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Em Luciara-MT, latifúndio sem máscaras contra os Retireiros do Araguaia

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Por: Cesar Sanson | 30 Setembro 2013

Numa pequena localidade à beira do Rio Araguaia, emerge a brutalidade dos que se julgam donos do Brasil.

A reportagem é de Taís González e Bruna Bernacchio e publicada pelo sítio Outras Palavras, 29-09-2013.

Tiros foram disparados contra casas de religiosos. As moradas de dois pequenos agricultores (um deles, também vereador) foram queimadas até a completa destruição. A rodovia MT 100, que dá acesso à cidade, foi bloqueada. Milícias armadas detiveram um ônibus com pesquisadores e estudantes do projeto Nova Cartografia Social da Amazônia e tentaram revistar seus ocupantes. Máquinas foram colocadas na pista de pouso do aeroporto e montaram-se estratégias para evitar a chegada de pessoas pelo rio Araguaia. Entre 20 e 22 de setembro, a pequena cidade de Luciara (2.300 habitantes), no extremo nordeste do Mato Grosso (1160 km. de Cuiabá), viveu de forma concentrada a violência que os grandes proprietários rurais praticam há séculos contra os que resistem a seu poder no campo.

Motivo: um pequeno grupo de fazendeiros quer evitar, à força, a criação de uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável no município. A constituição da unidade é proposta do Instituto Chico Mendes (ICMBio), Visa evitar que se concretize uma ameaça social e ambiental. Há algum tempo, os latifundiários – na verdade “grileiros”, que ocuparam terras públicas – estão avançando sobre os pequenos sítios mantidos, em condições comunais, sustentáveis e de integração com a natureza, por cerca de cem famílias. São os “retireiros do Araguaia”.

Há mais de um século, desde a colonização de Luciara, caboclos vivem da criação coletiva de gado em Mato Verdinho, uma terra da União na beira do Araguaia. São pequenos ordenhadores, que criam à solta seu gado nas pastagens naturais do cerrado e varjões da região, numa dinâmica de agroextrativismo do capim nativo, de forma extensiva e com pouca alteração da paisagem natural. É uma prática tradicional, adequada às características ecológicas e sociais locais. Nestas áreas, há o espaço do retiro, local de moradia e manejo do gado, organizado individualmente ou em grupo. Nos retiros são construídas casas, piquetes para manejo de gado, currais e cisternas. Varjões, lagos, rios, matas não inundáveis e toda a paisagem é de uso comum.

Há cerca de quinze anos, os caboclos articularam-se e formaram duas organizações: Associação dos Retireiros do Araguaia (ARA), e Associação dos Produtores Rurais do Mato Verdinho (Aprumav), apoiada por professores e alunos da Unemat, que mantém uma unidade em Luciara. Aos poucos, desenhou-se a ideia de instituir a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS). Trata-se de uma das categorias definidas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). Visa preservar territórios onde populações tradicionais têm sua subsistência emsistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais. A reserva, julgam os retireiros, poderá frear o avanço de pecuaristas.

Em 21 de setembro, espalhou-se o boato – depois não confirmado – de que técnicos do ICMBio chegariam à cidade, para iniciar os estudos necessários à criação da RDS. “Tem algumas pessoas, com interesses contrários, disseminando informações erradas de que esses fazendeiros seriam retirados da área. O processo ainda não está pronto, mas precisamos aprofundar esse debate”, disse Fernando Francisco Xavier, representante do instituto no Mato Grosso. Já em 19 de setembro, aliás, os grileiros haviam barrado, segundo a Comissão Pastoral da Terra, dois geógrafos. Também barraram na estrada, por duas vezes, o ônibus da Nova Cartografia Social – um projeto que estimula os povos amazônicos a se auto-conhecerem e mapearem, como parte do desenvolvimento de suas identidades coletivas. Jagunços queriam revistar o veículo, ameaçaram incendiá-lo e proibiram que fossem tiradas fotografias. Também impediram que o grupo seguisse até São Félix do Araguaia. Os geógrafos e alunos pretendiam realizar uma Oficina de Mapas com os retireiros de Luciara.

A prelazia da cidade, braço da Igreja Católica, também virou alvo porque é “acusada” de apoiar o projeto de reserva. Há alguns meses, padres e líderes comunitários foram ameaçados por grupos ligados aos políticos e fazendeiros da região, contrários à demarcação da Terra Indígena Marãiwatsédé, área ocupada pelos Xavantes até a década de 60. O bispo Emérito de São Félix do Araguaia, D. Pedro Casaldáliga, teve que deixar sua casa após seguidas ameaças de morte realizadas por esses grupos.

Na terça-feira (24/9), a Polícia Federal finalmente chegou ao local. Cumprindo ordem judicial, executou a prisão temporária de dois homens, indiciados pelos crimes de constrangimento ilegal, dano, incêndios e formação de quadrilha. A situação segue tensa em Luciara. Lá, o latifúndio expôs suas garras – mas encontrou resistência.


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