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O réveillon global mais quente da história. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

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03 Janeiro 2024

"O ano de 2023 foi o mais quente do Holoceno (últimos 12 mil anos) e a anomalia anual deve registrar algo em torno de 1,5ºC em relação ao período pré-industrial", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia, em artigo publicado por EcoDebate, 03-01-2024.

Eis o artigo.

“Abrimos as portas do inferno”.
Secretário-geral da ONU, António Guterres (2023)

Os últimos 10 anos (2014 a 2023) formaram o decênio mais quente desde que começaram os registros. O ano de 2023 foi marcado pelo início do El Niño, fenômeno que deve se prolongar durante o primeiro semestre de 2024, com temperatura nas alturas.

Os últimos 7 meses bateram todos os recordes históricos e dezembro de 2023 foi o mês mais quente para esta época do ano, assim como se estima que janeiro deve também bater novos recordes. Os registros indicam que a virada de ano de 2023 para 2024 marcou o réveillon mais quente desde os tempos imemoráveis.

O gráfico abaixo mostra a anomalia da temperatura global, dia a dia, entre 2014 e 2023. Nota-se que os valores da virada de ano de 2023 para 2024 foram os mais elevados dos 10 anos, sendo que o último decênio foi o mais quente do Holoceno. O réveillon 2023/2024 apresentou temperaturas bem mais elevadas do que o recorde anterior, que pertencia ao réveillon de 2015/2016.

Foto: EcoDebate

O gráfico abaixo mostra a temperatura diária dos oceanos entre 1981 e 2023. Percebe-se que a temperatura média do período do final de ano foi de 20,1º C. Sendo que o recorde anterior da temperatura global foi de 20,7º C, em 31 de dezembro de 2015 e 01 de janeiro de 2016. No último réveillon, no dia 31 de dezembro de 2023, a temperatura dos oceanos atingiu o máximo de 20,9º C, um recorde que remonta ao período interglacial Eemiano que ocorreu entre 130 mil anos e 115 mil anos atrás. 

Foto: EcoDebate

O gráfico abaixo mostra a variação mensal da temperatura nos últimos 10 anos – entre 2014 e 2023 – registrando as maiores temperaturas da série histórica iniciada em 1850, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (em inglês: National Oceanic and Atmospheric Administration – NOAA). O ano de 1998 foi o mais quente do século passado e apresentou temperatura 0,63º C acima da média do século XX. O ano de 2010 registrou 0,73º C, mas em 2011 a temperatura ficou em 0,58º C acima da média do século passado, portanto, abaixo daquela registrada em 1998.

Contudo, o quadro mudou de figura e, a partir de 2014, todos os anos apresentam variações de temperatura acima do registrado em 1998 e 2010. Em 2014 a temperatura foi 0,76º C acima da média do século XX. Em 2016 e 2020 ficou 1º C acima da média do século XX. Em 2021 e 2022 ficou pouco abaixo de 1º C em relação à média do século XX.

Mas em 2023, a anomalia deve ficar em torno de 1,2º C em relação à média do século XXI. Considerando o período pré-industrial a anomalia deve ficar em torno de 1,5º C (os dados oficiais serão divulgados em meados de janeiro). De janeiro a maio de 2023 a temperatura não apresentou nenhum destaque especial. Mas a partir de junho de 2023 houve sucessivos recordes da anomalia, com larga margem de diferença em relação aos anos anteriores.

Foto: EcoDebate

O gráfico abaixo, da Nasa, mostra as temperaturas médias mensais de 1880 a 2023, evidenciando que o segundo semestre de 2023 apresentou temperaturas bem superiores aos anos anteriores para a mesma época do ano.

Foto: EcoDebate

O gráfico abaixo, também da NOAA/NASA, mostra as anomalias de janeiro a novembro de cada ano, entre 1850 e 2023. Observa-se que no ritmo de aquecimento de 1850-1979 (0,02º C por década) o mundo gastaria 1.000 anos para esquentar 2º C. No ritmo de 1980-2010 (0,16º C por década) gastaria 125 anos e no ritmo de aquecimento de 2011-2023 (0,32º C por década) o mundo gastaria 62,5 anos para aquecer em 2º C. Como já esquentamos cerca de 1,4º C, em relação ao período pré-industrial, devemos chegar aos 2º C em relação ao período pré-industrial em menos de 20 anos (por volta de 2040). 

Foto: EcoDebate

As temperaturas recordes deste ano impulsionaram o debate sobre a aceleração do aquecimento global. Ou seja, todos concordam que existe o aquecimento global, mas alguns pesquisadores estão preocupados com a aceleração do ritmo do aquecimento. Embora nem todos concordam.

Num artigo publicado no mês passado, o cientista climático James Hansen e um grupo de colegas argumentaram que o ritmo do aquecimento global deverá aumentar 50% nas próximas décadas, com uma escalada concomitante de impactos. Segundo Hansen, uma quantidade crescente de energia térmica presa no sistema planetário – conhecida como o “desequilíbrio energético” do planeta – acelerará o aquecimento, pois se há mais energia entrando do que saindo, o planeta fica mais quente e se dobrar esse desequilíbrio, ficará mais quente mais rápido.

O cientista climático do Instituto Berkeley Earth, Zeke Hausfather, também acredita que há evidências crescentes de que o aquecimento global se acelerou nos últimos 15 anos. Mas o cientista climático da Universidade da Pensilvânia, Michael Mann, argumenta que ainda não há aceleração visível. Ele concorda que há um aumento do aquecimento global, mas dentro do esperado e não vê uma tendência à aceleração.

Evidentemente, existem dúvidas quanto à evolução futura da crise climática. Um ponto que reforça a hipótese da aceleração são os efeitos de retroalimentação, uma vez que o aquecimento aumenta o degelo dos polos e da Groenlândia aumentando o efeito albedo.

O albedo representa a relação entre a quantidade de luz refletida pela superfície terrestre e a quantidade de luz recebida do Sol, afetando diretamente a temperatura de equilíbrio da Terra. O degelo do permafrost também libera grande quantidade de CO2 e de metano. O desmatamento das florestas tropicais e as queimadas das florestas boreais também são fontes de emissão de gases de efeito estufa.

A aceleração do aquecimento global tem como consequências: eventos climáticos extremos, ondas letais de calor, tempestades e furacões mais intensos, inundações, secas prolongadas, perdas na produção agropecuária, maior insegurança alimentar, aumento da desertificação e do estresse hídrico, aceleração do degelo dos polos e glaciares, acidificação dos oceanos, perda de vida marinha, elevação do nível do mar e deslocamento de populações e de refugiados do clima.

Toda a população mundial será afetada e bilhões de pessoas vão ter o padrão de vida reduzido pelos efeitos da emergência climática. Quanto maior for o ritmo do aquecimento global maior será o sofrimento humano e o sofrimento das demais espécies vivas da Terra.

Referência:

ALVES, JED. Crescimento demoeconômico no Antropoceno e negacionismo demográfico, Liinc em Revista, RJ, v. 18, n. 1, e5942, maio 2022. Disponível aqui.

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