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03 Dezembro 2013

Na ditadura argentina, o hoje papa usou o próprio carro para ajudar perseguidos, diz repórter italiano.

A reportagem é de José Maria Mayrink, publicada no jornal O Estado de São Paulo, 30-11-2013.

Os testemunhos são unânimes. Padre Jorge Mario Bergoglio, então provincial da Companhia de Jesus na Argentina, salvou a vida de dezenas de perseguidos políticos durante a ditadura militar.

Ele abrigou desconhecidos em casa, ajudou pessoas ameaçadas a fugir do país, saiu em busca de informações sobre desaparecidos e percorreu as ruas de Buenos Aires ao volante de seu carro, ziguezagueando com seus protegidos entre barreiras policiais. Providenciou passaportes para quem tinha de atravessar a fronteira e montou uma rede com seus confrades jesuítas no Brasil, para enviar refugiados em segurança para a Europa.

"Nós não fomos denunciados por Bergoglio", declarou o padre Francisco Jalics em 15 de março, dois dias após a eleição de Francisco, quando o New York Times e o jornal argentino Página 12 levantaram suspeitas de que o novo papa havia colaborado com a ditadura após o golpe militar de 1976. Segundo seus acusadores, Bergoglio teria entregue Jalics e o padre Orlando Yorio (falecido em 2000), ambos ex-jesuítas, aos órgãos de repressão. Um documento reservado da época do general Jorge Rafael Videla havia insinuado que o provincial da Companhia de Jesus era um colaborador do regime.

O jornalista italiano Nello Scavo, de 41 anos, repórter judiciário do jornal católico Avvenire, resolveu pesquisar a história. Saiu em campo atrás de quem teria sido socorrido por Bergoglio e pesquisou documentos, checando informações e comparando versões contraditórias, até chegar à conclusão de que não há elementos para acusar o papa Francisco. O resultado de seu trabalho é A Lista de Bergoglio, livro de 212 páginas que as Edições Loyola vão lançar na segunda quinzena deste mês no Brasil.

Além do prefácio de Alfonso Pérez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1980 por sua defesa dos direitos humanos na Argentina, um dos primeiros a testemunhar a favor do papa, o livro contém uma preciosidade - a transcrição, em 30 páginas, do interrogatório na Justiça Federal, em 2010, do então cardeal Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, no Processo Esma (Escola Superior de Mecânica da Marinha, onde dissidentes foram torturados e mortos). O cardeal foi convidado a depor como cidadão conhecedor dos fatos ocorridos e aparece nos autos como "senhor Bergoglio".

Foi a primeira e única vez que o papa Francisco falou de sua atuação nos anos da ditadura, citando nomes, datas e situações. "Bergoglio sempre manteve a máxima reserva sobre esse assunto e não creio que pretenda reconsiderar essa sua legítima opção", disse Scavo em entrevista ao Aliás, na quarta-feira, acrescentando que, por essa razão, muitos daqueles que ele ajudou também se recusam a lembrar o que sofreram. No interrogatório, o então cardeal de Buenos Aires referiu-se aos padres Jalics e Yorio, que foram presos e torturados durante seis meses. Depois de libertados, Bergoglio conseguiu tirá-los da Argentina com a ajuda da Nunciatura Apostólica.

Bergoglio falou também sobre a Teologia da Libertação. "Havia alguns que ensinavam teologia com uma hermenêutica marxista, uma coisa que a Santa Sé nunca aceitou, e outros que não, mas que buscavam uma presença pastoral entre os pobres, a partir da hermenêutica do Evangelho", afirmou o cardeal, acrescentando que "os dirigentes da ditadura demonizavam toda a teologia da libertação, tanto os padres que seguiam a interpretação marxista - que eram poucos na Argentina, em comparação com outros países - como os padres que simplesmente viviam sua vocação sacerdotal entre os pobres."

Dissidentes, guerrilheiros e militantes políticos perseguidos pela ditadura eram acolhidos no Colégio Máximo, no bairro de São Miguel. Ali Bergoglio escondeu Alicia Oliveira, advogada e primeira mulher nomeada juíza na Argentina, da qual os militares queriam se livrar. "Jorge tinha uma opinião terrível da ditadura, a mesma opinião que eu tinha", disse Alicia, para quem os ataques feitos a Bergoglio, antes e depois de ele ter sido eleito papa, "foram uma verdadeira infâmia".

Outro militante de esquerda salvo por Bergoglio foi o uruguaio Gonzalo Mosca. "Eu tinha as horas contadas, estava desesperado", lembrou Mosca, atualmente líder sindical, que decidiu falar após ter ouvido as acusações contra o papa. "Padre Jorge não apenas me acompanhou ao aeroporto, mas me levou até a porta do avião e só foi embora depois que o aparelho levantou voo", acrescentou o uruguaio. Ele fugiu para a Europa passando por Foz do Iguaçu e São Paulo, com ajuda dos jesuítas. O cardeal d. Paulo Evaristo Arns também participou do esquema.

Scavo observa que, na época da ditadura, a Igreja se dividia em três facções na Argentina: uma minoria que lutava contra o regime, grande parte da hierarquia que apoiava os militares e uma ala que não concordava com o governo, mas não o combatia abertamente. Bergoglio pertencia a esse grupo, que, agindo discretamente, salvou milhares de pessoas. Quantas foram salvas pelo provincial dos jesuítas, nem ele sabe, afirma Scavo. Quase todos os entrevistados pelo jornalista informaram que havia sempre uns 20 dissidentes no Colégio Máximo, quando passaram por lá. Nello Scavo estima em mais de cem aqueles que poderiam entrar na incompleta Lista de Bergoglio.


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