Por: André | 25 Abril 2013
“O guardião do nosso cemitério latino, que havia permanecido no local, foi assassinado por um franco-atirador. Foi sepultado sem velório, sem sequer a bênção do sacerdote”. O aumento dramático da violência na Síria não parece ter fim.
A reportagem é de Andrea Avveduto e publicada no sítio Vatican Insider, 23-04-2013. A tradução é do Cepat.
Dos irmãos franciscanos da Custódia da Terra Santa, que permaneceram para cuidar da população, chegam notícias muito graves todos os dias. “Ontem à noite, caíram bombas de morteiro no convento e provocaram muitíssimos danos. – indicam os religiosos de Knayeh, perto do Líbano – As janelas já não têm vidros, os telhados estão com buracos, há poças d’água por todos os lados, vive-se no terror das bombas que continuam caindo”. As notícias chegam a Jerusalém sem muita nitidez, mesmo quando não há interferências nas comunicações.
Mas, ultimamente, não acontece com frequência. Os ataques são cada vez mais frequentes e sem critério. Estão colocando zonas periféricas do país de joelhos. “O governo, com o pretexto de os rebeldes estão por todas as partes – indicam os freis –, bombardeiam aleatoriamente, sem fazer distinções. Dessa maneira morre muita gente”.
A gravidade da situação impulsionou o Custódio da Terra Santa a recorrer novamente aos microfones do Franciscan Media Center: “Nas aldeias cristãs do Orontes – disse o padre Pizzaballa – há pouquíssimas coisas que permanecem; no povoado de Ghassanieh, contra o pároco, já não há mais ninguém dos 4.000 habitantes; há, tão somente, uma dezena de pessoas e as casas vazias foram ocupadas pelas famílias dos rebeldes que avançam com eles”.
Da Cidade Santa, o Custódio acompanha periodicamente e com muita preocupação a evolução dos acontecimentos, segundo narram os cristãos sírios: “O quadro que emerge é desolador: todos atiram contra todos e não se salva ninguém; é difícil dizer se as igrejas são alvos ou não... O que sabemos é que se atira e que as bombas caem por todos os lados”. E, como se não bastasse, a enorme presença dos rebeldes em todos os povoados cristãos do Orontes aumenta o perigo. “Estas destruições foram levadas a cabo, sem dúvida, por agentes governamentais, que não têm nenhum critério, e, com a intenção de exterminar os rebeldes, bombardeiam por tudo. Em Aleppo, ao contrário, o caos é total; ninguém sabe o que está acontecendo, é difícil obter matérias-primas, alimentos, combustível para a calefação; já não há nada, tudo está paralisado”.
No sítio da Asociacióne Pro Terra Sancta pode-se ajudar enviando alimentos e também para que continue a presença de todos os frades e religiosos na região, que são símbolo de esperança para toda a Síria.
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Da Síria à Terra Santa multiplicam-se as mensagens de alarma - Instituto Humanitas Unisinos - IHU