Antártica registra temperaturas 10°C acima da média em meio à onda de calor histórica

Foto: Unsplash

Mais Lidos

  • Esquizofrenia criativa: o clericalismo perigoso. Artigo de Marcos Aurélio Trindade

    LER MAIS
  • O primeiro turno das eleições presidenciais resolveu a disputa interna da direita em favor de José Antonio Kast, que, com o apoio das facções radical e moderada (Johannes Kaiser e Evelyn Matthei), inicia com vantagem a corrida para La Moneda, onde enfrentará a candidata de esquerda, Jeannete Jara.

    Significados da curva à direita chilena. Entrevista com Tomás Leighton

    LER MAIS
  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

06 Agosto 2024

Evento extremo é exemplo preocupante da transformação que a crise climática está causando no clima polar.

A reportagem é publicada por ClimaInfo, 05-08-2024.

As temperaturas do solo em vastas áreas das camadas de gelo da Antártica aumentaram, em média, 10°C acima do normal no último mês, em um fenômeno descrito como uma onda de calor quase recorde. Embora as temperaturas permaneçam abaixo de zero no continente, que está envolto em escuridão nesta época do ano, no auge do inverno do Hemisfério Sul, há relatos de que as temperaturas atingiram 28°C acima das expectativas em alguns dias.

A onda de calor histórica pode persistir por mais 10 dias e é um exemplo preocupante dos picos de temperatura que o clima polar poderá experimentar com mais frequência por causa das mudanças climáticas, destaca o Washington Post, em matéria traduzida pelo Estadão. A grande amplitude da onda de calor também é notável, já que cobre grande parte da Antártica Oriental, que compõe a maior parte do continente.

Partes da Antártica Oriental, que normalmente ficam entre -50°C e -60°C, agora estão mais próximas de -25°C -30°C, mostram os dados mais recentes. Temperaturas semelhantes às de verão no auge do inverno são algo alarmante neste lugar gelado, mais capaz do que qualquer outro de gerar um aumento catastrófico do nível do mar, ressalta a CNN, enquanto explica que a queima contínua de combustíveis fósseis segue elevando as temperaturas globais.

Os modelos dos cientistas climáticos previram há muito tempo que os efeitos mais significativos das mudanças climáticas ocorreriam nas regiões polares, “e este é um grande exemplo disso”, disse ao Guardian Michael Dukes, diretor de previsão da MetDesk. “Normalmente, não se pode olhar apenas para um mês para identificar uma tendência climática, mas isso está alinhado com o que os modelos preveem. Na Antártica, esse tipo de aquecimento durante o inverno e continuando nos meses de verão pode levar ao colapso das camadas de gelo.”

Environmental Health News, Daily Climate e Ecowatch também repercutiram a nova onda de calor na Antártica em pleno inverno no Hemisfério Sul.

Leia mais