26 Janeiro 2021
Saiba porque economia circular é uma boa alternativa para acabar com o lixo no mundo e como você pode aplicá-la na sua empresa.
A reportagem é publicada por EcoDebate, 22-01-2021.
Uma nova proposta de produção e consumo surge com o conceito de economia circular. A partir de estratégias de concepção, esse novo modelo visa minimizar o impacto do consumo no meio ambiente.
Atualmente de forma desenfreada, a produção e o consumo irresponsável e desenfreado fazem a balança do mercado pender mais pesada para o ecossistema. Esse, por sua vez, não tem tempo hábil de absorver a produção e se recuperar para novamente ser produtivo.
A economia circular surge como uma saída para futuras produções e se você tem interesse em saber como ela funciona e como pode ser aplicada na sua empresa, confere o conteúdo a seguir.
A economia circular surgiu com objetivo de conceber um modelo de produção que tenha um circuito de consumo fechado. Diferente da economia linear, onde há o descarte de resíduos, no modelo circular esse resíduo não existe.
Ao contrário, quando o material não dá mais margem para o consumo, ele retorna à fábrica para gerar outro. Existe, portanto, a possibilidade de obtenção de lucro mesmo naquelas matérias-primas que já foram utilizadas.
Ou seja, a economia circular é uma forma de produção que respeita o meio ambiente e continua contribuindo para a economia.
A economia circular é um conceito que repensa o modelo econômico, ultrapassando os limites do “reduzir, reutilizar e reciclar”. Ela propõe que resíduos sólidos, gerados a partir do consumo humano, sejam transformados em matéria prima secundária.
Essa matéria prima, por sua vez, daria origem à fabricação de outros produtos. Dessa forma, o ritmo comercial seria satisfatório e o ecossistema teria condições de se recuperar para uma nova produção, mas desta vez dentro de um modelo sustentável.
Na economia circular, os materiais que não conseguem se degradar na natureza, voltam ao ciclo produtivo. Máquinas e dispositivos eletrônicos de todos os tipos, por exemplo, voltariam às fábricas para serem desmontados e reutilizados como insumos.
Invés de “reduzir, reutilizar e reciclar”, teríamos o “restaurar e regenerar”.
A economia circular propõe, em síntese, uma nova forma de desenvolvimento sustentável. A priori, o equilíbrio dos recursos renováveis. A posteriori, o controle das reservas finitas. No geral, é o consumo moderado do que pode se renovar e o controle do que não pode.
Há a necessidade de repensar e criar produtos que possam ter os seus resíduos sólidos, restaurados. A sua concepção já deve ser pensada com base nisso: sempre que a vida útil de um produto chega ao fim, deve-se ter a possibilidade de que ele volte a gerar outro.
Quando não conseguir mais ser remanufaturado e chegar ao fim do seu ciclo de reaproveitamento, ainda há a possibilidade de ser reciclado. O que acontece atualmente é que recicla-se materiais que ainda poderiam ser recuperados porque não foram pensados dessa forma.
Para além de ser favorável somente ao meio ambiente, a economia circular é uma vantagem também para as empresas, que poderão gerar mais lucro com a mudança na forma de produzir e consumir produtos.
Para isso, todos os agentes envolvidos no seu ciclo de vida útil devem estar comprometidos com o modelo. Empresas como Coca Cola, Google, Philips e Unilever já estão envolvidas com projetos que visam a implantação da economia circular no mercado.
China, Holanda e França são exemplos de países que, ainda que efetivamente a economia circular não seja realidade, já dão sinais de que a transição deve e está acontecendo aos poucos.
A primeira coisa a se fazer é conceber produtos que utilizem matéria-prima de forma eficiente para que possam, caso não sejam biodegradáveis, ser remanufaturadas. Nisso, devem ser evitados, substituídos ou reduzidos o uso de materiais não recicláveis.
Isso porque a reciclagem é o último processo em que o produto passa no ciclo da economia circular. Quando não houver mais como restaurá-lo, ele deve ser reciclado. A redução de substâncias que oferecem riscos também deve ser uma preocupação.
Além disso, deve-se pensar em conceber produtos que tenham uma maior durabilidade e possibilidade de reutilização e reaproveitamento. Um produto feito a partir da economia circular não é e não deve ser um produto de qualidade inferior.
Continue acompanhando a Smurfit Kappa, fornecedor de embalagens, para ficar por dentro das formas de produção que, enquanto contribuem com as empresas, também respeitam o meio ambiente. É possível somar valor de forma comprometida com uma produção e um consumo mais consciente.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Economia circular é a saída para acabar com o lixo do mundo! - Instituto Humanitas Unisinos - IHU