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A lucidez no comentário de um empresário nordestino em uma carta a Keynes

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30 Julho 2019

Nas redes sociais, um empresário de Petrolina adverte o amigo, também empresário: “Rabelo, se seu presidente, Bolsonaro, não ativar as grandes obras e não botar os pobres para trabalhar logo, metade das indústrias e das lojas de Petrolina vai falir… Se você ficar mandando coraçãozinho para o Bolsonaro e não botar esse bosta para trabalhar, até você vai no bolo”.

A despeito do excesso vocabular, o empresário brasileiro de Petrolina exerce seus saberes pragmáticos. Saberes tão pragmáticos quanto os ensinamentos do inglês John Maynard Keynes e do alemão Hjalmar Schacht – o banqueiro de Hitler – nos transtornados anos 30 do século passado.

O artigo é de Luiz Gonzaga Belluzzo, economista, publicado por CartaCapital, 30-07-2019.

Em mensagem enviada aos seus amigos americanos em 1934, Keynes escreveu de forma simples e pragmática: “Quando me deparo com a questão do gasto, imagino que ninguém de senso comum duvidaria do que vou dizer, a menos que sua mente tenha sido embaralhada anteriormente por um financista de ‘escol’ ou um economista ‘ortodoxo’".

Nós produzimos a fim de vender. Em outras palavras, nós produzimos em resposta aos gastos. É impossível supor que possamos estimular a produção e o emprego abstendo-se de gastar. Então, como eu disse, a resposta é óbvia.

Mas, em um segundo olhar, vejo que a questão tem sido encaminhada para inspirar uma dúvida insidiosa. Para muitos, gasto significa extravagância. Um homem que é extravagante logo se torna pobre. Como, então, uma nação pode se tornar rica fazendo o que empobrece um indivíduo? Esse pensamento desnorteia o público.

No entanto, um comportamento que pode fazer um único indivíduo pobre pode fazer uma nação rica. Quando um indivíduo gasta, ele não afeta só a si mesmo, mas a outros também. A despesa é uma transação bilateral. Se eu gastar minha renda para comprar algo que você pode fazer para mim, eu não aumentei minha própria renda, mas aumentei a sua. Se você responder comprando algo que eu posso fazer para você, então minha renda também é aumentada. Assim, quando estamos a pensar na nação como um todo, devemos ter em conta os resultados como um todo. O resto da comunidade é enriquecido pela despesa de um indivíduo. Sua despesa é simplesmente uma adição à renda de todos os outros. Se todo mundo gasta mais, todo mundo é mais rico e ninguém é mais pobre. Cada homem beneficia-se da despesa de seu vizinho, e as rendas são aumentadas na quantidade exigida para fornecer os meios para a despesa adicional. Há apenas um limite para que o rendimento de uma nação possa ser aumentado dessa forma: o limite fixado pela capacidade física de produzir. Abster-se de gastos em um momento de depressão não só falha, do ponto de vista nacional, como significa desperdício de homens disponíveis, e desperdício de máquinas disponíveis, para não falar da miséria humana.

A nação é, simplesmente, uma coleção de indivíduos. Se, por algum motivo, os indivíduos que compõem a nação não estão dispostos, cada um em sua capacidade privada, a gastar o suficiente para empregar os recursos com os quais a nação é dotada, então o governo – representante coletivo de todos os indivíduos – deve preencher a lacuna. Os efeitos das despesas governamentais são precisamente os mesmos que os efeitos da despesa dos indivíduos. Assim, o aumento da receita fiscal fornece a fonte das despesas públicas extras. Por isso pode ser vantajoso para um governo recorrer a um empréstimo do sistema bancário.

Quando o governo toma emprestado para gastar, indubitavelmente a nação assume uma dívida. Mas é a dívida da nação para os seus próprios cidadãos uma coisa muito diferente da dívida de um indivíduo privado. A nação é os cidadãos que a compõem, não mais e não menos.

Escreveu Keynes: “Se todo mundo gasta mais, todo mundo é mais rico e ninguém é mais pobre”

Homens anteriormente desempregados estão agora a ganhar salários e gastam esses salários para abastecer suas necessidades e confortos da vida – camisas, botas e similares. Os criadores dessas camisas e botas, que até então estavam desempregados, gastarão seus salários e, assim, estabelecem uma nova rodada de emprego adicional, de produção adicional, de salários adicionais e de poder aquisitivo adicional. E assim vai, para cada homem empregado no esquema do governo, três ou talvez quatro homens adicionais são empregados para prover suas necessidades e para as necessidades de um outro. Dessa forma, uma determinada taxa de despesa governamental dará lugar a quatro ou cinco vezes mais emprego que um cálculo simplório sugeriria… Ao mesmo tempo, as receitas da tributação crescem à medida que o rendimento tributável da nação aumenta, e os valores da propriedade são restabelecidos”.

Nas profundezas da depressão alemã, Hjalmar Schacht refletiu: “Se houver fábricas não utilizadas, máquinas não utilizadas e estoques não utilizados, também deve haver capital não utilizado. Mobilizar este capital com empréstimos (ao governo) seria um empreendimento sem esperança. A confiança pública na capacidade do Estado foi prejudicada por governos anteriores (Schacht faz menção aos temores despertados pela hiperinflação de 1922/23). Eu tinha, portanto, de encontrar uma maneira de mobilizar este capital jacente nos depósitos e nos bolsos onde ele estava guardado, sem esperar que ele continuasse parado por muito tempo ou pudesse perder o seu valor. A partir deste pensamento surgiu o esquema que mais tarde se tornou conhecido como Mefo-Bills. (Letras Mefo)

O nome Mefo deriva de Metall-Forschungs A.G. (Empresa de Pesquisa de Metais Limitada), uma empresa limitada fundada, por instigação do governo, pelas quatro grandes empresas Siemens, Gutehoffnungshütte, Krupp e Rheinstahl. O Estado assumiu responsabilidade direta pela segurança de todas as dívidas emitidas por esta pequena empresa. Os fornecedores adjudicariam Mefo Bills para financiar a produção das encomendas do Estado. O Reichsbank aceitaria trocar essas letras a qualquer momento por dinheiro vivo. Esta é a ideia bastante simples e clara por trás do sistema Mefo-Bill. O Estado poderia usar as letras Mefo para pagar suas encomendas para empresas, encomendas que, com o passar do tempo, seriam estendidas especialmente para financiar os armamentos. Os fornecedores poderiam imediatamente trocar suas letras por dinheiro no Reichsbank. A questão era saber até que ponto o Reichsbank deveria descontar as letras Mefo…

Uma vez que as letras pagavam quatro por cento de juros e poderiam ser trocadas por dinheiro vivo no Reichsbank a qualquer momento, elas tomaram o lugar de dinheiro e o mercado se interessou pelo negócio”.

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