Nesta manhã, 16-09-2021, o Santo Padre Francisco recebeu em audiência os participantes do encontro com os moderadores das associações de fiéis, dos movimentos eclesiais e das novas comunidades, organizado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, sobre o tema: A responsabilidade de governo nas agregações laicais: um serviço eclesial.
Publicamos a seguir o discurso que o Santo Padre dirigiu aos presentes no Encontro. A tradução é de Luisa Rabolini.
Caros irmãos e irmãs, bom dia e bem-vindos!
Saúdo cordialmente Sua Eminência o Cardeal Kevin Farrell e agradeço-lhe pelas palavras que me dirigiu. E graças a todos vocês, por estarem presentes apesar dos desconfortos causados pela pandemia - e às vezes pelo “não bom humor” que talvez este decreto semeou no coração de alguns! Mas vamos seguir em frente juntos. Também saúdo e agradeço aqueles que participam do link de vídeo, muitos dos quais não puderam viajar devido às limitações que ainda existem em muitos países. Não sei como o Secretário conseguiu voltar do Brasil! Depois você terá que me explicar.
1. Quis estar aqui hoje, principalmente, para dizer a vocês obrigado! Obrigado pela vossa presença como leigos, homens e mulheres, jovens e idosos, empenhados em viver e testemunhar o Evangelho nas realidades ordinárias da vida, no vosso trabalho, nos mais diversos contextos - educativo, de empenho social, etc., na estrada., nos terminais ferroviários, todos vocês estavam ali -: este é o vasto campo do vosso apostolado, é a vossa evangelização.
Devemos compreender que a evangelização é um mandato que vem do Batismo; o Batismo que nos torna juntos sacerdotes, no sacerdócio de Cristo: o povo sacerdotal. E não devemos esperar que venha o sacerdote, o padre para evangelizar, o missionário ... Sim, fazem-no muito bem, mas quem tem o Batismo tem a tarefa de evangelizar. Vocês despertaram isso com seus movimentos, e isso é muito bom. Obrigado!
Nos últimos meses, vocês viram com seus próprios olhos e tocaram o sofrimento e a angústia de tantos homens e mulheres, devido à pandemia, especialmente nos países mais pobres, nos quais muitos de vocês estão presentes. Um de vocês estava me contando sobre isso. Tanta pobreza, miséria ... Penso em nós aqui no Vaticano que reclamamos quando o almoço não está bem preparado, quando há gente que não tem o que comer. Agradeço-lhes porque vocês não pararam: não pararam de levar a vossa solidariedade, a vossa ajuda, o testemunho evangélico mesmo nos meses mais difíceis, quando os contágios eram muito altas. Apesar das restrições devidas às necessárias medidas preventivas, vocês não desistiram, pelo contrário, sei que muitos de vocês multiplicaram o seu empenho, adaptando-se às situações concretas que tinham e têm diante, com aquela criatividade que vem do amor, porque quem se sente amado pelo Senhor ama sem medida.
Esse "sem medida" é o que aparece nesses momentos críticos. E esse "sem medida" também o vimos em muitas freiras, em muitas consagradas, em muitos padres e em muitos bispos. Estou pensando em um bispo que acabou entubado por ficar com as pessoas o tempo todo. Agora ele está se recuperando lentamente. São vocês e todo o povo de Deus que se colocou em campo, e vocês estiveram lá. Nenhum de vocês disse: “Não, eu não posso ir, porque o meu fundador pensa de outra forma”. Então, nada de fundador: aqui estava o Evangelho que chamava e todos foram. Muito obrigado! Vocês são testemunhas "daquela (abençoada) pertença comum da qual não podemos escapar: o pertencimento como irmãos" (Meditação em tempos de pandemia, 27 de março de 2020). Ou somos irmãos ou somos inimigos! "Não, não. Eu afirmo: ou irmãos ou inimigos”. Não há via de meio.
2. Como membros de associações de fiéis, de movimentos eclesiais internacionais e de outras comunidades, vocês têm uma verdadeira missão eclesial. Com dedicação, procuram viver e fazer frutificar aqueles carismas que o Espírito Santo, por meio dos fundadores, concedeu a todos os membros de vossas realidades de agremiação, em benefício da Igreja e dos tantos homens e mulheres a quem vocês se dedicam no apostolado. Penso especialmente naqueles que, encontrando-se nas periferias existenciais das nossas sociedades, experimentam na carne o abandono e a solidão e sofrem pelas tantas necessidades materiais e pelas pobrezas morais e espirituais. Far-nos-á bem recordar todos os dias não só as pobrezas alheias, mas também, e em primeiro lugar, as nossas.
Há uma coisa sobre Madre Teresa que sempre me vem à mente. Sim, ela era religiosa, mas isso acontece com todos se estivermos na estrada. Quando você vai orar e não sente nada. Eu chamo isso de “ateísmo espiritual”, onde tudo é escuro, tudo parece dizer: “Eu falhei, este não é o caminho, esta é uma bela ilusão”. A tentação do ateísmo, quando vem na oração. A pobre Madre Teresa sofreu tanto porque é a vingança do diabo pelo fato de irmos lá, nas periferias, onde está Jesus, justamente onde Jesus nasceu, preferimos um Evangelho sofisticado, um Evangelho destilado, mas não é Evangelho, o Evangelho é este. Obrigado. Será bom para todos pensar nessas pobrezas.
Vocês também são, mesmo com os limites e os pecados de cada dia - graças a Deus, que somos pecadores e que Deus nos dá a graça de reconhecer nossos pecados e também a graça de pedir ou ir ao confessor: esta é uma grande graça, não vamos perdê-la! - mesmo com esses limites, vocês são um sinal claro da vitalidade da Igreja: representam uma força missionária e uma presença de profecia que nos dá esperança para o futuro.
Vocês também, junto com os Pastores e todos os outros fiéis leigos, têm a responsabilidade de construir o futuro do santo povo fiel de Deus. Mas lembrem-se sempre que construir o futuro não significa sair do hoje que vivemos! Pelo contrário, o futuro deve ser preparado aqui e agora, “na cozinha”, aprendendo a ouvir e a discernir o tempo presente com honestidade e coragem e com a disponibilidade para um encontro constante com o Senhor, para uma conversão pessoal constante. Caso contrário, corre-se o risco de viver num “mundo paralelo”, destilado, longe dos desafios reais da sociedade, da cultura e de todas aquelas pessoas que vivem ao seu lado e que esperam o seu testemunho cristão. De fato, pertencer a uma associação, a um movimento ou a uma comunidade, especialmente quando se referem a um carisma, não deve nos encerrar num "barril de ferro", fazer-nos sentir seguros, como se não houvesse necessidade de qualquer resposta aos desafios e às mudanças. Todos nós, cristãos, estamos sempre em caminho, sempre em conversão, sempre em discernimento.
Muitas vezes encontramos os chamados "agentes pastorais", sejam eles bispos, sacerdotes, religiosas, leigos empenhados [diz "comprometidos"]. Não gosto dessa palavra: o leigo está empenhado ou não está. Os leigos ativos em algo. Mas encontramos alguns que confundem o caminho com um passeio turístico ou confundem o caminho com virar-se sempre sobre si mesmo, sem poder ir em frente. O caminho evangélico não é um passeio turístico. É um desafio: cada passo é um desafio e cada passo é um chamado de Deus, cada passo é - como dizemos na nossa terra - “colocar a carne na grelha”. Sempre ir em frente. Estamos sempre em caminho, sempre em conversão, sempre em discernimento para fazer a vontade de Deus.
Pensar que somos "a novidade" na Igreja - é uma tentação que muitas vezes acontece às novas congregações ou aos novos movimentos - e, portanto, sem necessidade de mudança, pode se tornar uma falsa segurança. Até as novidades envelhecem rapidamente! Por isso, também o carisma a que pertencemos, devemos aprofundá-lo cada vez melhor, refletir sempre juntos para encarná-lo nas novas situações que vivemos. Para isso, exige-se de nós grande docilidade, grande humildade, para reconhecer os nossos limites e aceitar mudar formas de agir e de pensar ultrapassadas, ou métodos de apostolado que já não são mais eficazes, ou formas de organização da vida interior que se revelaram inadequadas ou mesmo prejudiciais. Por exemplo, este é um dos serviços que os Capítulos Gerais sempre nos oferecem. Quando não são bons [as formas e os métodos], devem ser revisados em assembleia.
Mas agora chegamos ao ponto, aquele que vocês esperavam.
3. O Decreto sobre As Associações Internacionais de Fiéis, promulgado em 11 de junho deste ano, é um passo nessa direção. Mas esse decreto nos coloca em uma jaula? Tira-nos a liberdade? Não, esse Decreto nos leva a aceitar algumas mudanças e a preparar o futuro a partir do presente. Na origem desse decreto não existe alguma teoria sobre a Igreja ou sobre as associações laicais que se queira aplicar ou impor. Não, não existe. É a própria realidade das últimas décadas que nos mostra a necessidade das mudanças que o Decreto nos pede.
E eu vou lhes falar uma coisa sobre essa experiência das últimas décadas do pós-Concílio. Na Congregação para os Religiosos estão estudando as congregações religiosas, as associações que nasceram neste período. É curioso, é muito curioso. Muitas, muitas, com uma novidade que é grande, acabaram em situações muito difíceis: acabaram sob visita apostólica, acabaram com pecados torpes, intervenções ... E estão fazendo um estudo. Não sei se isso pode ser publicado, mas vocês conhecem melhor do que eu, pelos falatórios clericais, quais são essas situações. São muitas e não apenas essas grandes que conhecemos e que são escandalosas - as coisas que fizeram para se sentir como uma Igreja à parte, pareciam os redentores! - mas também pequenas. No meu país, por exemplo, três delas já foram dissolvidas e todas por terem acabado nas coisas mais sujas. Eram a salvação, não eram? Pareciam ... Sempre com aquele fio [vermelho] da rigidez disciplinar. Isso é importante. E isso me levou ... Essa realidade das últimas décadas tem nos mostrado uma série de mudanças para ajudar, mudanças que o Decreto nos pede.
Portanto, hoje, precisamente a partir de tal Decreto, vocês vão se debruçar sobre um tema importante não só para cada um de vocês, mas para toda a Igreja: “A responsabilidade de governo nas agregações laicais. Um serviço eclesial”. Governar é servir. O exercício do governo dentro das associações e dos movimentos é um tema particularmente caro para mim, sobretudo considerando - o que já disse antes - os casos de abusos de diversa natureza que também têm ocorrido nessas realidades e que encontram suas raízes sempre no abuso de poder. Esta é a origem: o abuso de poder. Não raramente a Santa Sé, nos últimos anos, teve de intervir, iniciando processos de recuperação nada fáceis. E penso não só nessas situações muito ruins, que fazem barulho; mas também nas doenças que surgem do enfraquecimento do carisma fundacional, que se torna morno e perde a capacidade de atração.
4. As tarefas de governo confiadas a vocês nas agregações laicais a que pertencem nada mais são do que um chamado para servir. Mas o que significa para um cristão servir? Em algumas ocasiões tive oportunidade de apontar dois obstáculos que um cristão pode encontrar no seu caminho e que o impedem de se tornar um verdadeiro servo de Deus e dos outros (cf. Meditação matinal em Santa Marta, 8 de novembro de 2016).
5. O primeiro é o "desejo de poder": quando esse desejo de poder faz com que você mude a natureza do serviço do governo. Quantas vezes fizemos ou outros sentir o nosso "desejo de poder"? Jesus ensinou-nos que aquele que manda deve se tornar como aquele que serve (cf. Lc 22, 24-26) e que “se alguém quer ser o primeiro, será o servo de todos” (Mc 9,35). Ou seja, Jesus inverte os valores do mundanismo, do mundo.
O nosso desejo de poder se expressa de muitas maneiras na vida da Igreja; por exemplo, quando acreditamos, em virtude do nosso papel, que devemos tomar decisões sobre todos os aspectos da vida da nossa associação, da diocese, da paróquia, da congregação. Delegam-se aos outros tarefas e responsabilidades para determinados âmbitos, mas apenas teoricamente! Na prática, a delegação aos outros é esvaziado pelo desejo de estar em todos os lugares. E esse desejo de poder anula toda forma de subsidiariedade. Essa atitude é feia e acaba por esvaziar de força o corpo eclesial. É uma maneira ruim de "disciplinar". E nós vimos isso. Muitas - e penso nas congregações que melhor conheço - superiores, superiores gerais que se eternizam no poder e fazem mil, mil coisas para serem reeleitos e reeleitos, inclusive mudando as constituições. E por trás disso existe um desejo de poder. Isso não ajuda; este é o começo do fim de uma associação, de uma congregação.
Talvez alguns pensem que esse "desejo" não lhe diz respeito, que isso não acontece em sua própria associação. Lembramos que o Decreto sobre as Associações Internacionais de Fiéis não se dirige apenas a algumas das realidades aqui presentes, mas a todas elas, nenhuma excluída. Para todas. Não existem mais ou menos bons, perfeitos ou não: todas as realidades eclesiais são chamadas à conversão, a compreender e a concretizar o espírito que anima as disposições que nos dão no Decreto. Ocorrem-me duas imagens sobre isso. Duas imagens históricas. Aquela freira que estava na entrada do Capítulo e dizia: "Se você votar em mim, eu farei isso ...". Compram o poder. E então, um caso que me parece estranho, como "o espírito do fundador desceu sobre mim". Parece uma profecia de Isaías! "Ele o deu para mim! Tenho que ir em frente sozinha ou apenas porque o fundador me deu seu manto, como Elias a Eliseu. E vocês, sim, vocês podem fazer as votações, mas eu estou no comando”. E isso acontece! Não estou falando de fantasias. Isso acontece hoje na Igreja.
A experiência de proximidade com vossas realidades ensinou que é benéfico e necessário prever uma rotação nos cargos de governo e uma representatividade de todos os membros em vossas eleições. Mesmo no contexto da vida consagrada existem institutos religiosos que, mantendo sempre as mesmas pessoas em encargos de governo, não prepararam o futuro; permitiram que se insinuassem abusos e agora estão passando por grandes dificuldades. Estou pensando, vocês não o conhecem, mas existe um instituto onde sua líder se chamava Amabilia. O instituto passou a se chamar “odiobilia”, pois os membros perceberam que aquela mulher era um “Hitler” com o hábito.
6. Além disso, há outro obstáculo ao verdadeiro serviço cristão, e isso é muito sutil: a deslealdade. Nós o encontramos quando alguém quer servir ao Senhor, mas também serve outras coisas que não são o Senhor (e atrás de outras coisas, sempre há dinheiro). É um pouco como fazer um jogo duplo! Em palavras, dizemos que queremos servir a Deus e aos outros, mas nos fatos servimos ao nosso ego, e nos curvamos ao nosso desejo de aparecer, de obter reconhecimentos, apreciações ... Não vamos esquecer que o verdadeiro serviço é gratuito e incondicional, não conhece cálculos ou pretensões. Além disso, o verdadeiro serviço esquece normalmente as coisas que fez para servir os outros. Acontece, todos vocês têm a experiência, quando lhe agradecem [e vocês dizem], "Para quê?" - "Pelo que você fez ..." - "Mas o que eu fiz?" ... E então vem à memória. É um serviço, ponto.
E caímos na armadilha da deslealdade quando nos apresentamos aos outros como os únicos intérpretes do carisma, os únicos herdeiros de nossa associação ou movimento - aquele caso que mencionei antes -; ou quando, nos julgando indispensáveis, fazemos de tudo para ocupar cargos vitalícios; ou ainda quando pretendemos decidir a priori quem deve ser nosso sucessor. Isto acontece? Sim, isso acontece. E com mais frequência do que pensamos. Ninguém é dono das dádivas recebidas para o bem da Igreja - somos administradores -, ninguém deve sufocá-las, mas deixá-las crescer, comigo ou com quem vier depois de mim. Cada um, onde for colocado pelo Senhor, é chamado a fazê-las crescer, a fazê-las frutificar, na certeza de que é Deus quem opera tudo em todos (cf. 1 Cor 12, 6) e que o nosso verdadeiro bem frutifica na comunhão eclesial.
7. Caros amigos, no desempenho do papel de governo que nos foi confiado, aprendamos a ser autênticos servidores do Senhor e dos irmãos, aprendamos a dizer "somos servos inúteis" (Lc 17,10). Tenhamos presente esta expressão de humildade, de docilidade à vontade de Deus, que faz tanto bem à Igreja e recorda a atitude certa para atuar nela: o serviço humilde, de que Jesus nos deu o exemplo lavando os pés dos discípulos (cf, Jo 13,3-17; Angelus, 6 de outubro de 2019).
8. No documento do Dicastério faz-se referência aos fundadores. Parece muito sábio para mim. O fundador não deve ser mudado, ele continua, sempre. Simplificando um pouco, diria que é necessário distinguir, nos movimentos eclesiais (e também nas congregações religiosas), entre aqueles que estão em processo de formação e aqueles que já adquiriram certa estabilidade orgânica e jurídica. São duas realidades diferentes. Os primeiros, os institutos, também têm um fundador ou fundadora vivos.
Embora todos os institutos - sejam movimentos religiosos ou laicais - tenham o dever de verificar, em assembleias ou nos capítulos, o estado do carisma fundacional e fazer as modificações necessárias em sua própria legislação (que depois serão aprovadas pelo respectivo Dicastério); pelo contrário, nos institutos em formação - e eu digo em formação em sentido mais amplo: os institutos que têm o fundador vivo, e por isso se fala do fundador vitalício no decreto - que estão em fase fundacional, essa verificação do carisma é mais contínua, por assim dizer. Portanto, no documento fala-se de uma certa estabilidade dos superiores durante esta fase. É importante fazer tal distinção para poder mover-se com mais liberdade no discernimento.
Somos membros vivos da Igreja e para isso precisamos confiar no Espírito Santo, que age na vida de cada associação, de cada membro, age em cada um de nós. Daí a confiança no discernimento dos carismas confiado à autoridade da Igreja. Estejam ciente da força apostólica e do dom profético que hoje são confiados a vocês de forma renovada.
Obrigado pela sua atenção. E mais uma coisa: quando li a minuta do Decreto, que depois assinei - a primeira minuta -, pensei. “Mas isso é muito rígido! Falta vida, falta…". Mas caros, a linguagem do Direito Canônico é assim! E aqui é uma coisa de direito, é uma coisa de linguagem. Mas devemos, como eu tentei fazer, ver o que essa linguagem significa, o direito. É por isso que eu quis explicar bem. E também explicar as tentações por trás disso, que vimos e que tanto prejudicam os movimentos e também os institutos religiosos e laicais.
Obrigado pela sua escuta e obrigado ao Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida por ter organizado este encontro. Desejo a todos um bom trabalho e um bom caminho, e um bom encontro. Digam tudo o que vier do coração neste encontro. Perguntem o que quiserem perguntar, esclareçam as situações. Este é um encontro para fazer isso, para fazer Igreja, para nós. E não se esqueçam de orar por mim, porque preciso disso. Não é fácil ser Papa, mas Deus ajuda. Deus sempre ajuda.