20 Mai 2022
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 20.05.2022
O Caminho Sinodal da Alemanha "é uma expressão da sinodalidade da Igreja".
O secretário-geral do Sínodo dos Bispos, cardeal Mario Grech , negou ontem que o Vaticano "se preocupe com o caminho sinodal" na Alemanha. Em entrevista a Christopher Lamb, o cardeal maltês garantiu que não compartilha do medo de muitos críticos (curiosamente, os mesmos que há nove anos atacam o Papa Francisco).
“Em uma igreja sinodal, questões controversas de poder e responsabilidade, o papel das mulheres ou o ensino sexual também devem ser abordados”, disse Grech, que confirmou que “tudo o que vier a nós será submetido aos critérios do Papa” com a intenção de total liberdade ao pensar o futuro da Igreja.
O Caminho Sinodal Alemão, para o celibato opcional e ministérios para as mulheres.
Por isso, o debate que se desenrola há três anos na Alemanha, em muitos aspectos pioneira no mundo, não é preocupante, "desde que respeitemos os princípios da Igreja Católica". E quais são esses princípios? "A vontade de querer ser discípulos de Jesus, mas também o serviço dos bispos à sua respectiva igreja local", salientou o cardeal, acrescentando que os bispos alemães "não são independentes, mas fazem parte do colégio mundial”, ligado ao Papa, "fiador da unidade".
"Ninguém será excluído, todos devem poder contribuir. Nada deve ser deixado para debaixo do tapete", sublinhou Grech, que espera que a Igreja "se torne verdadeiramente sinodal" e aprenda a ouvir todas as suas vozes.
A sinodalidade proporciona o espaço especial onde podemos compartilhar nossos medo e alegrias, nossas certezas e dúvidas, inclusive os sonhos, afirmou Grech, advertindo: “Há sonhos que podemos realizar e outros, não. Alguns se podem realizar amanhã, outros precisarão de mais tempo”.
