28 Abril 2012
Depois de meses de negociação, a delegação boliviana conseguiu que o G77+China, grupo que a Bolívia integra junto com países em desenvolvimento mais o gigante asiático, incorporasse o tema da Mãe Terra em sua proposta de negociação com vistas à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que terá lugar no Rio de Janeiro, de 20 a 22 de junho.
A reportagem é publicada pela Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 27-04-2012.
O tema entra, dessa forma, na agenda de debates do encontro no Rio, informou o chefe da delegação do Estado Plurinacional da Bolívia, René Orellana. “É importante ter presente que as negociações não concluíram e que não existem regras rígidas para incluir textos, assim que a Bolívia segue introduzindo textos à medida que avança o processo e nos acercamos da realização da Cúpula”, justificou.
O delegado boliviano informou que o documento do G77+China incluem questões de direito humano sobre a água, harmonia com a natureza, enfoque holístico, segurança alimentar, reconhecimento do papel dos povos indígenas na conservação das sementes, agrobiodiversidade e respeito ao meio ambiente.
O documento frisa, ainda, a vulnerabilidade em que se encontram as montanhas, lar de povos indígenas, ante a mudança climática, a necessidade de uma profunda reforma do sistema e da arquitetura financeira global e a transformação dos padrões insustentáveis de consumo e produção. O texto aponta que as estratégias de crescimento econômico baseadas no mercado são insuficientes, não garantem um crescimento econômico equitativo e não resolvem os problemas de pobreza, saúde, educação, emprego pleno.
A Mãe Terra representa a interdependência que existe entre os seres humanos e outras espécies de vida no planeta, explicou Orellana. O documento reivindica que seja salvaguardado o funcionamento dos ciclos naturais do sistema da Terra que produzem a vida no planeta.
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Direitos da Mãe Terra estarão nos debates de Rio+20 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU