Escutas indicam proximidade entre milicianos e vereador investigado por morte de Marielle

Foto: Fernando Frazão, Agência Brasil | Fotos Públicas

Mais Lidos

  • Cristo Rei ou Cristo servidor? Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS
  • Dois projetos de poder, dois destinos para a República: a urgência de uma escolha civilizatória. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • Desce da cruz: a sedução dos algoritmos. Comentário de Ana Casarotti

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

14 Mai 2018

Escutas telefônicas indicam proximidade entre milicianos e o vereador do Rio de Janeiro  Marcello Siciliano (PHS), acusado por um policial militar que integrava uma milícia de ser um dos mandantes do assassinato da também vereadora Marielle Franco (PSOL), ocorrido em 14 de março no Rio. O conteúdo de duas conversas telefônicas foi divulgado neste domingo, 13, pelo programa "Fantástico", da TV Globo, que não revelou quem são as pessoas com quem Siciliano conversava.

A informação é de Fábio Grellet, publicada por O Estado de S. Paulo, 13-05-2018.

Numa das conversas, um suposto miliciano pede ao vereador que acione o 31º Batalhão da PM, que atende o Recreio dos Bandeirantes e outras áreas da zona oeste, depois que "os bandidos lá mataram um amigo nosso". "Você podia dar um toque pro pessoal do 31 pra ficar de olho? (Se) Botar uma blitz ali vai pegar", pede o interlocutor. "Vou mandar botar agora. Na volta passo aí", responde o vereador.

Em outra conversa telefônica, Siciliano pede ajuda a um suposto miliciano para inaugurar um projeto social em área de milícia: "O garoto ia começar a fazer o projeto lá hoje, aí o rapaz chegou lá e falou 'não, não vai fazer nada aqui não'. Eu posso ir atrás lá da pessoa pra resolver em teu nome?" O interlocutor concorda: "Pode, vou te mandar o telefone dele aqui. Pode ir."

Em nota enviada ao próprio programa da TV Globo, o vereador reafirma que nunca teve envolvimento com milícias e disse que, embora já tenha sido investigado, nunca chegou a ser indiciado. Ele se colocou à disposição da polícia para quaisquer esclarecimentos. Siciliano nega qualquer envolvimento na morte de Marielle e, na semana passada, convocou entrevista coletiva para se pronunciar após a acusação.

Leia mais