A 30 dias das eleições gerais no país, somente agora a candidatura da Prêmio Nobel da Paz de 1992,
Rigoberta Menchú, da coalizão de esquerda Frente Ampla, foi oficialmente declarada como tal.
A informação é da
Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 12-08-2011.
No dia 11 de setembro, eleitores da Guatemala, país com 13 milhões de habitantes, vão eleger presidente e vice-presidente da República, 158 deputados, 20 deputados centro-americanos e 333 prefeitos.
Menchú é a líder do partido indígena
Winaq. Além dela, concorrem à presidência da República outros oito candidatos. A tendência é que a disputa fique centrada em
Menchú e o candidato Otto Pérez, do Partido Patriota, de direita.
Em entrevista à repórter Karen Cardona, do
Portal Prensa Libre, o politólogo
Miguel Ángel Balcárcel disse que essas eleições são marcadas pela incerteza. A Procuradoria de Direitos Humanos do país contabilizou, nos últimos cinco meses, a morte de 35 pessoas, entre candidatos a cargo eletivo e ativistas políticos em decorrência do processo eleitoral.
O secretário executivo da Aliança de Igrejas Presbiterianas e Reformadas da América Latina (Aipral), reverendo
Germán Zijlstra, que participa da Assembléia Geral desse organismo reunido na Cidade da Guatemala, conclamou as autoridades locais para que dêem garantias aos eleitores, assim que possam exercer o direito ao voto num marco de paz e tranqüilidade.
O processo eleitoral, disse, “está carregado de tensões e ameaças à institucionalidade”. O secretário geral do organismo internacional dos reformados,
Setri Nyomi, reuniu-se com o arcebispo metropolitano
Oscar Julio Bian para tratar da situação da Guatemala e sobre o processo eleitoral.
Bian tem conclamado o eleitorado a buscar a melhor opção entre os candidatos ao Legislativo, muito mais importante, entende, do que a escolha do presidente, pois os legisladores é que detém o poder de elaborar e aprovar as leis do país. O arcebispo espera que o próximo governo reduza o nível de insegurança na Guatemala.
A Corte Suprema de Justiça rejeitou, no final de julho, a candidatura de
Sandra Torres, ex-primeira dama, casada até abril, com o presidente da República,
Álvaro Colom.
Sandra disputava a presidência pela coalizão Unidad Nacional de La Esperanza (UNE) e Gran Alianza Nacional (Gana). Como a lei proíbe a candidatura de parentes de detentores de cargos eletivos, paira a suspeita que a separação de
Sandra Torres é uma farsa e que teve propósitos eleitoreiros.
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Religiosos temem clima eleitoral que tem candidatura Menchú confirmada - Instituto Humanitas Unisinos - IHU