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“O Equador é um povo ecológico que acredita que a vida vale mais que o petróleo”. Entrevista com Pedro Bermeo, ativista pela Amazônia

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29 Agosto 2023

O porta-voz da Yasunidos, organização que promoveu o referendo para impedir a extração de combustíveis fósseis na selva equatoriana, afirma que “a luta ainda não acabou”.

A entrevista é de Ana Cristina Basantes, publicada por El País, 26-08-2023.

A Amazônia cobre seis milhões de quilômetros quadrados e atravessa oito países. Um deles é o Equador, que abriga o Parque Nacional Yasuní, uma das áreas com maior biodiversidade do planeta. No domingo, milhões de equatorianos votaram num referendo para protegê-lo da extração de petróleo e da voracidade dos interesses económicos e políticos. É a primeira vez que se realiza uma consulta, de iniciativa cidadã, num país, o Equador, que atravessa uma crise de segurança sem precedentes. Alcançar o compromisso de deixar o petróleo no subsolo e proteger aquele espaço que é reserva da biosfera não tem sido fácil: Yasunidos, a organização da assembleia composta por centenas de jovens da qual Pedro Bermeo é porta-voz, luta por isso há 10 anos. Tudo começou com um grupo de jovens ambientalistas em 2013, quando o então presidente do país, Rafael Correa, abriu as portas para a exploração de petróleo na região. Durante esse tempo, diz Bermeo, 32 anos, fotógrafo e advogado de profissão, eles sofreram assédio, ameaças e uma campanha difamatória na qual foram chamados de “terroristas” por defenderem a natureza.

Também enfrentaram todo tipo de obstáculos para que uma consulta aos cidadãos, como a de domingo, não prosperasse. Foi uma luta contra os sucessivos governos que foram colocando obstáculos, contra a burocracia, contra a pressão das empresas e uma forte campanha de desinformação. Mas, no último domingo, nas antecipadas eleições presidenciais no país andino, 58,98% dos equatorianos que votaram votaram a favor de deixar as reservas petrolíferas no subsolo por tempo indeterminado. Bermeo, como todo o grupo, considera esse “sim” uma vitória, embora sublinhe que também se deve à luta que os povos e nacionalidades indígenas já haviam iniciado.

Mapa do Parque Yasuní (Fonte: Dialogo Chino)

Eis a entrevista.

O referendo para proteger o Yasuní é a primeira consulta popular no Equador que decorre de uma proposta cidadã.

Sim, as consultas anteriores partiram do presidente. Em Yasunidos tivemos que passar por 10 instâncias diferentes durante estes 10 anos para chegar aqui. Conseguimos realizar a consulta popular e vencer com mais de 60% dos votos, com uma campanha massiva contra ela.

Em 2014, durante o governo de Rafael Correa, anularam mais de 60% das assinaturas que recolheram para realizar a consulta. Você já se sentiu perseguido?

Acho que foi um dos momentos mais difíceis, porque fazer consulta popular é, por si só, muito difícil. Naquela época, todos os poderes do Estado, controlados por Rafael Correa, realizaram uma campanha suja na mídia pública para confundir o público. Dizer que éramos violentos, que mentíamos, que não falávamos a verdade. Chegaram até a nos acusar de sermos financiados pela Texaco, pela Chevron, uma das petrolíferas que mais poluiu a Amazônia. Eles dificultaram a coleta de assinaturas. No meio do processo de coleta foi aplicada uma série de requisitos, como a cor da caneta, o tamanho do papel, a gramatura do papel. E então anularam arbitrariamente mais de 400 mil assinaturas das 757.623 que coletamos. Mesmo entre 2013 e 2014, durante o processo de coleta de assinaturas, encontramos vários policiais infiltrados em nossas organizações. Houve também ameaças e uma investigação do Serviço de Inteligência em que nos investigaram como se fôssemos terroristas, conheciam as nossas movimentações bancárias, o que fazíamos e onde trabalhávamos.

Você recebeu pressão antes do referendo, quando ele já ia acontecer?

Foi uma campanha de Davi contra Golias. As grandes elites econômicas, os meios de comunicação social e a política tradicional fizeram um trabalho para desinformar o público. Mas, além disso, a petrolífera estatal Petroecuador, que trabalha com o dinheiro de todos, dedicou-se a fazer campanha pelo ‘não’. Durante o horário comercial, enviaram mais de seis funcionários públicos às universidades para dar palestras sobre por que votar “não” no referendo. Quando um funcionário público é proibido de fazer campanha, é para isso que servem as organizações registradas. Não somos um partido político, não temos estrutura para fazer campanha, mas a criamos com pessoas comuns, de todo o Equador, que nos organizam para salvar e defender a vida no planeta. Neste momento, somos o maior consenso nacional. Enquanto os candidatos têm entre 20% e 30% dos votos, o salvador Yasuní obteve 60%. O Equador é uma cidade ecológica que acredita que a vida da natureza e dos povos vale mais do que os supostos dólares do petróleo, que nunca chegaram.

Todas as comunidades indígenas são a favor do “sim”?

Quando falamos de povos e nacionalidades indígenas, é como qualquer outro grupo humano, existem posições contra e a favor. Contudo, tem havido uma relação evidentemente colonial e racista entre o Estado e os territórios dos povos e nacionalidades. E por que digo isso? Porque aos povos e nacionalidades só são oferecidos trabalho, saúde e educação quando assinam a autorização para explorar o seu território, ou seja, há um abandono sistemático do Estado em garantir todos os direitos humanos. Não se pergunta ao povo de Quito se queremos saúde ou se queremos ter a nossa casa sem contaminação. Essa condição que eles têm que escolher é uma forma de chantagem para dizer que se você quer estudar tem que me autorizar a explorar o seu território.

Em outubro será realizado o segundo turno das eleições presidenciais entre a candidata do correísmo, Luisa González, e o empresário Daniel Noboa. Você acha que dependendo de quem ganhar o resultado da consulta pode ficar comprometido?

Se o presidente, ou qualquer funcionário, não cumprir o que é estabelecido pelo Tribunal Constitucional [como o referendo e o seu resultado], podemos pedir a sua destituição por interferir na decisão do tribunal superior. Não temos apenas que defender os votos nas urnas, mas também que os resultados sejam respeitados. Isso significa que a luta não termina hoje. Embora a fase de consulta popular tenha terminado, inicia-se agora um processo de cumprimento que poderá levar vários anos até que, finalmente, possamos dizer que o Yasuní está protegido.

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