Papa fala na TV alemã, mas não responde aos teólogos

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18 Setembro 2011

Na mensagem de vídeo de cerca de três minutos que irá ao ar amanhã à noite nas televisões alemãs, na transmissão da Igreja Católica, o papa se dirige ao povo e aos católicos alemães em vista da viagem que vai levá-lo dos dias 22 a 26 de setembro ao seu país natal.

A reportagem é do sítio Vatican Insider, 16-09-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O padre Federico Lombardi disse que "o pontífice se deterá sobre o significado da visita". Com relação à polêmica do discurso de Bento XVI no Bundestag, o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano reafirmou que cabe aos parlamentares alemães "decidirem como consideram oportuno se comportar".

Durante a apresentação da viagem, o padre Federico Lombardi afirmou ainda que "o papa não deve responder" ao manifesto crítico publicado recentemente por um grupo de teólogos alemães. "Eu não esperaria que o papa entre em pontos de discussão muito específicos".

Assinado por muitos grandes nomes da teologia acadêmica alemã (entre outros, Peter Hünermann e Hans Küng), o apelo aborda questões como a participação dos fiéis na vida eclesial, as uniões homossexuais e os divorciados em segunda união.

"A Conferência Episcopal alemã – lembrou o Pe. Lombardi – iniciou um processo de diálogo com os signatários e também houve um primeiro momento importante de encontro em Mannheim, sobre o qual o papa foi informado em Castel Gandolfo. Portanto, é um problema – continuou o porta-voz do Vaticano – que se refere à dinâmica do debate no seio da Igreja alemã. Não é o papa que deve responder ao memorando".

O jesuíta convidou os repórteres a não concentrarem a atenção sobre questões de nível "superficial", porque é provável que o papa, durante a viagem, se dirija, ao contrário, a questões "fundamentais" para a Igreja hoje. "A questão para o futuro da Igreja não é se haverá o celibato dos padres ou não, mas se a sociedade acreditará ou não em Deus. Perguntar-se sobre onde Deus está não é evitar problemas".