30 Agosto 2021
Numa carta lida aos paroquianos de Saint-Merry, domingo, 20 de junho, o arcebispo de Paris mons. Michel Aupetit anunciou que a missão pastoral da paróquia será confiada à comunidade de Santo Egídio a partir de 1º de setembro. O Centro pastoral Saint-Merry permanece fechado.
A reportagem é de Youna Rivallain, publicada por La Croix, 21-06-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.
“Aos paroquianos de Saint-Merry”. No domingo, 20 de junho, no final da missa em Saint-Merry, o Pe. Eric Morin, atualmente responsável pela paróquia após a saída do Padre Alexandre Denis, leu uma carta do Arcebispo de Paris, Mons. Michel Aupetit. “Pedi à comunidade de Santo Egídio, que conhece bem Saint-Merry desde que chegou a Paris, que se juntasse a vocês para implementar a missão paroquial”, escreve o arcebispo na mensagem.
Em sua carta, mons. Aupetit evoca "a rica história da paróquia, a experiência do Centre pastorale des Halles-Beaubourg (cuja missão foi encerrada a pedido do arcebispo em 28 de fevereiro passado) que caracterizou a vida do bairro" e a posição privilegiada de Saint-Merry que coloca a paróquia “em contato com o acolhimento dos pobres e também dos estrangeiros e dos turistas”. Ele relaciona esses aspectos com os carismas da comunidade de Santo Egídio: "A proximidade com os pobres, o anúncio da paz dentro das diversas migrações e a presença de animação de oração comunitária”.
Segundo Frédéric Ferlicot, paroquiano de Saint-Merry, a notícia foi recebida com entusiasmo.
"Durante semanas, temos estado preocupados com o que pode acontecer à nossa comunidade, explica ele, Santo Egídio corresponde bem ao espírito de Saint-Merry".
“Há algumas semanas, mons. Aupetit propôs que assumíssemos a missão pastoral de Saint-Merry e respondemos sim ao seu apelo”, explica Valérie Régnier, presidente da comunidade de Santo Egídio da França, que recorda que cerca de vinte anos atrás foram organizadas vigílias de oração e presenças na área da paróquia, de acordo com o lema da comunidade: oração pobres paz.
“Há vinte anos mantemos essa fidelidade com o bairro, que fica na encruzilhada de periferias geográficas e existenciais”, lembra a presidente. Santo Egídio, cujos escritórios estão localizados no quinto arrondissement, mas que ainda não tinha um lugar de oração, espera tornar essa paróquia um lugar de evangelização e “de regeneração espiritual para todos”. “Esta decisão recoloca Saint-Merry em sua missão de acolher os mais pobres”, acrescenta Karine Dalle, diretora de comunicações da diocese de Paris. “A comunidade deseja construir um projeto pastoral com os paroquianos”.