22 Janeiro 2012
Acampado há um mês na principal praça de Porto Alegre, um grupo de manifestantes, inspirado no movimento Ocupe Wall Street, já anunciou oposição ao Fórum Social 2012 e a seu modelo "estatal" e "institucionalizado".
A reportagem é de Felipe Bächtold e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 22-01-2012.
O Ocupa POA (Porto Alegre) critica a aproximação do evento com partidos políticos e o patrocínio de empresas que estão envolvidas em projetos polêmicos, como o da usina hidrelétrica de Belo Monte (PA).
"O Fórum está usando muito dos discursos dos 'indignados', mas segue uma lógica completamente diferente", diz Emanuel Quadros, 25, um dos integrantes do grupo.
Ainda assim, o Ocupa POA deve participar de algumas das atividades do evento.
Manifestantes se revezam na guarda das 11 barracas que estão armadas na praça da Matriz, em frente à sede do governo do Estado e à Assembleia Legislativa.
Moema Miranda, diretora da ONG Ibase, que ajuda a organizar o Fórum Social, afirma que o patrocínio oferecido pelos governos não influencia os rumos do evento.
Para ela, o apoio ocorre por haver uma "demanda da sociedade civil".
"Esse dinheiro não é do governo, é do povo brasileiro. O que estamos tentando é fazer com que esse dinheiro sirva à cidadania. É uma disputa legítima", argumenta.
O governo do Rio Grande do Sul patrocina o Fórum
Segundo o governador Tarso Genro, isso acontece porque o evento coloca o Estado como protagonista de mobilizações internacionais.
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Grupo acampado há um mês faz oposição a evento - Instituto Humanitas Unisinos - IHU