18 Março 2024
"A segurança no trabalho já não está mais na agenda dos noticiários, nem parece incluída na agenda política", escreve Tonio Dell’Olio, padre, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana, em artigo publicado por Mosaico di Pace, 14-03-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.
Estávamos prontos a apostar que teríamos esquecido as mortes no trabalho de Florença, quando a enorme viga que cedeu de repente fez mais barulho só porque, como em Brandizzo, matou vários trabalhadores de uma só vez. E, de fato, a segurança no trabalho já não está mais na agenda dos noticiários, nem parece incluída na agenda política. Toda a dor possível parece inteiramente deixada às almas de suas respectivas famílias.
Ontem, em Brindisi, Gianfranco Conte, de 37 anos, foi esmagado por uma bobina e um homem de 59 anos, de origem polonesa, foi atingido pela empilhadeira de uma empresa madeireira na província de Trento.
Um homem de 42 anos de Carrara ficou gravemente ferido: caiu do telhado de um armazém industrial. Outro trabalhador morreu na fábrica da Fincantieri em Castellamare di Stabia e em San Giorgio Liri (Frosinone) um operador ecológico de 60 anos morreu ao cair do compactador de resíduos.
Nos últimos dias, Giuseppe Borrelli, de 25 anos, morreu em San Marco Evangelista (Caserta), também esmagado por uma máquina. Um boletim de uma guerra incompreensível entre a vida das pessoas e o seu trabalho que pela sua natureza deve prover pão e dignidade e nunca morte, e espera por providências e prevenção, cuidado e atenção.
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O boletim de guerra de fábricas e canteiros de obras. Artigo de Tonio Dell'Olio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU