23 Junho 2012
A Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, terminou marcada pela distância entre as expectativas da sociedade civil e o que os governos e seus representantes foram capazes de produzir após 12 dias de diálogo.
A reportagem é de Herton Escobar e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 23-06-2012.
Até uma ministra do governo brasileiro - Izabella Teixeira, do Meio Ambiente - lamentou a falta de clareza em alguns pontos do documento final. A presidente Dilma Rousseff, no entanto, defendeu o texto aprovado. "Deixamos as bases de uma agenda para o século XXI", discursou na cerimônia de encerramento.
O documento final da cúpula, intitulado de O Futuro que Queremos - e apelidado de O Futuro Que Teremos ou O Futuro Que Não Queremos, por ONGs - foi aprovado ontem às 19h20, na plenária final da conferência, sem nenhum comentário por parte dos delegados presentes. A aprovação foi aplaudida pela plateia de forma recatada.
Em seu pronunciamento, Dilma rebateu as críticas sobre a falta de ambição do texto final. "O documento que aprovamos hoje não retrocede em relação às conquistas da Eco-92, não retrocede em relação a Johannesburgo, não retrocede a todos os compromissos assumidos nas demais conferências das Nações Unidas. Ao contrário, o documento avança", enfatizou a presidente.
Segundo Dilma, foram tomadas decisões importantes durante a cúpula. "As resoluções que tratam da erradicação da pobreza e da proteção do meio ambiente são conquistas que fazem o mundo avançar", disse.
E lembrou que o documento reflete um consenso. "Celebrar conquistas consensuais significa reconhecer que construções coletivas baseadas na difícil arte do diálogo são mais fortes. São essas conquistas que fazem o mundo avançar", afirmou.
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Dilma defende texto final da Rio+20 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU