21 Agosto 2021
O manual “Palavras bem escolhidas” pode ajudar as pessoas a expandirem o que acreditam sobre inclusão.
A reportagem é de Rich Copley, publicada por Presbyterian News Service, 30-06-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Quando a última edição do guia “Well chosen words” (“Palavras bem escolhidas”, em tradução livre) para linguagem inclusiva foi lançado em 2010, “irmãos e irmãs” estavam listados como “palavras que incluem”, e preferíveis aos comumente usados “irmãos” e “fraternidade”, as quais foram listadas como “palavras que excluem”.
Na última edição do guia da Igreja Presbiteriana dos EUA, “irmãos e irmãs” são agora listados como “palavras que excluem”, com “ser humano”, como termo inclusivo.
“Foi bem feito, pelo tempo em que foi feito”, diz rev. Shanea D. Leonard, associada do escritório de Justiça de Gênero, Racial e Intercultural da Igreja Presbiteriana dos EUA, sobre o guia de 2010. “Havia algumas coisas que estavam desatualizadas lá que precisavam ser refeitas. Ele foi expandido para não apenas incluir as maneiras como encontramos Deus no texto... inclui um gráfico de palavras que nos ajuda a construir um ‘kin-dom’ (‘reino’) mais inclusivo”.
“A maior parte da revisão, da qual me orgulho muito, é a adição de termos que são muito comuns na comunidade LGBTQIA+. Então, são palavras que algumas pessoas que não estão imediatamente conectadas à comunidade podem nunca ter ouvido falar”.
Essa seção inclui termos que estão se tornando mais comuns no discurso regular, como:
“LGBTQIA+: um acrônimo para ‘lésbica, gay, bissexual, transgênero, queer, intersexual e assexual’. O sinal de mais se refere à natureza expansiva do termo para incluir continuamente todas as identidades”.
O guia também define cada um desses termos e termos não amplamente usados, como:
“Gênero expansivo: transmite uma gama mais ampla e mais flexível de identidade e/ou expressão de gênero do que normalmente associada ao sistema binário de gênero”.
O guia foi desenvolvido pelo escritório de Leonard; os Ministérios Intercultural de Mulheres e Equidade Racial da Igreja Presbiteriana (EUA); Mulheres Presbiterianas; e o Comitê de Advocacia para as Mulheres.
Um resquício da versão anterior é uma tabela de imagens expansivas de Deus nas Escrituras que diz, em sua introdução: “Nossa linguagem sobre Deus deve ser intencionalmente diversa e variada como a da Bíblia e de nossa tradição teológica”.
O guia é baseado em uma longa história de mandatos da Assembleia Geral sobre o uso de linguagem inclusiva na adoração, educação, publicações e reflexão teológica e bíblica. A revisão de 2021 responde especificamente às aberturas na 223ª AG em 2018, “Sobre a Comemoração dos Dons de Pessoas de Orientações Sexuais Diversas e Identidades de Gênero na Vida da Igreja”, trazidas aos comissários pelo New Castle Presbytery.
O novo guia está disponível para download gratuito no site Igreja Presbiteriana – EUA (disponível neste link, em inglês). As diferenças entre a última edição, que teve um forte foco na remoção da terminologia masculina da linguagem da Igreja, até agora, com foco na linguagem binária sem gênero, demonstra como a linguagem continua a evoluir, o que pode ser confuso e desorientador para muitas pessoas.
Isso, diz Leonard, é parte da intenção por trás do guia: ajudar as pessoas a navegar nos tempos de mudança.
Eles concluem: “Este também é um documento que podemos colocar em suas mãos e que será útil na construção do reino de Deus”.
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Igreja presbiteriana atualiza guia de linguagem inclusiva - Instituto Humanitas Unisinos - IHU