11 Agosto 2023
Lembrando a hecatombe que veio dos céus sobre Hiroshima e Nagasaki em 6 e 9 de agosto de 1945, o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) aliou-se à Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares, junto com outros grupos religiosos e cívicos. O grupo instou governos que detêm armamento desse porte a se juntarem ao Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares.
A reportagem é de Edelberto Behs.
“Finalmente chegou a hora de as armas mais estúpidas e destrutivas já inventadas por seres humanos – ou mais especificamente, homens – serem eliminadas. Então, vamos fazê-lo”, declarou o diretor da Comissão do CMI para Assuntos Internacionais, Peter Prove.
Embora a bomba atômica tenha sido jogada a última vez em um conflito em 1945, “ela foi seguida por décadas de programas de teste de armas envolvendo milhares de detonações nucleares em todo o mundo, em lugares distantes onde as populações e ambientes indígenas continuam sofrendo as consequências”, lembrou o representante do CMI.
O conflito da Ucrânia, frisou, trouxe a ameaça existencial da conflagração nuclear de volta à consciência pública.
Em 2023, o CMI celebra 75 anos de existência. O organismo ecumênico reúne 352 igrejas ortodoxas, evangélicas, protestantes e anglicanas de 120 países, somando 580 milhões de cristãos. Trata-se de um espaço para refletir, falar, debater, agir, testemunhar, orar em conjunto, e engajar-se em questões que dizem respeito à sociedade humana.
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Chegou a hora de eliminar as estúpidas armas nucleares, diz representante do Conselho Mundial de Igrejas - CMI - Instituto Humanitas Unisinos - IHU