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Como aplacar a onda fascista. Poucos a viram chegar, mas agora é preciso reagir

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21 Fevereiro 2025

Sem desejos ou inspiração para pensar ou simplesmente imaginar algo novo, melhor e possível - uma sociedade mais igualitária, participativa, inclusiva e pacífica - corre-se o risco de nem mesmo sermos capazes de pensar na possibilidade do pior, e perceber seus sinais.

A opinião é de Nicola Lacetera, professor de economia da Universidade de Bolonha, publicada por Domani, 19-02-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Um apresentador de TV que procura uma médium para falar com as almas de seus cachorros mortos, prega a erradicação do Estado da economia e dos serviços sociais, define a educação pública como doutrinação, faz campanha empunhando uma motosserra e frequentemente aparece nos debates na TV em estado de embriaguez. Um construtor que ergue arranha-céus com seu nome em letras de 10 metros (muito além dos modestos baixos-relevos com a inscrição DUX que ainda podem ser vistos em alguns monumentos italianos), conclamado racista e misógino há quarenta anos, sonegador de impostos e amigo de ditadores. Uma política que, já em 2008, jurou pela Constituição sem negar seu passado (neo)fascista, passa os últimos dez anos falando sobre substituição étnica, conspirações judaicas internacionais e define Vladimir Putin como um verdadeiro patriota e pessoa confiável.

Um empresário que evitou a falência por vinte anos, concentrando a atenção em sua imagem de “visionário” e “benfeitor” e desfrutando de repetidas ajudas públicas e recuperações, que cresceu na cultura do apartheid sul-africano e conhecido há anos por suas explosões misóginas, racistas e homofóbicas, sua filosofia transhumanista (leia-se: supremacista e eugenista) e sua aversão às regras da democracia.

De avaliações a posteriori, o inferno está cheio. Mas, mesmo assim, vamos tentar voltar para alguns anos atrás.

Tudo isso estava, aliás, na nossa frente. Mas onde estávamos nós (cidadãos, eleitores, opinião pública)? Como é possível não ter percebido essa onda chegar? Há, de fato, aqueles que, recebendo pouca atenção, tentaram soar o alarme. Sem dons proféticos, mas talvez lembrando a lição de Pasolini do “Eu sei”. O que não era uma presunção, mas um apelo para “seguir tudo o que acontece, [...] conhecer tudo o que se escreve a respeito, [...] imaginar tudo o que não se sabe ou que é silenciado; [coordenar] até mesmo fatos distantes, [juntar] as peças desorganizadas e fragmentárias num quadro coerente, [restabelecer] a lógica”.

Há, é claro, aqueles que, agora como naquela época, apreciavam e apoiavam exatamente aqueles traços reacionários e subversivos e o projeto de suplantar a democracia liberal. E apoiavam essas pessoas e seus acólitos exatamente pelo que eram.

Por fim, há um mundo variegado e heterogêneo, mas talvez majoritário e de qualquer forma decisivo em termos de números e poder na sociedade.

As pessoas que acreditam que o mundo em que vivemos, suas regras econômicas e sociais, continuam sendo as “menos piores” e, como tais, são resilientes aos golpes, porque não há alternativas exceto pequenos ajustes no contorno. Em suma, que ficaríamos dentro dos limites do modelo de capitalismo democrático ocidental, independentemente de quem estivesse no poder.

Mas sem desejos nem inspiração para pensar ou simplesmente imaginar algo novo, melhor e possível - uma sociedade mais igualitária, participativa, inclusiva e pacífica - corre-se o risco de não conseguir sequer pensar na possibilidade do pior e perceber seus sinais. Em suma, limitamo-nos ao moderatismo e “pragmatismo” do “Vamos testá-los”, do “Vamos ver os fatos concretos, um a um, e depois avaliaremos”, ou do “Estamos torcendo pela (Itália, Estados Unidos, etc.), e se eles fizerem algo bom (já ouviram isso?) nós os apoiaremos”. Uma abordagem aparentemente racional, mas que pode ter o mesmo efeito dos antolhos para as mulas.

Enquanto isso, no aguardo de julgar os fatos um a um, o governo do expoente político “afascista” traz de volta com todas as honras ao seu país um torturador e estuprador, trava uma batalha contra os outros poderes do Estado e reprime o dissenso pacífico com leis liberticidas. O construtor chama os imigrantes de “animais” e manda deportá-los acorrentados, inicia um plano de controle político da pesquisa científica e se exclui da cooperação internacional. O suposto visionário promovido ao poder executivo inicia o desmantelamento do Estado e acessa dados sensíveis da população, ao mesmo tempo em que oferece apoio direto a partidos neonazistas em países próximos de eleições cruciais. O apresentador de TV que fala com a alma dos cachorros corta serviços básicos, anuncia a demissão de 70.000 funcionários públicos, retira seu país da OMS, brinca com criptomoedas enganando seus concidadãos (alguém realmente achou que ele se importava com o país?) e continua a contaminar o discurso público com uma retórica repugnante, retrógrada, violenta e excludente.

A consternação é tamanha que agora é difícil até mesmo pensar em como reagir, como se opor a essa onda que poucos viram chegar e que agora se abate, violentamente, sobre todos.

O otimismo da vontade faz com que seja necessário acreditar que haverá formas e tempos, que a história pode ser recolocada numa trilha diferente.

Para que isso aconteça, será essencial ver e ouvir os eventos e as palavras ao nosso redor com mais abertura e atenção, não parar nos “fatos” em si e não os manter desconectados uns dos outros. Afastar-se, pelo menos um pouco, de uma abordagem tecnicista do conhecimento e da interpretação, fechada em paradigmas e cautelosa ao se expor fora deles. Quando se expor e correr riscos, na observação e no debate público, são necessários para vislumbrar “tudo o que não se sabe ou sobre o qual não se fala”. Antes que seja tarde demais.

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