Ato em defesa da democracia

Ato em defesa da democracia e contra o racismo realizado em Brasília em 7 de junho. | Foto: Mídia Ninja

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25 Junho 2020

"É hora de união, no momento em que o governo não esconde seu estilo agressivo e, acuado depois da prisão de Fabrício Queiroz, das revelações de Paulo Marinho, e da possível informação-bomba que Gustavo Bebbiano deixou para ser publicada depois de sua morte", escreve Luiz Alberto Gomez de Souza, sociólogo.

Segundo ele, "hora de grande união de salvação nacional pela democracia".

Eis o artigo.

Dia 26, sexta-feira, às 19 horas, lideranças políticas e da sociedade civil fazem ato virtual em defesa da democracia. Entre outros assinam, Fernando Haddad, Ciro Gomes, Marina Silva, Fernando Henrique Cardoso, Luciano Huck, Guilherme Boulos, Marcelo Freixo, Aldo Rebelo, Paulo Câmara, Camilo Santana, Felipe Santa Cruz, general Santos Cruz, Reinaldo Azevedo, Eduardo Suplicy, Dráuzio Varela, Marieta Severo, Gabeira, Miriam Leitão, Mônica de Bolle, Eduardo Moreira, Manuela D'Ávila, Eduardo Paes, Juca Kfouri, Petra Costa, Walter Casagrande, Zélia Duncan, Julia Lemertz, Carlos Lupi, Carlos Siqueira, Luciana Santos, Bruno Araújo e deputados de vários partidos. Michel Temer e José Sarney, que apareciam numa primeira lista, retiraram prudentes seus nomes. Lula não quis assinar, ficando inexplicavelmente fora, isolado, não participando lamentavelmente de atos coletivos.

Flávio Bolsonaro e Adriano da Nóbrega (Foto 1: Edilson Rodrigues/Agência Senado | Foto 2: Reprodução)

É hora de união, no momento em que o governo não esconde seu estilo agressivo e, acuado depois da prisão de Fabrício Queiroz, das revelações de Paulo Marinho, e da possível informação-bomba que Gustavo Bebbiano deixou para ser publicada depois de sua morte, pode apelar para tentativas golpistas, com seu pequeno grupo de fieis incondicionais como Sara Winter e a posição ainda indefinida do advogado Frederick Wassef. Vai ficando clara a posição insustentável de Flávio Bolsonaro, a proximidade da família governamental com as milícias depois da morte do chefe delas, Adriano da Nóbrega, em queima de arquivos na Bahia. A morte de Marielle Franco poderá ser esclarecida. A multiplicação de fake news e robôs anônimos, indicam uma campanha eleitoral bolsonarista sujeita de nulidade. Aparecem os grandes patrocinadores da chapa Bolsonaro-Mourão, possivelmente em troca de favores.

A Lava Jato, pelas revelações da Vaza Jato, da Intercept, mostra como sua campanha contra a corrupção era seletiva, encaminhada para a condenação de Lula, com um juiz Moro inteiramente parcial. O plano de Guedes quer desmontar o estado, entregando tudo à cobiça de interesses econômicos do setor privado dominante. O descaso de um governo incapaz diante da coronavirus, sua tentativa de destruir a educação pelas mãos de um ex-ministro fugitivo e boçal, um chanceler títere de Trump... Tudo vai caracterizando um governo desesperado e na defensiva, que poderá fazer apelo a medidas anti-democráticas.

Hora de grande união de salvação nacional pela democracia.

 

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