"Padre Paolo Dall'Oglio foi assassinado". Da Síria, rumores e angústia

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15 Agosto 2013

Novas vozes sobre a morte de Paolo Dall'Oglio se acrescentam as que foram publicadas nos últimos dias.

Desta vez, as informações são divulgadas pelo "Observatório Sírio dos Direitos Humanos" de Londres, que nos últimos dois anos, ou seja, desde o ínício da revolta anti-regime desenvolveu uma rede de contatos com os rebeldes. "Ativistas da cidade de Raqqa, próximos do Padre Paolo, confirmaram que o jesuíta italiano, mensageiro de paz, foi assassinado" - confirmou a ONG - nas prisões do Estao Islãmico do Iraque e do Levante".

A reportagem é de Viviana Mazza e publicada pelo jornal Corriere della Sera, 15-08-2013. A tradução é da IHU On-Line.

Os ativistas de Raqqa dizem que Dall'Oglio retornara ilegalmente, pela fronteira turca, na Síria para cumprir "uma missão", segundo escrevera no Facebook, no dia 27 de julho. Segundo os ativistas, é certo que ele tinha agendado um encontro com Abu Bakr Al Baghdadi, chefe do "Estado Islâmico do Iraque e do Levante" para discutir a libertação de sequestrados e a sempre mais difícil convivência entre grupos e confissões na região e - segundo outras fontes - haveria uma centena de prisioneiros, entre os quais sírios alauditas (a minoria do presidente Assad), curdos e cristãos. Às famílias dos sequestrados teriam sido pedido pesados resgates.

Até o momento não se tem nenhuma foto ou algo de concreto que confirme o assassinato.

O certo é que as vozes se multiplicam. Um jornalista do Líbano, de origem palestinense, Yasser Balata, disse que "outros dirigentes do Exército sirio livre, em Raqqa, já tem certeza que Padre Paolo Dall'Oglio foi assassinado".

Os dirigentes, que o jornalista não quer nominar, afirmam que têm contatos com emissários de Bagdhadi. Estes últimos dizem que nunca encontraram Dall'Oglio. Uma reticência que, segundo alguns, faz temer o pior.

Apesar dos rumores, no entanto, na praça de Raqqa todas as noites, com velas acesas, se fazem vigílias, esperando o retorno de "Abuna Paolo".