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“A fome no mundo está aumentando. Uma nova agricultura é necessária para a crise climática”. Entrevista com Maurizio Martina

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14 Julho 2023

  • Entrevista com o vice-diretor da FAO: “O aquecimento global é o novo normal. Há países africanos em seu quarto ano de seca. Precisamos de mais inovação e ajuda internacional”
  • “Não uma crise, mas várias crises combinadas. O clima, as guerras e as pandemias atingem-nos a todos ao mesmo tempo. E os dados sobre a fome no mundo pioraram”.

Maurizio Martina, ex-ministro da Agricultura, desde 2021 é vice-diretor da FAO, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.

Enquanto ele fala, o relatório sobre o "Estado da segurança alimentar e nutricional no mundo" que acaba de ser publicado deixa números surpreendentes. Entre 2019 e 2022, os seres humanos que passaram fome cresceram de 613 para 735 milhões: quase um em cada dez. A proporção é mais que o dobro na África: um em cada cinco.

A entrevista é de Elena Dusi, publicada por La Repubblica, 13-07-2023.

Eis a entrevista.

A pandemia está acabando. Esperemos que a guerra na Ucrânia acabe em breve. O clima não se coloca num plano diferente, visto que tem um alcance epocal?

Agora parece um problema estrutural, uma estrutura subjacente que está se tornando o novo normal. A intersecção entre a crise climática e a crise alimentar nesta situação corre o risco de se tornar explosiva. Em algumas regiões da África, estamos na terceira ou quarta temporada de seca. A falta de água não é mais a excepcionalidade, mas a norma. Temos que repensar a relação com esse recurso.

Os 735 milhões de seres humanos que não têm nada para se alimentar são as mesmas pessoas que chamamos de migrantes econômicos quando decidem viajar. Não deveríamos reconsiderar este termo?

As crises alimentares também afetam a migração. São necessárias novas políticas, devemos aprender a intervir antes que a situação se degenere, com um planejamento útil e inteligente que saiba responder quando há uma multiplicidade de crises que ocorrem juntas.

No ano passado, lemos frequentemente sobre a falta de fundos, a insuficiência de ajuda para alimentar todas as pessoas necessitadas, as fronteiras fechadas à ajuda humanitária. O que pode ser feito?

Os países desenvolvidos precisam aumentar seu apoio econômico. Apelamos a todos, e quem puder fazer mais, faça. Devemos estar cientes de que o tempo disponível para nós está diminuindo. Para atingir a meta de fome zero até 2030, os esforços precisam ser redobrados.

Em seu papel, você viu realidades que lhe impressionaram?

Visitei alguns projetos da FAO no Egito ao longo do Nilo. Estas foram intervenções para melhorar os sistemas de irrigação e, portanto, usar a água de forma mais eficiente, em uma comunidade de mulheres agricultoras e homens agricultores. Pude tocar de perto a importância das agências internacionais. Sem ajuda externa, é difícil para as comunidades realizarem grandes intervenções por conta própria para melhorar suas condições de vida.

O Relatório sobre a Fome deste ano concentra-se na urbanização. Em 2050, apenas três em cada dez pessoas viverão em áreas rurais. Eles serão capazes de produzir comida suficiente para todos?

Será necessário reorganizar o sistema alimentar. Cidade e campo não serão mais vistos como dois mundos que não se falam, como se fossem dois polos opostos. A relação deles deve ser de continuidade.

Em nossos países, vimos os preços dos produtos agrícolas aumentarem significativamente. Sempre assumimos que frutas e vegetais eram baratos. Agora, porém, percebemos o quão delicado é seu sistema de produção.

Mesmo as comunidades internacionais subestimam a importância da agricultura na alimentação das populações. A percentagem de ajuda humanitária dedicada a este setor muitas vezes acaba por ser insuficiente. Precisamos estar mais conscientes de que a estabilidade dos sistemas agrícolas é a chave para lidar com cenários de emergência. Aumentar a parcela de financiamento destinada a eles é decisivo.

A agricultura também é o primeiro setor a enfrentar uma crise com o aquecimento global. Veremos cada vez mais migrantes climáticos?

O relatório recém-divulgado contém números e estatísticas. Mas por trás desses números existem seres humanos que passam fome e às vezes decidem migrar por esse motivo. Para uma organização como a FAO, passar das estatísticas para as intervenções de campo é essencial. Significa ajudar concretamente as pessoas a viver.

Em muitos países, a agricultura está adotando a tecnologia para desperdiçar menos água. A edição de genes, em discussão na Europa, promete tornar as plantas mais resistentes a doenças. Essas inovações, muitas vezes sujeitas a patentes, chegarão aos países em desenvolvimento?

Uma das nossas áreas de trabalho mais importantes é garantir que a tecnologia seja transferida até mesmo para as áreas mais fracas. Não podemos desperdiçar a oportunidade de inovação. É preciso levar para todos, para ampliar o campo de oportunidades. A edição genética para tornar as plantas mais resistentes às crises hídricas é um tema enorme, cujos benefícios e custos precisarão ser avaliados.

Por que uma parte do mundo agrícola frequentemente se opõe a intervenções para conter a crise ambiental?

Não devemos permitir que ocorra uma lacuna entre a agricultura e o meio ambiente. Mesmo que o perigo seja real, nosso trabalho para evitá-lo será decisivo. Não há avanço ambiental, de fato, sem protagonismo agrícola. E não há avanço agrícola sem protagonismo ambiental.

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