17 Agosto 2012
A Petrobras acionou seu departamento jurídico para ajudar a Transocean e a Chevron a não interromperem suas operações no país.
A reportagem é de Denise Luna e foi publicada no jornal Folha de S. Paulo, 16-08-2012.
Liminar concedida em 31 de julho pelo Tribunal Regional Federal da 2ª região, a pedido do Ministério Público Federal, exige que as duas americanas suspendam suas operações no país.
O motivo é o acidente ocorrido em novembro, no campo de Frade, na bacia de Campos, que derramou 3.700 barris de petróleo no mar.
A Transocean já apresentou ao TRF embargos de declaração, recurso usado quando uma das partes considera que a decisão judicial foi obscura, omissa ou contraditória em algum ponto.
A ANP (Agência Nacional do Petróleo) pediu ao TRF para fazer parte do processo.
A Petrobras teme que a parada da Transocean tenha impacto em suas operações. A estatal tem oito sondas de perfuração contratadas da empresa, sendo que sete estão em operação.
"Claro que teria impacto, nosso jurídico está trabalhando junto com a Transocean e, na medida do possível, junto com a Chevron. Vamos mostrar à Justiça que não há razão nessa decisão", afirmou ontem o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli.
Em relação à Chevron, a preocupação da estatal se refere à produção interrompida em março, no campo de Frade, após um segundo vazamento.
A Petrobras tem 30% do campo, que produzia no início do ano 70 mil barris de petróleo por dia.
PRÉ-SAL
A Petrobras finaliza nas próximas semanas as perfurações do prospecto Carcará, na bacia de Santos, que poderá figurar entre os principais campos do pré-sal.
"É algo muito grande [a coluna de Carcará]. Tem permeabilidade e porosidade boa, é um óleo muito bom", afirmou Formigli.
Carcará fica em um bloco operado pela Petrobras, que tem 66% da participação, em parceria com a portuguesa Galp (14%), a Queiroz Galvão Exploração e Produção (10%) e a Barra Energia (10%).
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Petrobras vai ajudar Transocean e Chevron - Instituto Humanitas Unisinos - IHU