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Caminhando com liberdade: O apoio de Francisco à união civil de casais homossexuais

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31 Outubro 2020

“As atitudes dentro da Igreja mudaram nas últimas décadas. A maioria dos católicos leigos na Europa e na América do Norte acolhe casais do mesmo sexo. Para alguns, o Papa deu um passo na direção certa, mas não foi longe o suficiente”, escreve Christopher Lamb, jornalista e vaticanista, em artigo publicado por The Tablet, 29-10-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Eis o artigo.

Como muitos já pontuaram, em um sentido, o que aconteceu na última semana muda muito pouco; por outro lado, isso muda tudo. Francisco novamente nos lembra de que ele é “Papa disruptivo”, preparado para quebrar mais que alguns pratos para comunicar a mensagem do Evangelho da compaixão e do respeito por toda pessoa humana.

Suas palavras criaram uma tempestade midiática global. Ele ganhou aplausos de vozes que vão desde António Guterres, secretário-geral da ONU, a Ellen DeGeneres, a estadunidense apresentadora de talk-show que casou com a atriz Portia de Rossi. DeGeneres tuitou: “Obrigada, papa Francisco, por ver o amor pelo que ele é”. Mas ele está encarando duras críticas de vozes de dentro da Igreja. Talvez inevitavelmente, o cardeal Raymond Burke está liderando o caminho, acusando o Papa de propagar “confusão”.

De fato, as palavras do Papa são ambíguas. Ele está rompendo com atitudes do passado, incluindo um documento da Congregação da Doutrina da Fé, de 2003, que não somente condena o reconhecimento legal das uniões homossexuais como também declara que “a clara e enfática oposição é um dever”. Esse documento foi assinado pelo prefeito da CDF à época, o cardeal Joseph Ratzinger. Dois anos depois, ele foi eleito papa Bento XVI.

Apesar da bagunça, a fala do Papa não deveria ser uma surpresa. Em 2010, como arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio defendeu a “união civil” para casais homossexuais. Desde sua eleição ele tem, mais de uma vez, indicado que apoia proteções legais para casais do mesmo sexo. Mas a bomba veio através do documentário Francesco, dirigido por Evgeny Afineevsky, em um vídeo originalmente de 2019, de uma entrevista feita pelo canal mexicano Televisa, mas o polêmico fragmento nunca foi transmitido.

O diretor do filme, nomeado ao Oscar, russo de nascimento e judeu, foca sobre o ministério do Papa para aqueles que estão nas margens, e esse é o contexto em que o Papa apresenta sua atitude para a população gay. Francisco explica que “homossexuais têm o direito de ser parte de uma família”, como eles são “filhos de Deus”. Mas ambas as coisas que ele já disse anteriormente. Ele então segue: “O que nós temos que ter é uma lei de união civil – essa é a forma para eles serem legalmente protegidos. Eu apoio isso”.

Homossexualidade é ilegal em 70 países e punível por morte em pelo menos seis. Líderes da Igreja nem sempre têm sido defensor da população LGBT contra a discriminação e violência. O Papa não está mudando a doutrina – ele também não está, como dizia uma manchete dessa semana, “abençoando casamentos gays” – nem está tornando as crenças sobre o reconhecimento civil de uniões homossexuais um ensino infalível da igreja, como Bento XVI fez. Mas o endosso de Francisco à proteção legal para casais do mesmo sexo é uma poderosa declaração que a Igreja defende os direitos e a dignidade de gays e lésbicas, particularmente em países onde esses direitos são questões de vida ou morte.

Outros líderes da Igreja assumiram a mesma posição. Em 2011, depois que o governo do Reino Unido anunciou planos de legislar para o casamento homossexual, o cardeal Vincent Nichols, – o presidente da conferência episcopal da Inglaterra e País de Gales, argumentou contra a legislação proposta, alegando que as parcerias civis ofereciam proteção legal aos casais gays. Como resultado, ele sofreu muitas críticas de dentro da Igreja. O problema para Westminster, assim como havia sido para Buenos Aires, era a existência daquele documento do Vaticano de 2003 da CDF. Francisco mostrou que agora é possível uma nova abordagem. É um lembrete que, quando se trata de questões de prudência pastoral, são as decisões das Igrejas locais que prevalecem.

Embora seus comentários tenham sido informais e improvisados, e não mudem o ensino da Igreja sobre o casamento, eles anunciam uma mudança significativa. Ao longo de seu pontificado, o Papa jesuíta procurou mudar o tom, a ênfase e a linguagem da Igreja quando se trata de gays e lésbicas. O Papa explicou sua abordagem aos jornalistas durante uma coletiva de imprensa no voo de retorno a Roma após sua visita ao Azerbaijão em 2016. “As pessoas devem ser acompanhadas, como Jesus os acompanha”, disse ele. “Jesus certamente não diz: ‘Vá embora porque você é homossexual’”.

Quando o Papa fala sobre os pecados mais graves, surgem as palavras orgulho, corrupção e abandono pelos pobres. Ele raramente menciona sexo. Ele é o Papa que respondeu, quando questionado sobre um padre gay – em uma das citações definidoras de seu papado – “Quem sou eu para julgar?”. Ele levou o comediante gay britânico Stephen Amos às lágrimas quando disse a ele: “Não importa quem você é ou como você vive sua vida – você não perde sua dignidade”.

O novo documentário conta ainda com a história de Andrea Rubera, um gay que com o companheiro adotou três filhos. Rubera escreveu uma carta ao Papa explicando que queria criar seus filhos como católicos, mas estava preocupado. Francisco pegou o telefone. A carta de Rubera era “linda”, disse ele, encorajando-o a apresentar seus filhos à paróquia – mas estar pronto para a oposição.

As atitudes dentro da Igreja mudaram nas últimas décadas. A maioria dos católicos leigos na Europa e na América do Norte acolhe casais do mesmo sexo. Para alguns, o Papa deu um passo na direção certa, mas não foi longe o suficiente. Embora o Catecismo diga que os gays devem ser tratados com “respeito, compaixão e sensibilidade”, ainda descreve a orientação homossexual como “objetivamente desordenada”; eles gostariam de ver isso mudado. Mas muitos bispos e padres permanecem cautelosos ou nervosos sobre o assunto, e alguns são hostis a qualquer movimento que possa ser interpretado como um abrandamento do ensino da Igreja de que atos homossexuais são pecaminosos.

O que Francisco fez foi lançar as bases para a reforma. O tom da conversa mudou: quando fala sobre o assunto, ele se recusa a ser governado pelo medo. Ele mostrou isso quando fez um telefonema pessoal para James Alison, o padre e escritor inglês assumidamente gay, esmagando uma tentativa de alguns no Vaticano de remover Alison do sacerdócio. Como o padre Alison explicou no ano passado a The Tablet, o Papa lhe disse: “Quero que caminhe com profunda liberdade interior, seguindo o espírito de Jesus. E eu dou a você o poder das chaves. Você entende? Eu te dou o poder das chaves”.

O Papa também decidiu caminhar nessa liberdade e com esse espírito.

 

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