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Por: André | 07 Novembro 2013

Francesco Strazzari é o autor do livro-entrevista com Edward Schillebeeckx, de título justamente famoso: “Sou um teólogo feliz”. Como enviado especial da revista italiana Il Regno percorreu muitos países do mundo, com reportagens sempre lúcidas e realistas, atento tanto às ideias teológicas que circulam por eles como aos condicionamentos sociopolíticos.

 
Fonte: http://bit.ly/1asoIKY  

A chegada do Papa Francisco não podia deixar de interessá-lo, e acaba de publicar seu último livro sobre ele, com um título que é uma pista: “In Argentina per conoscere Papa Bergoglio”. Efetivamente, não ficou preso à mesa de redação, mas, seguindo o costume, percorreu o país, visitou muitas pessoas e recolheu opiniões de pessoas que podiam oferecê-las com garantia e competência.

A reportagem é de Andrés Torres Queiruga e publicada no sítio Religión Digital, 06-11-2013. A tradução é de André Langer.

O livro apresenta-se ladeado, além disso, na entrada e na saída, por duas assinaturas de especial relevância. O longo prefácio de José Oscar Beozzo proclama a intenção no título: “O primeiro Papa latino-americano”. Aproveita, com efeito, para enquadrar a vida do pastor Bergoglio no amplo marco da Teologia da Libertação, desejando que o Papa Francisco não apenas legitime o enorme esforço da Teologia da Libertação, mas apóie também as teologias da África e da Ásia, nascidas sob o impulso da descolonização e da inculturação do Evangelho.

O posfácio é de Víctor Manuel Fernández, reitor da Universidade Católica de Buenos Aires e estreito colaborador de Bergoglio, a quem acompanhou também como consultor em Aparecida. É um retrato profundo, que insiste em seu realismo eclesial, na simplicidade e pobreza evangélica e no compromisso ecumênico.

O corpo do livro parte da história política da Argentina, fazendo um apanhado que vai desde o peronismo até o casal Kirchner. Nessa dimensão, o autor assinala que Bergoglio “permaneceu sempre firme a três princípios, que assinalaram sempre o caminho da colaboração: a necessidade do diálogo, a luta contra a pobreza e a luta contra a corrupção”.

Cristina não compreendeu sua atuação dessa maneira e o viu como um opositor político e, não sem certa ironia, o capítulo termina com estas palavras: “Foi a Roma para a missa inaugural do pontificado de Bergoglio. Este deu-lhe um beijo e o documento de Aparecida. Um presente eloquente” (p. 77).

Trata com deliciosa objetividade o caso Yori-Jalics, alude aos problemas do núncio Laghi, que teve que se defender de fortes acusações de passividade e de colaboracionismo, e às pastorais dos bispos, com sua variada recepção, às vezes muito crítica por parte de grupos de cristãos comprometidos.

A pastoral social de Bergoglio é analisada em seus principais pontos, destacando seu enraizamento no povo, buscando apoiar-se em suas raízes históricas, no diálogo e na solidariedade efetiva para construir um país sem injustiças nem marginalizações.

Strazzari sintetiza: “A parábola evangélica do bom samaritano é o esquema para reconstruir o país e senti-lo pátria” (p. 90). Como se sabe, a insistência no protagonismo do povo, mais que no conflito das classes sociais, é a marca que a teologia argentina quer deixar como própria na Teologia da Libertação; busca esclarecê-lo apoiado, sobretudo, em declarações de Juan Carlos Scannone, um dos seus protagonistas e amigo do Papa.

Como cardeal de Buenos Aires, é proverbial sua preocupação pelos marginalizados, apoiando com clara predileção os sacerdotes empenhados nos subúrbios. Mas promoveu também, com empenho criativo e organização eficaz, seguindo o espírito de Aparecida, uma “missão batismal” para converter Buenos Aires “em um grande santuário pelo qual passa Cristo morto e sepultado para encontrar-se com seu povo”.

O último capítulo, acorrendo com frequência a manifestações de Virgilio Bressanelli, bispo na Patagônia, que trabalhou lado a lado com Bergoglio, traça dele um agudo e sensível retrato que merece ser lido com cuidado (pp. 101-105), porque dá as chaves fundamentais para a sua disposição pastoral e, seguramente, do que será o pontificado romano.

Elas explicam muito bem que o estilo, as atitudes, os rompimentos e as iniciativas do Papa Francisco não são uma pose improvisada, mas nascem de suas raízes mais profundas, como opção radical, sobre as quais foi construindo seu estilo de vida e seu propósito de governo e evangelização. Creio que vale a pena citar um parágrafo um pouco longo onde Strazzari sintetiza por sua conta esse retrato:

“Vê-se, pois, que é um pastor que tem um comportamento simples, humilde, atento a quem lhe fala, próximo de todos. Escolheu para si a pobreza e vive de uma maneira sóbria, alguém diz ‘mística’. É do conhecimento de todos que viajava de ônibus e pegava o metrô. Modesta, quase espartana, sua casa em Buenos Aires, austero seu guarda-roupa, visivelmente refratário ao luxo e à pompa. Parco no uso dos bens. Sempre disposto a ajudar os outros. Recorda-se o caso do bispo Podestà, que, deixado o ofício episcopal, se havia casado. Bergoglio permaneceu próximo dele com muita discrição e respeito. Sempre atento aos sacerdotes. Bressanelli recorda que as dioceses pobres do nordeste argentino e da Patagônia foram as mais beneficiadas por seu grande amor e por sua grande solicitude” (p. 103).

O livro é austero em seu estilo, sem grandes concessões para uma leitura fácil. Mas, por isso mesmo, de enorme eficácia informativa, porque em poucas páginas sintetiza o que de outro modo seria preciso buscar em livros inteiros. Uma tradução constituiria para os leitores e leitoras espanhóis algo como uma excelente bússola para compreender o presente e, esperamos, um belíssimo futuro deste papado carregado de promessas.

As últimas palavras do livro abrem à esperança. A uma pergunta do autor, o bispo Bressanelli responde: “Francisco tem pulso e força suficientes para enfrentar os desafios internos e externos da Igreja. Está dotado de capacidade de decisão. É criativo e sabe motivar as pessoas. Terá necessidade de valorosos colaboradores”.

Francesco Strazzari conclui e creio que nós podemos nos unir a ele: “Não nos resta alternativa senão desejar-lhe: Buon lavoro! [Bom trabalho!]”.


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