Roma confirma a exclaustração do número dois dos Legionários de Cristo

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Por: André | 08 Novembro 2013

Os Legionários de Cristo confirmaram a notícia da exclaustração do padre brasileiro Deomar de Guedes, o número dois da congregação, que se incardinará, com a permissão do cardeal De Paolis, na Arquidiocese de Brasília.

A reportagem é de Jesús Bastante e publicada no sítio Religión Digital, 07-11-2013. A tradução é de André Langer.

A notícia representa uma chamada de atenção às vésperas do Capítulo Geral da Congregação, que começará no dia 08 de janeiro próximo, que terá de aprovar as novas constituições. De Guedes estava cotado para tornar-se o novo líder da Congregação fundada pelo pederasta Marcial Maciel.

Em uma carta, enviada aos membros dos Legionários de Cristo e da Regnum Christi, De Guedes deixa entrever algumas razões da sua saída, que fontes próximas ao religioso garantiram que tem a ver com a falta de vontade de renovação existente no interior da congregação, e com uma “chamada de atenção” ao Papa Francisco para que realize uma mudança radical, “em pessoas e atitudes” quando, no próximo mês de janeiro, os legionários aprovarem a reforma das suas constituições.

Segundo se pode ler na carta, De Guedes ressalta que “pediu três anos de exclaustração para fazer um discernimento mais sereno sobre a minha permanência nos Legionários de Cristo (...), e o cardeal Velasio De Paolis, com dor, mas com muita compreensão e bondade, concedeu-me um ano para que possa recuperar forças e completar este discernimento pessoal.”

De Paolis aceitou a renúncia de Deomar ao seu cargo de conselheiro-geral dos Legionários de Cristo por não se sentir com as forças necessárias para enfrentar os desafios inerentes ao seu cargo: “Olhando o exemplo do Papa emérito Bento XVI, vejo que o melhor para os Legionários de Cristo neste momento é que me retire deste processo.”

“Faço-o com paz agora porque todo o meu trabalho já está feito e o que resta a fazer são aspectos práticos para a organização do Capítulo Geral”, garante o religioso em sua carta, que dinamitou os fundamentos de uma congregação já isolada pelos escândalos de seu fundador e pelo silêncio cúmplice, durante décadas, de muitos dos seus responsáveis.

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