar sobre o estado atual dos programas para a proteção da infância; formular sugestões para novas iniciativas por parte da cúria em colaboração com os bispos, as conferências episcopais e as conferências de superiores religiosos; dar as diretrizes para a proteção das crianças, o desenvolvimento e a extensão das normas; projetar procedimentos e estratégias para a proteção das crianças e a prevenção dos abusos a menores e criar programas de formação para crianças, pais e aqueles que trabalham com menores, para catequistas, seminaristas e sacerdotes.
O porta-voz da Sala de Imprensa da Santa Sé, o padre Federico Lombardi, indicou há uma semana, em Madri, por ocasião da sua viagem à Espanha para receber o Prêmio Bravo! da Conferência dos Bispos da Espanha, que “trabalharam e estão trabalhando muito” sobre a questão dos abusos sexuais e que “nos próximos dias ou semanas” serão explicadas a constituição, composição e as funções da comissão para proteger as crianças dos abusos.
Durante a reunião também levarão a exame os órgãos da cúria, a começar pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, da que é prefeito o cardeal espanhol Antonio Cañizares, e seguindo pelas congregações encarregadas das Causas dos Santos, da Educação Católica e da Evangelização dos Povos.
No dia seguinte à reunião, no dia 20 de fevereiro, começará o Consistório para a criação de novos cardeais. Concretamente, os novos cardeais, entre os quais se encontra o espanhol Fernando Sebastián, serão criados no sábado, 22 de fevereiro, e serão os primeiros criados pelo Papa Francisco.
Além de Sebastián, o Pontífice criará cardeais o arcebispo titular de Acquapendente e secretário de Estado, mons. Pietro Parolin; o arcebispo de Diocleziana e secretário-geral do Sínodo dos Bispos, mons. Lorenzo Baldisseri; o bispo emérito de Regensburg e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, mons. Gerhard Ludwig Müller; o arcebispo titular de Midila e prefeito da Congregação para o Clero, mons. Beniamino Stella; o arcebispo de Westminster (Grã-Bretanha), mons. Vincent Gerard Nichols; e o arcebispo de Manágua (Nicarágua), mons. Leopoldo José Brenes Solórzano.
Também serão criados cardeais o arcebispo de Quebec (Canadá), mons. Gérard Cyprien Lacroix; o arcebispo de Abidjan (Costa do Marfim), mons. Jean-Pierre Kutwa; o arcebispo do Rio de Janeiro, mons. Orani João Tempesta; o arcebispo de Perugia (Itália), mons. Gualtiero Bassetti; o arcebispo de Buenos Aires (Argentina), mons. Mario Aurelio Poli; o arcebispo de Seul (Coreia), mons. Andrew Yeom Soo Jung; o arcebispo de Santiago (Chile), mons. Ricardo Ezzati Andrello; o arcebispo de Ouagadougou (Burkina Faso), mons. Philippe Nakellentuba Ouédraogo; o arcebispo de Cotabato (Filipinas), mons. Orlando B. Quevedo; e o bispo de Les Cayes (Haiti), mons. Chibly Langlois.
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Francisco e o G8 anunciarão os nomes dos responsáveis pela luta contra os abusos sexuais - Instituto Humanitas Unisinos - IHU