26 Outubro 2022
Um dos momentos que despertou maior emoção na beatificação da Bem-aventura Benigna Cardoso, realizada no dia 24 de outubro de 2022 na cidade do Crato (CE), foi quando o Cardeal Leonardo Steiner, representante pontifício para a cerimônia, disse que “a inocência, a pureza (da Bem-aventurada Benigna), abrirá o caminho para celebrarmos a Padre Cícero Bem-aventurado e depois santo”, mais um exemplo do que representa para a religiosidade do povo nordestino a figura do Servo de Deus Padre Cícero.
A reportagem é de Luis Miguel Modino.
Aos pés do tumulo do Padre Cícero Romão Batista, na Capela de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, um dos locais que concentra os devotos que cada dia chegam em Juazeiro do Norte (CE), o Cardeal Steiner presidiu a Eucaristia das 7 da manhã deste 25 de outubro de 2022. Ele ressaltou que “é sempre uma alegria e um consolo podermos celebrar junto ao túmulo do Padre Cícero, ele que foi um homem fiel à Igreja, foi obediente, ele que sempre esteve juntos dos pobres, ele que nunca se esqueceu de dar uma palavra de consolo e de incentivo. Olhando para ele nós sabemos como viver o Evangelho”.
Na homilia o cardeal afirmou que “nós recebemos o Batismo, a vida de Deus, e ela vai transformando a nossa vida, vai nos santificando, vai nos tornando pessoas mais disponíveis, pessoas mais amorosas, pessoas mais próximas, pessoas mais de família”. Ele mostrou como é bonito “quando nós percebemos que Jesus e a sua Palavra são verdadeiro fermento na nossa vida e vamos nos tornando cada vez mais pessoas com o jeito de Jesus”.
O cardeal Steiner, comentando a primeira leitura da Liturgia da Palavra do dia, afirmou que “é o amor o que determina a relação entre homem e mulher, um não é mais do que o outro, é o amor que conduz, é o amor que cuida, é o amor que vela, é o amor que transforma, é o amor que perdoa, é o amor que sempre ali está de novo e vai maturando essa relação”.
O representante pontifício na beatificação da primeira bem-aventurada do Ceará, disse ficar “sempre admirado com o Padre Cícero porque foi um homem obediente à Igreja. Não podia mais celebrar, ele aceitou, mas não deixou de ser padre, não deixou de abençoar, não murmurou, não atacou, não ficou violento, foi um homem de paz”. Dom Leonardo enfatizou que “suspenso das suas funções ele continuou fiel à Igreja, continuou fiel inclusive ao bispo”, descrevendo-o como “o homem da semente pequena, do grão de mostarda e do fermento”.
“Ele soube se deixar levedar, ele soube se deixar transformar, e se tornou para nós um sinal, até poderíamos dizer se tornou para nós um verdadeiro alimento”, uma afirmação que cobra sentido quando nós vemos a fé que o povo nordestino tem no Padre Cícero Romão Batista.
Dom Leonardo fez um convite a ler todo dia a Palavra de Deus, a nos deixar transformar pela Palavra de Deus. Ele afirmou que “nós as vezes não percebemos, mas a Palavra que vamos lendo, ela vai nos transformando”, como um instrumento que faz com que cresçamos em santidade. Um ler a Palavra de Deus que nos faça uma árvore frondosa, um alimento de consolo, de esperança, de fortaleça para os irmãos e irmãs. O cardeal insistiu em descobrir a Palavra como aquilo que nos ajuda a descobrir nas famílias, “o amor como lugar do perdão”.
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Cardeal Steiner: “Olhando para o Padre Cícero nós sabemos como viver o Evangelho” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU