08 Julho 2020
Na África do Sul, mais de 60% das crianças não contam com pai presente em suas vidas. Duas em cada cinco mulheres são espancadas por seus parceiros e uma em cada 15 é morta. Os dados, alarmantes, motivaram a Sonke Gender Justice, com apoio do Conselho de Igrejas do país, a encetar a campanha “Homens de fé contra a violência baseada no gênero”.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
A campanha, iniciada no dia 21 de junho, quando sul-african@s comemoraram o Dia dos Pais, incentiva os homens a examinarem seus papéis como pais, irmãos, maridos e parceiros. Ela inclui um conjunto de “Dez coisas que um homem de fé pode fazer agora para acabar com a violência baseada em gênero”.
“As comunidades religiosas são chamadas a fornecer apoio psicossocial aos sobreviventes da violência de gênero e a criar espaços seguros em locais de culto, para garantir que as sobreviventes se sintam em casa”, explicou a co-fundadora da Sonke Gender Justice, Bafana Khumalo, ao serviço de imprensa do Conselho Mundial de Igrejas.
A ONG também estende o seu apelo ao setor religioso, para que se concentre nos desafios internos relacionados ao assédio sexual e enfraquecimento das mulheres. Khumalo revelou que a ONG recebe relatos de casos de violência contra mulheres cometidos por líderes religiosos masculinos. “Somos de opinião de que o setor religioso também precisa desenvolver mecanismos de responsabilidade que garantam que, onde houver casos de violações, eles devem ser tratados”, disse.
A campanha inclui o treinamento de líderes em igualdade de gênero e na formulação de sermões que se concentra na resposta à violência doméstica.
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Homens sul-africanos são chamados à responsabilidade - Instituto Humanitas Unisinos - IHU