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Canadá. “Os povos indígenas foram os primeiros guardiões desta terra”. Entrevista com Gilles Mongeau, vice-provincial dos jesuítas

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22 Julho 2022


Quem são as crianças indígenas desaparecidas do Canadá? Qual é a realidade dos cemitérios das escolas residenciais? Antes da “viagem penitencial” do Papa Francisco ao país (24 a 30 de julho de 2022), o vice-provincial dos jesuítas do Canadá Gilles Mongeau lança luz sobre a história das relações entre os colonos e seus descendentes e os povos indígenas.



A entrevista é de Anne Kurian, publicada por Cath.ch, 21-07-2022. A tradução é do Cepat.

 

Eis a entrevista.

 

Como os jesuítas estão envolvidos no processo de reconciliação com os indígenas?

 

Nós iniciamos o caminho da reconciliação no começo dos anos 1990, quando nos comprometemos a fazer a restituição financeira e a disponibilizar nossos recursos. Por exemplo, tínhamos muitos dicionários, que disponibilizamos para ajudar as comunidades indígenas a redescobrir suas línguas tradicionais. Uma das marcas das escolas residenciais foi a destruição das línguas nativas. Também abrimos nossos arquivos, que agora são apresentados integralmente ao Centro Nacional para a Verdade e a Reconciliação.

 

Historicamente, tínhamos apenas uma escola residencial jesuíta no norte de Ontário, em Spanish, um estabelecimento muito grande que ficou aberto até 1958. Entre nossas missões hoje, acompanhamos os sobreviventes, ou seja, os ex-alunos das escolas residenciais.

 

Que tipo de abuso foi infligido aos alunos nesses estabelecimentos?

 

Isso dependia das escolas. Os abusos podiam ser de três ordens: castigos físicos muito severos que podem ser chamados de abusos físicos; abusos sexuais; e depois o genocídio cultural, que é hoje o principal abuso conhecido.

 

É um preconceito que pesou não só sobre essas crianças, mas também sobre todos os que nasceram em suas famílias depois delas. Essas crianças não tinham mais vínculos com suas famílias. O trauma da perda da cultura, da linguagem, é profundo e atinge as gerações seguintes. Um sobrevivente que eu conhecia bem me disse: “Eu nunca tive um pai de verdade, então não sabia como ser um pai para meus filhos.” Isso toca em realidades psicológicas muito profundas.

 

Também se fala muito sobre as crianças desaparecidas. Quantas são e o que sabemos sobre seu paradeiro?

 

Depois do fechamento das escolas residenciais, nós descobrimos que as crianças que morriam nos estabelecimentos eram enterradas nesses locais ou em cemitérios próximos, sem sempre serem devidamente identificadas. Nas comunidades indígenas, há crianças que nunca voltaram para casa e ninguém sabe o que aconteceu com elas. Quanto ao número, a Comissão para a Verdade e a Reconciliação fez uma estimativa das crianças desaparecidas (mais de 4.000, nota do editor). Muitos pensam que esse número poderia ser revisto para cima.

 

Nesse contexto, o Papa Francisco vem ao Canadá para uma peregrinação penitencial, como ele mesmo disse. Ele foi convidado pelo governo em 2017, mas os bispos aderiram a esse convite apenas no outono de 2021. Houve alguma hesitação em relação ao processo de reconciliação por parte do episcopado?

 

Não houve hesitação em relação ao processo em si. Mas havia muitos receios em relação a dois pontos: por um lado, o potencial custo de uma visita. A última visita de São João Paulo II (em 2002, nota do editor) foi muito cara, e algumas dioceses acharam muito difícil ter de arcar com os custos de uma nova viagem.

 

Por outro lado, há uma preocupação com as consequências jurídicas dos pedidos de desculpas formais. A realidade é que na década de 1990, os jesuítas no Canadá chegaram perto da falência com reparações financeiras. E para algumas dioceses, isso representa um perigo muito grande.

 

Até recentemente, muitos fiéis católicos não tinham percebido a profundidade dos danos causados. Há dois anos, ouvia-se respostas do tipo: “Sim, mas nós lhes demos educação.” São os resquícios de um espírito colonizador. Havia uma cegueira. Mas houve um ponto de virada com o anúncio da descoberta de túmulos sem nome em Kamloops na primavera de 2021. Foi um ponto de encontro para uma verdadeira transformação entre os fiéis católicos. Por fim, ficou clara a urgência de enveredar pelo caminho da reconciliação e correr o risco de processos judiciais.

 

A descoberta de Kamloops despertou a consciência pública, mas ainda hoje a história é debatida…

 

A história midiatizada tornou-se sensacional e, de certa forma, teve um bom efeito. Mas à medida que as pesquisas avançavam, nuances foram adicionadas, pintando uma imagem mais realista do que aconteceu. Só posso falar da nossa experiência para esclarecer: nós sempre soubemos da existência do cemitério de Spanish, pelo menos aproximadamente, ouvindo sobreviventes e anciãos. Mesmo que não estivesse bem conservado, e mesmo que não tivéssemos uma localização precisa, tínhamos uma ideia dessa realidade. Sabíamos que as sepulturas tinham nomes, que as cruzes de madeira tinham sido danificadas pelo tempo, sabíamos a localização do cemitério.

 

Tínhamos uma pista e isso é verdade para muitas comunidades. Mas na primavera passada, ninguém falou sobre isso. Agora que um relato mais realista veio à tona, alguns podem usá-lo como desculpa para recusar passos de arrependimento.

 

À luz de tudo isso, qual pensa que será o momento mais importante da viagem do Papa?

 

Quando o Papa Francisco pedir desculpas em território indígena em Edmonton. Para os católicos nativos, sua presença nos dois lugares dedicados a Santa Ana (Lac Ste Anne e Sainte-Anne de Beaulieu, nota do editor) será um importante momento de celebração.

 

Esta viagem é um começo. O processo de reconciliação levará muito tempo. Eu disse aos jovens jesuítas sob meus cuidados que esta será uma parte significativa para o resto de sua vida jesuíta. Para mim, a lição mais importante que a Igreja canadense pode aprender é não sermos os líderes, mas deixar os povos aborígenes nos liderarem. Como Igreja, podemos aprender com a cultura e a espiritualidade indígenas, entre outras coisas, a viver uma relação mais correta com a criação.

 

Sua assinatura do correio eletrônico termina com esta mensagem: “Reconheço que o lugar onde moro e trabalho está localizado em território indígena, que nunca foi cedido. Reconheço a Nação Kanien'kehá:ka como guardiã dessas terras e águas. Tiohtiá:ke/Montreal é historicamente conhecido como um lugar de encontro para muitos Primeiras Nações, e hoje uma população indígena diversificada, assim como outros povos, reside lá. Sou grato por poder trabalhar nesta comunidade, neste território.” Por que este texto?

 

Esta é uma prática que começou no Canadá há muito tempo. Reconhecemos que os povos indígenas eram os primeiros guardiões desta terra. Nós nos beneficiamos com isso, mas ela nunca foi dada formalmente aos colonos. Eles a ocuparam. Uma das diferenças mais significativas entre a cultura europeia e a cultura aborígine é a relação com a terra. Os europeus são donos da terra, compram-na e vendem-na. Eles têm direitos sobre ela. Os povos indígenas pensam em si mesmos como administradores da terra. Eles a consideram mais como um presente e a compartilham. Como sinal de reconhecimento, no Canadá esta mensagem é lida em voz alta no início de encontros oficiais, de anos acadêmicos e de momentos importantes da nação.

 

Esta mensagem será ouvida nos encontros com o Papa?

 

Não sei, mas espero que sim!

 

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