06 Fevereiro 2020
"A qualidade, seriedade e profundidade das reflexões de Leonardo Boff propostas nesta obra são indiscutíveis. É de obras deste gabarito que precisamos no atual momento", escreve Eliseu Wisniewski ao comentar o livro de Leonardo Boff, A saudade de Deus. A força dos pequenos. Petrópolis: Vozes, 2020.
Wisniewski é Presbítero da Congregação da Missão Província do Sul (padres vicentinos), mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) e Professor na Faculdade Vicentina (FAVIC).
Leonardo Boff completou, em 2019, 81 anos de vida. Uma vida fecunda que ele dividiu/divide em três atividades: aulas de teologia sistemática e ecumênica, assessoria em palestras e cursos, nos mais diferentes lugares e países, e a dedicação à pesquisa e à elaboração de textos, uns mais teóricos e outros mais espirituais e pastorais. Assim sendo, é autor de cerca de cem livros. Estes cobrem várias áreas do pensamento, da teologia, da filosofia, da ética, da espiritualidade, da ecologia e também com algumas incursões na literatura.
Reprodução da capa do livro de Leonardo Boff
O enfoque principal da presente obra: A saudade de Deus. A força dos pequenos - é a capacidade transformadora dos pequeninos. Eles são portadores de uma força histórica, capaz de influir na gestação de um outro tipo de sociedade, mais includente e com mais justiça social. O pobre nunca é só pobre; ele pensa, inventa caminhos de sobrevivência e sabe. Só os ignorantes pensam que o pobre é ignorante. Diante disso, torna-se insuficiente o assistencialismo clássico ou a mera caridade, mantendo-os sempre dependentes. Eles, quando conscientizados e organizados, podem ser sujeitos de sua libertação. Desta forma, supera-se o para os pobres e insiste-se no caminhar com os pobres em vista de sua libertação. Só é verdadeira aquela libertação que é conduzida e alcançada pelos próprios oprimidos, feitos sujeitos de sua prática transformadora.
Daí vem o título do livro: A saudade de Deus. A força dos pequenos. Segundo o autor, se apresentam como duas realidades decisivas para o destino de nossa história presente. Isso porque, o vazio existencial e o cansaço que se nota nas sociedades mundiais remetem a uma plenitude que se traduz por uma saudade daquele que pode nos concedê-la. Os pequenos são aqueles que menos contam socialmente, são as principais vítimas de opressões, e vítimas também são os pequeníssimos seres vivos sob o solo, que garantem a vitalidade e a fertilidade da Mãe Terra.
Há uma grande força escondida nos pequenos humanos que lhe permite sobreviver e se organizar para alcançar as pequenas utopias. Para esses, Deus é geralmente uma grande presença na vida. Esses pequenos não têm saudades de Deus porque já os têm em suas vidas, em suas orações, em suas Igrejas, em seus centros religiosos, em seu linguajar e especialmente em seus corações. Dizem que sem Ele não conseguiriam sobreviver. Os outros pequenos microscópios sob a Terra, não obstante o envenenamento pelos pesticidas e agrotóxicos, também resistem. Sua força é tão grande que, num eventual conflito nuclear que exterminaria grande parte da biosfera, eles sobreviveriam e garantiriam um futuro mínimo de vida.
O livro vem dividido em três partes. 1) Teologia pública: fé e política; 2) Os pobres desafiam o mundo e a cultura; 3) A missão das mulheres: garantir a vida.
A primeira parte é composta de seis (6) reflexões:
1) Deslocamento do cristianismo do centro para a periferia: chama a atenção para o percurso do cristianismo e se detêm no pontificado de Francisco destacando pontos relevantes de seu agir pastoral, os quais conferem um estilo novo a toda a Igreja: a) a revolução na figura do papado; b) o anúncio do Evangelho feito com alegria; c) os três polos de sua atividade: o encontro com o Cristo vivo, o amor apaixonado pelos pobres e o cuidado a Mãe Terra; d) visão eclesiológica: Igreja não é um castelo fechado mas um hospital de campanha; uma Igreja em saída; e) o Evangelho como oposição aos potentados deste mundo;
2) A proposta do cristianismo de libertação: partindo da pergunta se o cristianismo pode ser uma força de libertação dos oprimidos da libertação e se há chance de emergir um cristianismo de libertação, inspirado na prática libertária de Jesus de Nazaré, perguntando-se ainda, qual é sua proposta fundamental- o autor argumenta positivamente – levando em consideração que o cristianismo pode ser visto sob duas perspectivas distintas. Uma como grande instituição, chamada Igreja (ou Igrejas), que se organiza ao redor do poder sagrado, de forma hierarquizada, tendo o papa, no caso da Igreja romano-católica, como o cabeça, e o clero (bispos, padres) que assume a função de direção da massa de fiéis. A outra perspectiva é a de entender o cristianismo como o caminho ou o movimento de Jesus, ou como seguimento do Jesus histórico.
Detendo-se na prática libertadora do artesão de Nazaré, o autor, faz notar que a saga de Jesus, vivo, libertador, condenado, torturado, assassinado, sepultado e ressuscitado é a fonte de onde nasce a Teologia da Libertação. Ela nasceu de um choque existencial: o encontro do crucificado nos milhões de irmãos e irmãs também crucificados, pobres, negros e negras, indígenas, quilombolas, desempregados, famintos, doentes e caídos nas estradas da vida. Viu em todos esses, a continuação da crucificação de Jesus. Nascida na América Latina, a Teologia da Libertação se difundiu para o mundo, lá onde os cristãos se conscientizaram de que a libertação pertence ao seguimento de Jesus e é parte do Evangelho. Ela conferiu credibilidade às Igrejas por seu alto sentido ético e espiritual.
3) A partir dos pequenos: a nova Teologia da Libertação: nascida a partir dos anos 70, a Teologia da Libertação nunca deixou de ser semente. O autor destaca a contribuição da nova geração de teólogos e teólogas que escutaram o grito do oprimido e o clamor da Terra. Essa geração mostra uma nova percepção da realidade da opressão, típica de nossa contemporaneidade, e está criando novas linguagens e novos tipos de comunicação que a Teologia da Libertação dos “velhos” ainda não conhecia e por isso não usava. Ela confere um ar de jovialidade ao engajamento entre os pequenos, aqueles que não contam para o atual sistema, hoje globalizado. A Teologia da Libertação dos novos é uma espécie de semente que decididamente se propõe estar do lado dos pequenos e crer na força dos pequenos. Essa semente é fecunda e viva, e continuará assim enquanto houver um único ser humano oprimido que grita por libertação.
4) Uma crucificação que não conhece fim: em razão de sua liberdade, Jesus foi perseguido pelas autoridades religiosas e politicas de seu tempo, que o crucificaram. Sua ressurreição mostrou que o Reino não é uma alternativa ao reino de César nem uma fantasia, mas se realiza na pessoa dele, como antecipação para todos, da total irrupção do novo ser humano, no esplendor de sua plena realização humana e divina. No entanto, enquanto tantas pessoas continuam sendo crucificadas, sua ressurreição ainda não se completou, e Ele solidariamente renova sua crucificação nos crucificados deste mundo. Ele sofre com todos os sofredores. O grito dos pobres se mistura ao grito da Mãe Terra. A floresta que é derrubada por motosserra significa golpes no seu corpo. O ar contaminado adoece seu principio vital. Nos ecossistemas dizimados e pelas águas poluídas, Ele continua sangrando e perdendo capacidade de regeneração.
5) Mesmo não podendo crer em Deus, são santos: destaca-se aqui o caminho dos místicos e místicas. Mergulharam no mistério dos mistérios, que é Deus, falando de seus êxtases e encontros amorosos com Ele, mas testemunham também as noites terríveis pelas quais passaram. Há luzes e trevas, há montanhas e abismos no caminho rumo ao próprio coração, onde se encontra Deus. Outros, em determinadas ocasiões de sua existência, são tomados por um sentimento aterrador de querer crer em Deus não poder aceitar a sua existência. E se creem, não percebem nenhum sinal da sua existência. É o caso de São João da Cruz, Madre Teresa de Calcutá, do teólogo luterano Dietrich Bonhöffer, e do próprio Jesus.
6) Defender os irmãozinhos invisíveis debaixo da terra: levando m consideração que somente 5% da vida são visíveis, os resultantes 95% são invisíveis, compostos de micro-organismos, bactérias, vírus e fungos. Eles garantem nosso equilíbrio vital e todos eles estão inter-relacionados, sendo responsáveis pelo equilíbrio e pela saúde da Terra viva. Se num primeiro momento fala-se da força dos pequenos (os pobres e esquecidos) deve-se reconhecer a incrível força desses pequeníssimos seres-bactérias, vírus e fungos- que estão na base da vitalidade da Mãe Terra. Frente a isso, torna-se cada vez mais fundamental o cuidado desses microscópicos trabalhadores anônimos que garantem a fertilidade dos solos e são responsáveis pela inimaginável diversidade de seres, dos frutos diferentes, da variedade de flores, da diversidade de plantas e também da existência dos seres humano, em seus diferentes modos de ser.
A segunda parte também está estruturada em seis (6) reflexões:
1) Princípios de uma ética mundial mínima: considerando os múltiplos fatores da crise ética em todos os níveis nacionais e internacionais, o autor, faz menção a dois fatores que atingem diretamente o coração da ética: um certo tipo de globalização que exclui grande parte das pessoas e a mercantilização generalizada de tudo, até das coisas mais sagradas, como órgãos, genes, água e sementes, entre outras coisas. Frente a isso, impõem-se um consenso ético mínimo sobre alguns princípios e valores compartidos, sem os quais os humanos poderão se autodevorar e regredir à condição de natureza e de barbárie. Daí nascem à ética do cuidado, a ética da compaixão, a solidariedade, o princípio da responsabilidade e a ética da justiça.
2) A dignidade da Mãe Terra, titular de direitos: considerando que o tema da dignitas Terrae é relativamente novo, uma vez que a dignidade e os direitos eram reservados apenas aos seres humanos, superando uma visão antropocêntrica e sociocêntrica, as atuais circunstâncias exigem uma biocivilização, na qual Terra e humanidade, dignas e com direitos, reconheçam a recíproca pertença, a origem e o destino comuns. O autor elenca quais são os direitos mínimos e fundamentais da Mãe Terra. Essa ética da Terra, no entanto, precisa ser acompanhada de uma espiritualidade, pois, sem ela as leis e normas acabam perdendo as motivações que lhes subjazem. Essa espiritualidade lança suas raízes na razão cordial e sensível.
3) O poder: seus usos e abusos: sobre este tema tão complexo, o autor, estabelece alguns parâmetros que lançam luzes sobre esta temática: a) o poder não é uma coisa, mas uma relação; 2) o poder é instância de direção; 3) o poder histórico é habitado por um demônio insaciável. Num segundo momento descreve algumas formas de uso prático do poder: o poder- mão-fechada; o poder-mão-estendida; o poder-mão-entrelaçada e, conclui, apresentando algumas medidas sanadoras para impor limites ao demônio que habita o poder.
4) A gentileza como virtude e como paradigma: trazendo a figura do Profeta Gentileza como a voz que clamou no deserto da grande cidade, o autor, destaca o paradigma da gentileza como aquele que tem mais chance de nos humanizar e de garantir a preservação da vida. A gentileza é a irradiação do cuidado e da ternura para com os outros e com a natureza. Assim sendo, o futuro da vida e da nossa civilização depende da gentileza como virtude e como paradigma: “a gentileza gera gentileza”.
5) Os pobres desafiam o status quo vigente: tendo em conta que os níveis de pobreza são estarrecedoras (cerca de 1 milhão de pessoas passou da pobreza para a miséria); entendendo que a pobreza é sistêmica, pois, é fruto de um tipo de sociedade cujo objetivo é acumular mais e mais bens materiais, sem qualquer consideração humanitária (justiça social) e ambiental (justiça ecológica) e distinguindo quatro tipos de pobreza, o autor, mostra que não existe nada mais humanitário, social, político, ético e espiritual do que saciar a fome do pobres da Terra: ser pobre é ver-se privado da capacidade de produzir a cesta básica ou de acender a ela. Assim, vê negados os direitos de viver com um mínimo de dignidade e com aquela liberdade básica de poder projetar seu sentido de vida.
6) A violência na sociedade e na natureza: as situações de violência entre seres humanos e contra a natureza desafiam nosso entendimento. Ela representa um desafio para a razão e até hoje filósofos, teólogos, cientistas e sábios não encontraram uma resposta convincente. Citando sumariamente o pensamento de René Girard a este respeito: desejo mimético, criação de bodes expiatórios - e seus desdobramentos - destaca a simpatia de Girard pelo sentido político da Teologia da Libertação como uma possibilidade de superação da lógica da violência e da contínua criação de bodes expiatórios. A Teologia da Libertação propõe uma educação que não imita nem reproduz o opressor, mas o “vomita” para se tornar livre, viver uma prática de liberdade e atuar sem oprimir mais. Em relação a violência contra a natureza mostra a atualidade de Jó para expressarmos nossos lamentos para Deus.
A terceira parte, olhando especificamente para o papel do feminino é composta de seis reflexões:
1) O feminino é primeiro, anterior ao masculino: levando em conta que a vida já existe na Terra há, 3,8 bilhões de anos, o autor, mostra como no processo evolutivo surgiu a sexualidade com a bipolaridade masculino/feminino e junto a isso a grande diversidade e singularidade dos seres vivos. Mostra que nos dois primeiros bilhões de anos, nos oceanos de onde irrompeu a vida, não existiam órgãos sexuais específicos. Existia uma existência feminina generalizada que, no útero dos oceanos, lagos e rios, gerava vidas. O masculino só veio muito mais tarde no processo de sexogênese. Mas ambos se encontram para compor a unidade diversificada da espécie humana, de homens e mulheres. É neste sentido que podemos falar que o princípio feminino é primeiro e originário. O autor conclui esta reflexão detalhando a complexidade implicada na sexualidade na compreensão ocidental e, brevemente, na oriental.
2) O Gênesis reescrito: a desconstrução do matriarcado pelo patriarcado: os estudos sobre a antropogênese confirmam o fato de que realmente existiu uma fase matriarcal na história humana ocorrida há cerca de 20 mil anos. O autor mostra que esses estudos revelam como os homens se valendo de vantagens evolutivas elaboraram vantagens evolutivas para desbancarem o matriarcado e introduzirem o patriarcado, ou seja, o domínio do homem sobre a mulher e a ocupação de todos os espaços público por ele. Destaca, a partir do estudo de duas teólogas feministas: Riane Eisler e Françoise Gange a forma como foi retrabalhado o pecado de Adão e Eva: um esforço de desmonte do matriarcado por parte do patriarcado. Segundo estas duas autoras, houve um meticuloso processo de culpabilização das mulheres no sentido de legitimar e consolidar o domínio patriarcal. Os ritos e símbolos sagrados do matriarcado foram diabolizados e reprojetados às origens na forma de um relato primordial, com a intenção de apagar totalmente os traços do relato feminino anterior. Destaca ainda que, o atual relato do pecado das origens coloca em cheque quatro símbolos fundamentais das grandes deusas-mãe: a mulher, a serpente, a árvore da vida, a relação homem-mulher.
3) Indicações para um equilíbrio dos gêneros: o autor recolhe pontos positivos da tradição bíblica para reforçar a busca de um equilíbrio na questão de gêneros: a) igualdade originária entre homem e mulher; b) diferença e reciprocidade entre o homem e a mulher; c) o homem e a mulher, caminhos para Deus; d) o homem e a mulher, caminhos de Deus para nós; e) a maneira cristã de nomear Deus; f) o homem e a mulher em Deus.
4) Deus: Pai maternal e Mãe paternal: Deus emerge numa linguagem inclusiva como Pai maternal e como Mãe paternal, como Deus-Ele e de Deus-Ela. Obviamente, Deus ultrapassa tais determinações, no entanto, vigoram valores positivos presentes nesta forma de nomeá-lo/la. Masculino (animus) e feminino (anima) são princípios estruturados de nossa identidade.
5) As mulheres despertaram a dimensão de anima em Jesus: o autor destaca que a encarnação de Jesus implicou assumir toda a nossa existência humana, com suas contradições, como os arquétipos ancestrais sombrios e luminosos e os processos naturais de construção da própria identidade. Nele estavam presentes o masculino (animus) e o feminino (anima), dois princípios que estruturam a nossa percepção do mundo e comportamentos face aos outros. Tendo em conta os escritos do Novo Testamento e dos evangelhos apócrifos, o autor, mostra de que maneira as mulheres despertaram, alimentaram e enriqueceram a dimensão de anima em Jesus. Diante disso, a mensagem e a prática de Jesus significam uma ruptura com a situação imperante e a introdução de um novo paradigma de relação, fundado não na ordem patriarcal da subordinação, mas no amor como mútua doação, que incluí a igualdade entre homem e mulher. A mulher irrompe como pessoa, filha de Deus, destinatária do sonho de Jesus e convidada a ser, junto com os homens, também discípulas e membros de um novo tipo de humanidade.
6) A salvaguarda da vida passa pelo poder das mulheres: sabedores de que as mulheres passaram a galgar altos cargos na administração pública chegando até a ser chefes de Estado e primeiras-ministras-, elas emergem num momento especial da história do Planeta Terra e da humanidade, pois sabiamente é através das mulheres que a Grande Mãe, Terra, está nos falando e advertindo sobre as ameaças que pesam sobre o futuro da vida e sobre a urgência de encontrar formas mais suaves e respeitosas de habitá-la, de produzir e consumir, que lhe preservem e confiram sustentabilidade necessária. Esse tipo de relação amorosa é imprescindível para ela poder continuar viva e nos dar tudo do que necessitamos para existir e reproduzir. Elas são as pastoras da vida e os anjos da guarda dos valores derivados da dimensão da anima (do feminino na mulher e no homem) que são: o cuidado, a reverência, a cooperação, a solidariedade, a capacidade de captar os mínimos sinais, mensagens e sentidos, sensíveis aos valores espirituais como a doação, o amor incondicional, a renúncia em favor dos outros, a abertura ao sagrado.
A qualidade, seriedade e profundidade das reflexões de Leonardo Boff propostas nesta obra são indiscutíveis. É de obras deste gabarito que precisamos no atual momento. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023 entendem que a Igreja, sacramento universal de salvação, anuncia sempre o mesmo Evangelho. Nessa missão, ela é chamada a acolher, contemplar, discernir e iluminar com a Palavra de Deus a complexa gama de elementos culturais, sociais, políticos e éticos que constituem a realidade á qual é enviada. Só a partir deste diálogo com a realidade, em constante mutação, ela será capaz de fazer com que o Evangelho chegue aos corações das pessoas, às estruturas sociais e às diversas culturas (cf. n. 41). Neste sentido o leitor encontrará nesta obra excelente material para o aprofundamento de temáticas atuais e relevantes além de valiosas pistas para um diálogo equilibrado, sóbrio e profundo - livrando-se de retrocessos, fundamentalismos e de argumentações ultrapassadas. Para as novas gerações fica o desafio de se confrontar com este valioso material – para que a Igreja exale a alegria e não cheiro de mofo.
Apenas duas correções a serem feitas futuramente na página 118: onde se diz “cuz” = cruz e em vez de critiansimo = cristianismo.
O livro cumpre a função de conscientização e de apelo ético e reforça um projeto em andamento no pontificado de Francisco. Obra digna de leitura. Que o leitor confira.
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A saudade de Deus. A força dos pequenos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU