O'Malley - O encontro de fevereiro foi uma proposta nossa

O'Malley e Papa Francisco | Foto: Vatican Media

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26 Novembro 2018

"Este é um momento crítico para a Igreja universal para enfrentar a crise dos abusos sexuais. O encontro de fevereiro será um momento importante para desenvolver um claro passo à frente para as dioceses de todo o mundo". Isso foi afirmado pelo cardeal arcebispo de Boston Sean O'Malley, presidente da Comissão do Vaticano para a proteção de menores.

A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada por Vatican Insider, 23-11-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

"Estou grato pelo anúncio feito esta manhã - continuou ele – a respeito do comitê de organização do encontro dedicado à proteção dos menores na Igreja, a ser realizado em Roma, em fevereiro de 2019. A proposta por esse tipo de encontro tinha sido desenvolvida pela Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores, foi discutida pelo Conselho dos Cardeais (C9, ndr), e posteriormente aceita pelo Santo Padre. Estou feliz que esse encontro tenha sido convocado pelo Santo Padre e estou feliz em participar”.

"O papel da Comissão Pontifícia - acrescentou O'Malley - é servir como um consultor para o Santo Padre, fazendo recomendações à Igreja universal sobre as melhores práticas para programas de educação e prevenção sobre o crime de abusos sexuais de menores e adultos vulneráveis. A pedido do Santo Padre, a Comissão prestará assistência e seu serviço à comissão organizadora".

O cardeal ressaltou que entre os programas mais importantes preparados pela Comissão há reuniões entre as vítimas e grupos de bispos recém-nomeados. "Essas reuniões nos convenceram que chamar os bispos a Roma para semelhante encontro de tão alto impacto seria muito importante para enfrentar no plano mundial a crise dos abusos do clero".

"Este é um momento crítico para a Igreja universal para lidar com a crise dos abusos sexuais. O encontro de fevereiro - concluiu o cardeal - será um momento importante para desenvolver um claro passo à frente para as dioceses de todo o mundo. Temos de continuar a assumir e praticar nosso compromisso com a tolerância zero, trabalhar para maior transparência, incluindo a publicação dos nomes dos padres acusados de abusos, e encorajar todas as ordens religiosas a adotar práticas semelhantes e cooperar com as autoridades civis e judiciais. Mas, acima de tudo, devemos colocar em primeiro lugar o apoio e o cuidado pastoral dos sobreviventes. Esse é um percurso ao longo de uma vida que agora se tornou essencial para a grande família católica e requer a colaboração entre os leigos e o clero em resposta a erros de liderança episcopal considerando responsáveis os bispos pelos crimes contra as crianças e os adultos vulneráveis.

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