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30 Outubro 2011

As culturas do catolicismo são muitas: assim como as culturas políticas e econômicas. Isso não é novidade. A novidade é que o debate entre elas ocorre agora por disputas entre spin doctors, mais do que entre bispos, teólogos e leigos dentro das estruturas de comunhão da Igreja mundial.

A opinião é de Massimo Faggioli, doutor em história da religião e professor de história do cristianismo no departamento de teologia da University of St. Thomas, em Minneapolis-St. Paul, nos EUA. O artigo foi publicado no jornal Europa, 27-10-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

A mensagem que vem do pontificado de Bento XVI ao mundo é, para dizer o mínimo, ambígua, não só às vésperas de um momento crucial para o futuro da União Europeia, mas também de um evento delicado para o futuro da Igreja – o encontro inter-religioso de Assis, que já está sob o fogo de uma "excomunhão de cabeça para baixo" por parte dos lefebvrianos, que, há alguns anos, têm sido muito benignamente reconduzidos pelo papa ao limiar do retorno à comunhão com Roma.

O documento publicado no dia 24 de outubro pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz da Cúria Romana, intitulado Por uma reforma do sistema financeiro e monetário internacional na perspectiva de uma autoridade pública de competência universal, encontrou resenhas e recepções diferentes dentro da Igreja mundial.

Os católicos comprometidos de todo o mundo no fronte da justiça social e econômica viram nesse documento um aprofundamento de algumas linhas lançadas pela encíclica social de Bento XVI Caritas in veritate (2009).

Os católicos de orientação neoliberal e neoconservadora, ativos em think tanks católicos bem financiados da Europa e da América do Norte, ao contrário, liquidaram-no como um documento sem autoridade papal, irritados com a explícita rejeição, no documento, das políticas econômicas neoliberais, com o desejo da criação de um órgão mundial regulador e com a introdução de um imposto sobre as transações financeiras.

A Santa Sé alimentou esse mecanismo de recepções diversas, dissonantes e não comunicantes entre si publicando o documento perto da crise mais grave da história da união monetária europeia, mas, ao mesmo tempo, enfatizando, na apresentação na coletiva de imprensa, que o documento do Justiça e Paz goza de um nível de autoridade magisterial inferior com relação aos pronunciamentos papais.

O que está acontecendo evidencia uma crise de coesão na Igreja de Bento XVI, que deve ser lida através de três fenômenos diferentes.

O primeiro fenômeno é a concentração da autoridade da Igreja Católica quase que unicamente na voz (e nos livros) do "papa teólogo": o resultado é que o que é publicado pela Cúria Romana sai redimensionado como nunca acontecera antes, nem mesmo com João Paulo II.

Um dos efeitos da eleição do "papa teólogo" ao pontificado foi, de fato, o aumento do anticurialismo (uma versão católico-romana da antipolítica) dentro do catolicismo seja de direita, seja de esquerda: o papa não mais como ponto de unidade da Cúria, mas como vítima e vingador dos pecados da Cúria.

O segundo fenômeno é uma repartição ainda mais clara das tarefas dentro de uma Cúria Romana cujo diagrama do poder reflete a concepção de Igreja de Bento XVI. Ao contrário das congregações "históricas" (como a da Doutrina da Fé, ex-Santo Ofício, por mais de 20 anos presidida pelo cardeal Ratzinger), o Conselho Pontifício Justiça e Paz é um fruto (como os outros conselhos) da reforma da Cúria que se seguiu ao Concílio Vaticano II, e, como tal, a sua autoridade é considerada muito inferior à de outros dicastérios.

Com relação ao pontificado de João Paulo II, essa desclassificação dos conselhos pontifícios é mais evidente com Bento XVI. Na prática, sendo o papa também prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, diante dessa concentração de poderes, os cardeais presidentes de congregações e conselhos, como neste caso Peter Turkson, de Gana (o principal responsável pelo documento publicado no dia 24 de outubro), assumem praticamente a responsabilidade pessoal do que publicam, com uma cobertura por parte do papa e do resto da Cúria Romana que pode variar muito, de acordo com o vento da política eclesial.

O terceiro fenômeno é o mais importante em longo prazo, porque mostra uma divisão dentro do catolicismo global. Nas Igrejas católicas do Norte do mundo, a questão da justiça social e econômica internacional é deixada tendencialmente para poucos especialistas, herdeiros da teologia conciliar, enquanto muitos bispos e teólogos a consideram como vestígios do passado.

Nas Igrejas católicas do Sul do mundo (aquele que os especialistas chamam agora de global south), ao contrário, a questão da justiça social e da oposição a uma cultura econômica neoliberal são objeto de um amplo consenso entre bispos e cardeais, teólogos e leigos católicos. Alguns deles atuam como membros da Cúria Romana e se encontram isolados em uma cultura teológica oficial que fala de grandes princípios de justiça e de solidariedade, mas não pretende oferecer, nas sedes internacionais das quais a Santa Sé também é membro, uma contribuição de peso quanto a propostas de um pensamento alternativa à cultura econômica mainstream.

As culturas do catolicismo são muitas: assim como as culturas políticas e econômicas. Isso não é novidade. A novidade é que o debate entre elas ocorre agora por disputas entre spin doctors, mais do que entre bispos, teólogos e leigos dentro das estruturas de comunhão da Igreja mundial. Na intempérie política e econômica do início século XXI, tudo isso está acontecendo em detrimento das Igrejas do Sul do mundo, justamente aquelas que permitem que o catolicismo sobreviva e prospere do ponto de vista demográfico (e não somente).

Os comissariamentos [procedimento para submeter uma entidade à gestão de um comissário, representante] não ocorrem só às custas dos Estados, mas também das Igrejas: nesse caso, quem se sente comissariado são as Igrejas Católicas do Sul do mundo.



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