Um quarto da população urbana da América Latina vive sem serviços básicos

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Por: Lara Ely | 01 Novembro 2017

Um estudo da organização Techo Internacional revelado na última segunda-feira em Santiago, analisou 651 comunidades carentes de Argentina, Chile, Colômbia, Guatemala, Paraguai, Nicarágua e Uruguai, e mostrou que quase um quarto dessas favelas (24%) não contam com acesso regular a nenhum serviço – água potável, energia elétrica e saneamento básico.

Segundo a ONG a solução para os mais de 7 mil assentamentos que existem na América Latina e no Caribe em situação de pobreza está na capacidade da sociedade "trabalhar em conjunto com as comunidades em assentamentos para gerar a informação necessária".

Em conferência de imprensa realizada na capital chilena de Santiago, o diretor do Centro de Pesquisa Social da ONG María Jesús Silva, anunciou que o estudo da entidade quer conhecer a situação deste tipo e comunidades e propor soluções possíveis.

De acordo com o estudo, um quarto das pessoas que vivem em zonas urbanas da América Latina moram em comunidades informais em situação de pobreza, em sua maioria sem posse regular do terreno e sem acesso a serviços básicos. O saneamento é o que mais se tem acesso de forma irregular (75,3%), enquanto a eletricidade é o que conta com a maior porcentagem de acesso regular (63,3%). Três de cada quatro comunidades não contam com posse regular do terreno, e uma de cada cinco afirmou ter chances de sofrer uma remoção devido a notificações recebidas.

A pesquisa aponta ainda que, no Chile, existem 702 assentamentos em que vivem 40 mil famílias, sendo 10 mil concentradas na região de Valparaíso. Também na Argentina, existem 4,428 assentamentos distribuídos por todo o país.

"Esta é uma realidade que nos mostra que existem mais de 7 mil assentamentos informais, mas sabemos que esse número é exponencial, já que, de acordo com a ONU, há mais de 104 milhões de pessoas vivendo em assentamentos", explicou Silva.

Para realizar esta pesquisa, Techo tem um projeto no qual um milhão de voluntários da organização viajam para os territórios, entre em contato com líderes da comunidade e conduzam pesquisas para descobrir as principais características do site. O diretor enfatizou que esse tipo de pesquisa permite avançar "a longo prazo, monitorando e controlando políticas que estão ligadas a essas questões".

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