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15 Março 2023

“Não é o momento de ceder ao fatalismo climático, especialmente baseado em falsas narrativas pseudocientíficas de extinção inevitável. Ao contrário dos dinossauros, temos arbítrio. Vemos o asteroide metafórico chegando e ainda podemos fazer algo a respeito”, escreve Michael Mann, professor titular de Ciências Ambientais e da Terra da Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos), em artigo publicado por La Marea-Climática, 14-03-2023. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

No que diz respeito à crise climática, meu amigo e mentor, o saudoso Stephen Schneider, costumava dizer que, dentro do espectro de possíveis desenlaces, “o fim do mundo e a melhor coisa que poderia nos acontecer são os mais improváveis”. Estava certo? Podemos descartar a previsão mais catastrofista, ou seja, a extinção da humanidade por causa da mudança climática? Ou é tarde demais para evitar um apocalipse climático que acabe com a civilização?

Em meu próximo livro, intitulado Our Fragile Moment: How Lessons from the Earth’s Past Can Help Us Survive the Climate Crisis [Nosso frágil momento: como as lições do passado da Terra podem nos ajudar a sobreviver à crise climática, em tradução livre], pesquiso a vasta história climática do planeta em busca de uma resposta para esta e outras questões cruciais sobre o nosso futuro climático.

As lições começam cedo, assim como os mistérios. O grande Carl Sagan reconheceu o paradoxo do “jovem Sol fraco”. No início dos 4,54 bilhões de anos que a Terra possui, nosso Sol era 30% menos brilhante do que é hoje. Segundo os cálculos atuais, o planeta deveria estar congelado (e sem vida) naquele período, mas não foi assim. Estava aquecido o suficiente para permitir a existência de água em estado líquido, condição necessária para a vida como a conhecemos. Sagan reconheceu que a solução veio de um efeito estufa muito mais intenso que o atual, provavelmente provocado pelos altos níveis de dióxido de carbono e metano na atmosfera.

Notavelmente, conforme o Sol foi se enfraquecendo, ao longo dos bilhões de anos seguintes, o efeito estufa da Terra foi diminuindo. Nosso planeta possui uma espécie de termostato que o mantém dentro de níveis habitáveis? É o que sustenta a hipótese Gaia de James Lovelock e Lynn Margulis, batizada em homenagem à deusa que personifica a Terra na mitologia grega. Essa hipótese parece ter se confirmado ao longo das eras geológicas, mas houve notáveis exceções.

Quando surgiu a vida dependente da fotossíntese, há pouco mais de dois bilhões de anos, o enorme aumento dos níveis de oxigênio na atmosfera eliminou boa parte do poderoso gás metano do efeito estufa, o que por sua vez provocou uma galopante retroalimentação positiva ou, o que é o mesmo, um círculo vicioso, neste caso, de resfriamento e acúmulo de gelo, que gerou mais resfriamento e glaciação.

Há evidências de que o planeta ficou completamente coberto de gelo, durante esse fenômeno, que inclusive tem nome: “Terra bola de neve”. A vida no planeta esteve a ponto de se extinguir e, certamente, só sobreviveu buscando abrigo em ambientes quentes, como as fontes hidrotermais das profundezas oceânicas.

Sendo assim, qual é o cenário mais provável na medida em que continuamos aumentando a temperatura do planeta com a queima desenfreada de combustíveis fósseis? Um futuro gaiano de resiliência climática ou submetido a implacáveis e descontrolados processos de retroalimentação? Podemos recorrer a outros períodos da história da Terra para obter respostas. Comecemos com o maior evento de extinção de todos os tempos, que ocorreu entre os períodos Pérmico e Triássico, há 250 milhões de anos.

Durante décadas, especulou-se a possibilidade de que uma liberação em massa de metano armazenado no fundo do mar poderia ter desencadeado um pico de aquecimento com efeitos catastróficos. Junto com outro episódio de aquecimento rápido (pelo menos, em escala de tempo geológica) que aconteceu mais tarde, cerca de 56 milhões de anos atrás (conhecido como MTPE), os defensores de uma hecatombe climática sustentam que o fenômeno é comparável à “bomba de metano” que nos ameaça no presente: uma rápida liberação do metano congelado no permafrost do Ártico e nas plataformas costeiras, que já foi desencadeada pelo aquecimento provocado pelos humanos. O imparável aquecimento global e a extinção humana, afirmam, estão garantidos.

No entanto, a revisão dos dados paleoclimáticos simplesmente não respalda essas previsões. Naqueles fenômenos climáticos do passado, a principal causa do aquecimento foi a liberação de dióxido de carbono (CO2), o mesmo gás do efeito estufa que bombeamos na atmosfera hoje pela queima de combustíveis fósseis e outras atividades humanas. Os melhores dados científicos disponíveis indicam que as chamadas “retroalimentações de metano” desempenharam no máximo um papel modesto nesses fenômenos. De fato, há 120.000 anos, antes da última glaciação, as temperaturas no Ártico eram mais quentes do que as atuais e, no entanto, não houve uma liberação em massa de metano.

Essa é a boa notícia. Depois, vem a ruim. Atualmente, a concentração de CO2 na atmosfera está aumentando a um ritmo que multiplica por dez a de qualquer fenômeno natural conhecido, o que representa um desafio monumental para a humanidade e todos os outros seres vivos deste planeta. Se não reduzirmos as emissões de carbono, a história paleoclimática também nos alerta – e sem rodeios – que, em questão de décadas, teremos superado níveis de aquecimento global não vistos em milhões de anos.

Por mais estranho que pareça, nós nos beneficiamos de fenômenos climáticos ancestrais. A extinção em massa mais famosa de todos os tempos foi a provocada pelo asteroide que colidiu com a Terra, há 65 milhões de anos, gerando uma nuvem de poeira que resfriou rapidamente o planeta e aniquilou os dinossauros (com a notável exceção de seus descendentes aviários). Sua perda nos favoreceu como espécie, pois forneceu um nicho ecológico para os pequenos mamíferos que evoluiriam até se tornar primatas.

Há dois milhões de anos, a secagem dos trópicos durante o Pleistoceno criou um nicho para os primeiros hominídeos, os proto-humanos, que desenvolveram a capacidade de caçar conforme as florestas foram dando lugar às savanas nos trópicos africanos. Há 13.000 anos, enquanto a Terra se recuperava da última glaciação, o período de resfriamento conhecido como Dryas Recente impulsionou o desenvolvimento da agricultura no Crescente Fértil.

E há cerca de 6.000 anos, surgiram as primeiras cidades-estados - a civilização humana -, quando a seca no Oriente Médio e Oriente Próximo exigiu os primeiros projetos de engenharia que liberaram os cidadãos para realizar outras tarefas, como a construção, que por sua vez levou à formação dos primeiros assentamentos urbanos dignos desse nome.

Fica claro, portanto, que a mudança climática natural, às vezes, criou nichos ecológicos que nós ou nossos antepassados soubemos explorar e desafios que estimularam a inovação. No entanto, a margem de variabilidade climática na qual a civilização humana permanece sendo viável é relativamente estreita e está diminuindo a passos largos. As condições que nos permitiram viver neste planeta são frágeis. Nosso frágil momento está em perigo. A história paleoclimática é rica em exemplos de vencedores e perdedores, e tudo aponta que, desta vez, somos nós que sairemos perdendo.

Não precisamos de previsões implausíveis de aquecimento descontrolado, impulsionado por uma “bomba de metano”, para entrar em ação. A realidade já é bastante ruim. Se não tomarmos medidas adicionais de políticas climáticas, é provável que o aquecimento global alcance ou ultrapasse os 3 graus. Pior ainda: se em vez de reforçar as políticas atuais, nós as abandonarmos e acelerarmos a extração e queima de combustíveis fósseis, o aquecimento global poderá chegar a 4-5 graus. Trata-se de um aquecimento nunca visto, em dezenas de milhões de anos, e a um ritmo sem precedentes.

Esse é um futuro marcado pela perda em massa de mantos de gelo, grande aumento do nível do mar, inundação das principais cidades costeiras do mundo, com metade do planeta inabitável e quente, assim como ondas de calor, secas, incêndios florestais, inundações e supertempestades jamais vistas. Hollywood nos mostrou como seria esse mundo, e não é uma visão bonita.

Cabe a nós não condenar as gerações futuras a um futuro tão distópico. Um estudo recente revisado por pares, publicado na prestigiosa revista Nature, demonstra que ainda podemos impedir que o aquecimento global ultrapasse a marca dos 2 graus que o Acordo de Paris de 2015 estabeleceu como um limite de segurança, desde que os compromissos de Glasgow sejam mantidos e implementados a tempo.

Contudo, é preferível limitar o aquecimento a 1,5 grau, dado o perigo crescente de danos por eventos climáticos extremos e, em particular, a ameaça que paira sobre os países insulares de baixa altitude, já em risco de sofrerem inundações devido ao derretimento do gelo e o aumento do nível do mar. Portanto, ainda são necessárias medidas mais rigorosas e cabe a nós fazer com que os políticos e outros influentes atuem.

Não é o momento de ceder ao fatalismo climático, especialmente baseado em falsas narrativas pseudocientíficas de extinção inevitável. Ao contrário dos dinossauros, temos arbítrio. Vemos o asteroide metafórico chegando e ainda podemos fazer algo a respeito.

Leia mais

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