04 Março 2021
1.066 seminaristas. O número mais baixo desde que se tem dados. A Conferência Episcopal Espanhola admitiu a informação dada ontem pelo Religión Digital. O período de 2020-21 é o pior no referente a vocações ao sacerdócio, um terço menos do que tinha no início do século. E sem perspectivas de melhora.
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 03-03-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Como já fizeram no período passado, os bispos têm evitado mostrar as estatísticas completas. Apenas três linhas para apontar que neste período os seminários espanhóis (incluindo a dúzia de centros do Caminho Neocatecumenal, onde estudam mais de 20% parte dos aspirantes a padre do país) mal superam o milhar, enquanto se contaram 215 novos ingressos e apenas 126 ordenações.
Em uma absoluta falta de transparência, os bispos não dão dados de ingressos, abandonos, ordenações ou transferências por dioceses. Fontes consultadas por Religión Digital apontam que assim é feito, pois, ao apontar os dados, de um lado, mostraria como ao menos vinte seminários diocesanos não têm seminaristas, ou contam com apenas um ou dois; e por outro, que a quantidade de seminaristas ‘kikos’ (referência ao fundador do Caminho Neocatecumenal, Kiko Argüello) aumentou, podendo alcançar 25% do total.
Soluções? Não aparecem à vista (nem se levanta um debate sobre isso), ainda que alguns bispos confiem que, depois da pandemia, se dê uma volta à religiosidade, e possam voltar a surgir vocações ao sacerdócio.
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A Igreja espanhola admite a maior crise vocacional de sua história: apenas mil seminaristas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU