Semana trágica no calendário eleitoral da semana

Foto: Marri Nogueira/Agência Senado

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03 Agosto 2018

"O medo que paira nos grandes meios de comunicação é a sombra de Lula, bem à frente nas pesquisas, que o sistema desde o princípio tratou que fosse inelegível, insuportável para os setores dominantes", escreve Luiz Alberto Gómez de Souza, sociólogo. 

Eis o artigo.

Onde os programas dos candidatos? A aposta de muitos de nós numa frente ampla progressista pareceria quase impossível neste horizonte imediato de 2018. Entretanto, Manuela d'Ávila sinaliza que renunciará a uma candidatura isolada, se for possível a criação de uma proposta coletiva de unidade. Para o PT, a unidade passaria pela adesão a priori a Lula, o que inviabiliza de saída o diálogo coletivo. Alguns partiram na busca de alianças que permitam aumentar o tempo na propaganda eleitoral, ou se equilibrando em procurar apoios contraditórios ao nível das candidaturas estaduais. E um sinal da falta de rumos é a dificuldade para quase todos de escolher companheiros de chapa, esperando possíveis composições eleitoreiras.

O medo que paira nos grandes meios de comunicação é a sombra de Lula, bem à frente nas pesquisas, que o sistema desde o princípio tratou que fosse inelegível, insuportável para os setores dominantes. Lula indicará alguém que o substitua na undécima hora? Dentro do próprio PT? Tarde talvez para costurar alianças.

Partimos para uma eleição com muitos candidatos e muitas legendas, várias de aluguel. A eleição presidencial centraliza a atenção. E com isso fica na sombra a tarefa mais importante de apoiar candidatos confiáveis ao nível legislativo, para tentar sair de uma desmoralização que se abate sobre esse poder.

Uma alta abstenção seria um retrocesso na frágil construção democrática. Como votarão as novas gerações? Alguns, sem memória histórica, podem cair na tentação suicida de apoiar propostas da extrema direita. Mais do que nunca é necessária uma cidadania ativa e democrática. E, voltando ao princípio, é importante deixar de fixar-nos apenas em nomes, exigindo programas audazes que abram novos rumos à esquerda.

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