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O Papa no Canadá, uma tríplice mensagem para a Igreja de amanhã

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22 Julho 2022

 

Com a viagem que realiza no extremo norte do Canadá, de 24 a 30 de julho próximo, o Papa Francisco não só retribui a visita feita pelos indígenas do país para denunciar, alguns meses atrás em Roma, o 'genocídio cultural' que sofreram ao longo das décadas, completando assim o 'mea culpa' em nome da Igreja Católica, mas envia uma mensagem, muito além das fronteiras canadenses, sobre como a Igreja deveria ser no futuro.

 

A reportagem é publicada por Tiscali, 21-07-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Sua 37ª viagem internacional chama a atenção porque o pontífice argentino mostrou nos últimos meses crescentes dificuldades para caminhar, tanto que adiou uma viagem, prevista para o início de julho, à República Democrática do Congo e Sudão do Sul. Se já estão no horizonte outras viagens ligadas, em especial, à guerra russa na Ucrânia - a hipótese de Kiev, o projeto do Cazaquistão -, no entanto, é um fato que Francisco, de 86 anos, não se moverá mais como antes.

 

Uma realidade que torna ainda mais significativa a determinação com que Jorge Mario Bergoglio quis, não sem suscitar alguma apreensão na comitiva, confirmar essa exigente visita ao Círculo Polar Ártico. Em suma, uma viagem indispensável: porque o papa, contam, ficou particularmente impressionado com as delegações das Primeiras Nações, Inuit e Metis que quis receber, primeiro individualmente, depois todas juntas, entre o final de março e o início de abril, com os relatos dos anciãos, com as histórias de abusos físicos e sexuais ocorridos nas 'escolas residenciais' que o Estado canadense fez gerir pelas Igrejas, entre elas a Igreja Católica, dos estragos feitos nesta parte do mundo pelo colonialismo cultural europeu.

 

É verdade, mas, no Canadá, Bergoglio parece também entrever uma oportunidade para desenvolver, e enraizar, pelo menos três conceitos que lhe são caros e que considera cruciais para o catolicismo nos próximos anos. O pedido de perdão pelos abusos cometidos pelos 'conquistadores', é claro, não é uma invenção de Jorge Mario Bergoglio. Na La Civiltà Cattolica Padre Federico Lombardi lembra oportunamente que já o Papa Paulo III em 1537 advertiu na bula 'Sublimis Deus' que os 'índios' que eram 'descobertos pelos cristãos' não deviam de forma alguma ser privados de sua liberdade e da posse de seus bens, mesmo que não tivessem a fé de Jesus Cristo'.

 

Chegando a tempos mais recentes, e limitando-se ao Canadá, João Paulo II esteve três vezes no país e pediu desculpa às populações indígenas. Bento XVI fez o mesmo quando os recebeu no Vaticano. No entanto, as críticas à Igreja continuaram. A verdade histórica seguiu seu curso: uma comissão de 'verdade e reconciliação' criada pelo Estado canadense em 2015 recomendou que o próprio papa fosse ao Canadá para pedir desculpa. Outros detalhes apareceram, não raro macabros, como a descoberta dos restos mortais de 215 crianças na Kamloops Indian Residential School, na Colúmbia Britânica: o estado canadense pagava pouco esses colégios, e quando as crianças, que viviam em condições sanitárias precárias, morriam, para economizar eram enterradas nas proximidades, em vez de serem devolvidas às suas famílias.

 

Acontecimentos que afetaram a opinião pública mundial e levaram a Igreja canadense a ser mais clara em sua condenação do que havia sido. Com o primeiro pontífice latino-americano da história, depois, a intensidade do debate só podia aumentar. Herdeiro dos missionários jesuítas, Bergoglio sempre prestou extrema atenção ao nó histórico do colonialismo e à mistura adulterada entre evangelização e espoliação das culturas originárias.

 

'Peço humildemente perdão, não apenas pelas ofensas da própria Igreja, mas pelos crimes contra as populações indígenas durante a chamada conquista da América', disse ele durante sua viagem à Bolívia em 2015. 'E junto com este pedido de perdão, para ser justos, peço também que nos lembremos de milhares de sacerdotes e bispos, que se opuseram fortemente à lógica da espada com a força da cruz. Houve pecado, houve pecado e abundante, mas não pedimos perdão, e por isso pedimos perdão, e eu peço perdão, mas onde houve pecado, onde houve abundante pecado, a graça também abundou através desses homens que defenderam a justiça dos povos originários'.

 

Em 2019 quis que se realizasse em Roma uma assembleia sinodal sobre a Amazônia, que ele mesmo abriu antecipadamente em Puerto Maldonado, que explorou a questão da problemática interação entre evangelização e colonização. Um empenho de longo prazo que, porém, – e este é o primeiro ponto que se percebe em filigrana na viagem canadense - corre o risco de ficar confinado à América Latina. Como se o pontífice argentino se preocupasse com essa questão porque vem do único lugar do mundo onde houve esse problema. Em vez disso, a conexão entre a colonização e uma malcompreendida leitura do Evangelho, a “doutrina da descoberta” abençoada pela Santa Igreja Romana, ocorreu em muitos outros lugares e pode ocorrer, só que disfarçada, até mesmo no mundo de hoje, por missionários católicos e de outras denominações cristãs.

 

A viagem ao Canadá oferecerá ao papa a oportunidade de ampliar a questão muito além da América Latina e muito além do mundo de língua espanhola. Embora proferirá os discursos em espanhol - e é de se jurar que na vizinha América Central e do Sul eles chegarão em alto e bom som -, a mensagem será traduzida para o inglês e o francês, e poderá, portanto, chegar também aos vizinhos Estados Unidos, na distante Austrália, em muitos países africanos bem como na velha Europa. Uma mensagem - e este é o segundo ponto - que liga inextricavelmente o cuidado das diversidades culturais e o cuidado da 'casa comum'. O pontífice da Laudato si' e da Fratelli tutti o disse e reiterou, mas agora ele o repetirá com palavras claras de um país do G7 que sempre foi sensível à questão ambiental.

 

Como explicou o jesuíta canadense Gilles Mongeau à agência de imprensa francesa I. Media, “reconhecemos que os povos indígenas foram os primeiros guardiões desta terra. Nós nos beneficiamos com isso, mas ela nunca foi dada formalmente aos colonos. Eles a ocuparam. Uma das diferenças mais significativas entre a cultura europeia e a cultura indígena é a relação com a terra. Os europeus possuem a terra, a compram e a vendem. Eles têm direitos sobre ela. Os povos indígenas se consideram administradores da terra. Eles a consideram como um presente e o compartilham’. Um conceito que a Igreja sabe assumir e valorizar, sem deixar aos outros o tema do meio ambiente, e atuando como promotora de um empenho para a solução de um problema sempre existencial para a humanidade de hoje e de amanhã.

 

Do Canadá, Francisco terá a oportunidade de mostrar mais uma vez, mas sob um novo ângulo, um rosto da Igreja Católica longe de uma concepção voltada para si mesma, atenta apenas à liturgia e ao direito canônico, preocupada, juntamente com as mulheres e os homens de boa vontade, pelo bem comum. É uma maneira de sublinhar o sentido mais autêntico da evangelização. Porque, como disse na Bolívia, Francisco está convencido de que já em 1500, e ainda hoje, existem, mesmo dentro da Igreja, ideias divergentes e aliás conflitantes sobre o que significa levar as 'boas novas' ao mundo: alguns que pretendem impô-la com a 'lógica da espada', outros que seguem 'a força da cruz'.

 

Para esclarecê-lo ainda mais, para distinguir e escolher, é necessário passar pela verdade histórica. Uma verdade que não é indolor. Como observou o padre Lombardi, no final do artigo em que reconstitui os dramáticos acontecimentos da história, ‘enfrentamos um grande sofrimento, em primeiro lugar o das populações indígenas e de muitos estudantes das escolas residenciais, vítimas de imensas injustiças e graves abusos, mas também - no fundo - de tantas pessoas que gastaram muito de suas forças com a intenção sincera de servir ao Evangelho e às populações indígenas. Agora se sentem frustrados com críticas muito duras, que incluem generalizações, o que não é justo.

 

Pensamos - escreve o jesuíta - que este é um preço penitencial, longe de ser inútil, a ser pago em um caminho de purificação pela Igreja. Esperamos que dê frutos em um encontro mais profundo, mais frutífero e renovado - verdadeiramente reconciliado - com as populações indígenas e toda a sociedade canadense.' Palavras que explicam por que o Papa Francisco apresentou sua próxima viagem ao Canadá como uma 'peregrinação penitencial', dedicada aos indígenas canadenses, mas capaz de falar muito além das fronteiras daquele país.

 

Leia mais

 

  • Canadá. “Os povos indígenas foram os primeiros guardiões desta terra”. Entrevista com Gilles Mongeau, vice-provincial dos jesuítas
  • Viagem do Papa Francisco ao Canadá é algo ‘único’
  • Papa viaja para mostrar "indignação e vergonha" aos indígenas canadenses
  • A Igreja venderá templos no Canadá para pagar indenização por abuso infantil
  • Antes da visita papal, bispos canadenses iniciam pagamentos a comunidades indígenas
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  • Canadá. Os riscos da viagem do Papa ao país. Entrevista com o presidente da Conferência dos Bispos Canadenses
  • Visita do Papa Francisco ao Canadá: tempo para abraçar o futuro indígena
  • “Será uma peregrinação penitencial”, afirma o Papa Francisco sobre sua viagem ao Canadá
  • Francisco no Canadá para fechar uma ferida aberta em meados do século 19
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