Por: Jonas | 17 Fevereiro 2014
Na próxima segunda-feira, começa uma semana determinante para as reformas: de segunda-feira (17) até quarta-feira (19), os cardeais conselheiros se reunirão com o Papa, sob a coordenação do cardeal Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga. Discutirão a respeito das primeiras propostas concretas para a futura configuração das Congregações vaticanas e da Secretaria de Estado (questões que já foram tratados nas reuniões anteriores), mas também começará a longa e difícil análise dos Pontifícios Conselhos.
Fonte: http://goo.gl/ctAmrz |
A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada por Vatican Insider, 13-02-2014. A tradução é do Cepat.
Os Pontifícios Conselhos (instituições da Santa Sé que não possuem poder jurisdicional como as Congregações) são considerados demasiados e muitos dão por certo uma redimensão ou fusão dos mesmos. Diferentes Conselhos poderiam ser absorvidos na nova Congregação para os leigos, ao passo que também existe a proposta de associar o Pontifício Conselho para a Nova Evangelização à Congregação Propaganda Fide. Cada uma dessas possíveis e, por hora, hipotéticas modificações terá consequências na redistribuição das competências. Por exemplo, as competências sobre a catequese da Nova Evangelização (que antes pertenciam à Congregação para o Clero). Ou seja, as possíveis reformas que serão estudadas e serão apresentadas ao Papa são muitas e exigirão muito trabalho.
Outro assunto que os cardeais enfrentarão, na próxima reunião do “C8”, é o das finanças. Entre as propostas, está a de unificar as instituições econômico-financeiras da Santa Sé, sob um único dicastério, uma espécie de “ministério das Finanças”.
É possível que, durante os três dias de trabalho do “C8”, os conselheiros do Papa escutem informes dos cardeais das comissões referentes, nomeadas em 2013 para investigar sobre o IOR e para racionalizar as estruturas econômico-administrativas da Santa Sé. Em particular, é provável que a segunda comissão, presidida pelo maltês Joseph F. X. Zahra e conduzida por Lucio Ángel Vallejo Balda, apresente seu trabalho sobre os problemas organizativos e econômicos da Santa Sé. Como parte de seu trabalho, a comissão referente deve oferecer propostas para uma reforma que agilize e racionalize os gastos e as atividades econômicas de todas as administrações vaticanas.
Como destacou, recentemente, o Secretário de Estado Pietro Parolin, na entrevista com “Avvenire”, as comissões (que contaram com o apoio de várias assessorias externas) têm um mandato bem definido e delimitado temporalmente. O trabalho deve ser concluído em pouco tempo.
Contudo, na próxima semana, não se refletirá somente sobre a Cúria, suas estruturas e suas reformas. Imediatamente, após as reuniões do “C8”, na quinta-feira, dia 20, e na sexta-feira, 21 de fevereiro, começarão os encontros entre todos os cardeais presentes em Roma com o Papa (também com a participação dos novos cardeais, que receberão o barrete no próximo sábado, dia 22). Por vontade de Bergoglio, os temas destes encontros serão o matrimônio, a família e a pastoral familiar. Desta maneira, começará o debate sobre as questões que serão discutidas nos Sínodos de outubro de 2014 e em 2015. Como preparação para essas reuniões, promoveu-se uma ampla consulta da base, a partir do conhecido questionário distribuído pela Secretaria de Estado, no ano passado. É possível que seja dado início ao enfrentamento, inclusive, das questões sobre os sacramentos aos divorciados que contraíram novas núpcias e sobre as nulidades matrimoniais, que até agora encontraram espaço principalmente nos meios de comunicação.
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A semana das reformas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU