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01 Outubro 2018

Uma dúvida me assalta: será prematura a comemoração? Não acredito. Primeiramente, a vida como ela é, com todos seus sofrimentos e decepções, nos convida a nunca perdermos uma oportunidade de comemorar, mesmo que antecipadamente, mesmo que prematuramente.

O artigo é de Paulo Nogueira Batista Jr., economista, publicado por CartaCapital, 01-10-2018.

E não acredito, francamente, que a comemoração seja, a esta altura, prematura. Lula – o nosso Pelé político – fez a obra quase milagrosa de virar um jogo que parecia totalmente perdido. E, como dizia Nelson Rodrigues, a vitória sofrida é mais doce. Fernando Haddad passará ao segundo turno e deve derrotar Jair Bolsonaro. Sempre existe o risco de surpresas e manobras de última hora. Mas o eleitor parece até certo ponto imunizado contra essas jogadas.

Insistindo um pouco na metáfora futebolística, diria que aconteceu em 2018 o mesmo que na Copa de 1962, no Chile. Pelé foi caçado desleal e impiedosamente em campo até o tirarem da disputa. Só que apareceu Amarildo para substituí-lo – e o Brasil foi bicampeão do mundo.

A diferença é que Lula foi mais do que um Pelé. Continuou jogando e armando fora de campo. Impôs derrota acachapante a seus adversários. Foi a estrela insuperável do campeonato, mesmo alijado do torneio. Será pentacampeão.

Agora é enfrentar o terceiro turno. Sim, leitor(a), é perfeitamente possível ganhar a eleição e perder o governo. Foi o que aconteceu com Dilma Rousseff em 2014. O que eu chamo de terceiro turno é a volta adicional que a turma da bufunfa impõe quando não consegue prevalecer nos dois primeiros. O que está em disputa nesse terceiro turno é o controle das principais alavancas da área econômica, notadamente o comando do Ministério da Fazenda e do Banco Central.

Somos todos gatos escaldados e estamos percebendo, com certeza, que o terceiro turno começou. Haddad tem sido e será pressionado a compor a sua equipe de forma “responsável”, escolhendo profissionais respeitados pelo mercado. Dito de outra forma, de uma forma mais crua, mais realista: o que a turma da bufunfa deseja, exige na verdade, é a rendição, ou seja, a escolha de nomes que executem fielmente seus desígnios e alinhem a política econômica aos interesses do chamado mercado.

Ora, ceder a isso é praticar o infame estelionato eleitoral: eleger-se com o povo e governar com os plutocratas. Atenção: a experiência brasileira das últimas décadas sugere que estelionato eleitoral é suicídio político. Vide, por exemplo, o Cruzado II, logo após as eleições de fins de 1986, traição da qual o governo Sarney nunca se recuperou. Fernando Collor passou por algo semelhante e nunca mais se refez do alongamento forçado das cadernetas de poupança e demais ativos financeiros, terminando por sofrer impeachment. FHC também nunca se recuperou do estelionato que praticou para se reeleger em 1998. Depois das eleições, corrigiu o câmbio artificialmente represado, mas perdeu para sempre a sua credibilidade.

Dilma é o caso mais recente e, de certa forma, mais chocante. Fez campanha para a reeleição com ruidosa plataforma de esquerda, inclusive e notadamente na área econômica. Venceu o segundo turno, mas sofreu derrota monumental no terceiro, quando entregou o comando do Ministério da Fazenda a um economista ortodoxo radical. A partir daí desceu ladeira abaixo e acabou derrubada.

Como será o terceiro turno desta vez? Temos riscos, mas também trunfos. Os riscos são psicológicos, em primeiro lugar. Existe sempre a tentação de seguir a estrada aparentemente mais fácil, de buscar a aceitação dos poderes estabelecidos. A turma da bufunfa é craque na arte de seduzir e manipular. Antonio Palocci fez o jogo deles, acreditando que iria longe. Foi abandonado à própria sorte depois que prestou variados e valiosos serviços.

O outro risco é econômico, a fragilidade fiscal. O déficit governamental é elevado, considerando (como se deve) não apenas o déficit primário, mas a carga de juros. A dívida pública também é elevada e tem vencimentos pesados no curto prazo. A turma da bufunfa opera em mercados financeiros concentrados, sujeitos a manipulações e movimentos combinados. A sua arma no terceiro turno é desencadear e alimentar incertezas, que se traduziriam em dificuldades de rolagem da dívida de curto prazo e pressões sobre a taxa de câmbio.

Mas os trunfos do nosso lado são consideráveis, maiores do que em 2002, quando FHC deixou tudo pendurado por barbante. O problema da dívida pública é grave, mas mesmo aí temos vantagens. A dívida é sobretudo interna e denominada em moeda nacional. A parcela em mãos de investidores estrangeiros é relativamente pequena. Como o setor público é credor líquido em moeda estrangeira, a desvalorização cambial favorece as contas governamentais.

O setor público é credor líquido em moeda estrangeira basicamente porque as reservas internacionais são muito altas, da ordem de 380 bilhões de dólares, herança positiva dos governos Lula e Dilma que não foi desbaratada no governo Temer. Por esses e outros motivos, a posição do setor externo da economia brasileira é excepcionalmente forte, o que nos diferencia de economias acossadas por crises cambiais, como a Argentina, que caiu nos braços do FMI, e a Turquia.

Por último e não menos importante: o terceiro turno é um filme que já vimos. Não temos por que nos apavorar. Temos condições de fazer face a pressões e eventuais ataques especulativos contra a dívida pública e a moeda nacional.

Requisitos: nervos de aço, calma e bom senso.

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