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Fecundidade e utilidade das ciências humanas. Artigo de Adela Cortina

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25 Setembro 2018

“As ciências humanas proporcionam benefícios econômicos e projetam marcos de sentido que permitem que as sociedades se compreendam e orientem as mudanças rumo a um autêntico progresso”. A reflexão é de Adela Cortina, em artigo publicado por El País, 23-09-2018. A tradução é de André Langer.

Adela Cortina é catedrática emérita de Ética e Filosofia Política da Universidade de Valência, membro da Real Academia de Ciências Morais e Políticas e diretora da Fundação ÉTNOR.

Eis o artigo.

A falta de apreço pelas ciências humanas, geralmente demonstrada por aqueles que elaboram os currículos escolares e financiam projetos de pesquisa, tem sua origem principalmente na convicção de que elas não ajudam a aumentar o PIB dos países, não são rentáveis, ao contrário das ciências e das tecnologias, que são uma fonte de inovação e riqueza. Fomentar a pesquisa e o ensino destas áreas seria, pois, promissor, e relegar as ciências humanas, dada a sua inutilidade, uma boa medida.

Mas o curioso é que, ao dar como bom o fato de que as ciências humanas são conhecimentos inúteis, os seus críticos e grande parte de seus defensores estão de acordo, com a diferença de que estes últimos atribuem sua grandeza à sua suposta falta de utilidade: à utilidade do inútil, para dizê-lo com o título do livro de Nuccio Ordine. Um bom número de clássicos da filosofia e da literatura está de acordo em realçar que a sublimidade do inútil consiste em não estar a serviço de outros objetivos, mas em valer por si mesmo, como já adiantara Aristóteles ao referir-se à Filosofia Primeira: “Como chamamos livre ao homem que é para si mesmo e não para outro, assim consideramos esta ciência como a única livre, pois esta é para si mesma”.

No entanto, e apesar da beleza do texto, as coisas não são tão simples. Por mais atraente que possa ser o discurso sobre a superioridade dos conhecimentos inúteis, acontece que as ciências humanas também são úteis, mas têm a peculiaridade de conjugar a utilidade com o que podemos chamar de “fecundidade”. Na minha opinião, convém reservar o termo “utilidade” para os saberes que valem porque servem para outras coisas, e recorrer ao termo “fertilidade” para os saberes  que valem por si mesmos e, justamente por isso, promovem a formação das pessoas e o cultivo da humanidade.

Neste sentido, é aconselhável recorrer a textos como o de Rens Bod, A New History of the Humanities, que defende que as ciências humanas também contribuíram para o progresso econômico e resolveram problemas concretos. De acordo com Bod, dá-se o fato de que foram escritas muitas histórias da Ciência destacando as suas realizações para o bem-estar da humanidade, mas não foram escritas histórias das ciências humanas em seu conjunto. Se conhecêssemos essa história, nós nos daríamos conta de que suas visões mudaram o curso do mundo, o que é – na minha opinião –, sem dúvida, um sinal claro de fertilidade, mas também muitas dessas concepções tiveram aplicações muito concretas que permitiram resolver problemas.

É o caso de descobertas como a de Panini, cerca de 500 a.C., de que o sânscrito se baseia em uma “gramática” que contribui para o desenvolvimento das primeiras linguagens programadas muitos séculos depois; para não falar da descoberta crucial da Pedra de Roseta. Mas como a história das ciências humanas não é conhecida, são atribuídas ao trabalho das ciências um conjunto de descobertas que, na realidade, procedem do campo humanístico. Por isso, o desejo de distinguir e separar áreas, que se reflete nos currículos escolares e nos campus universitários, deve-se mais a um interesse burocrático e administrativo do que a um interesse por se ajustar à realidade do saber.

Com efeito, atualmente, transfere-se conhecimento humanístico em produtos cinematográficos, discográficos, audiovisuais, editoriais, em museus, fundações, em centros educacionais, em questões relacionadas ao patrimônio histórico-artístico, ao turismo ou aos meios de comunicação. Grupos de arqueologia trabalham com empresas da construção, filósofos desenvolvem índices que permitem medir a qualidade das organizações.

Ainda neste âmbito da utilidade convém recordar que cada vez mais os jovens preferem tempo de ócio para usufruir de relações familiares, amistosas e diversões, a trabalhar ininterruptamente para alcançar uma melhor posição econômica; preferem ter direito ao uso a possuir. Algo está mudando nesse sentido, e acontece que a cultura do ócio, na qual as ciências humanas estão tão envolvidas, é também uma fonte crescente de riqueza econômica.

As ciências humanas são, pois, também produtivas como conhecimentos que contribuem diretamente para o aumento do PIB dos países; uma contribuição que crescerá dia a dia.

No entanto, esta não é a sua principal contribuição para o progresso nas humanitas, mas a que vêm proporcionando desde as suas origens no campo da formação. Porque ajudam a conhecer reflexivamente a história para encontrar o próprio lugar no mundo, a história de cada país e a do gênero humano, que é, sem dúvida, intercultural. Permitem detectar nela que tendências queremos cultivar a partir dos valores morais que preferimos, a partir dos princípios éticos pelos quais devemos e queremos optar. Despertam o espírito crítico para demolir fundamentalismos e dogmatismos a partir de um uso público da razão, típico de sociedades abertas. Ajudam a forjar a consciência, em diálogo, mas sabendo que, no final, é preciso assumir as próprias decisões e responsabilizar-se por elas. Orientam as pesquisas científicas e as aplicações técnicas baseadas em princípios éticos.

Além disso, promovem a formação de profissionais conscientes dos objetivos de sua profissão. Propiciam o cultivo da humanidade, de que falava Herder, a formação e não a mera instrução, desenvolvendo a capacidade do juízo e do bom gosto, que abre a base da comunicabilidade universal. Fomentam a imaginação criativa que nos permite transladar-nos para mundos nunca antes vistos e potencializar o sentimento de simpatia, pelo qual nos colocamos no lugar de qualquer outra pessoa. Tornam possível superar a armadilha do individualismo, que é falso, e fomentar o reconhecimento recíproco dos seres humanos como pessoas, deixando claro que somos em relação. Colaboram na tarefa de lançar as bases de democracias autênticas, a partir de uma cidadania madura, simultaneamente local e cosmopolita.

Não faz, portanto, sentido a ideia de que as ciências humanas não influenciam no progresso humano. Pelo contrário, são úteis, proporcionam benefícios econômicos, foram e são uma fonte de inovação, porque oferecem soluções para problemas concretos, que se traduzem em “transferência de conhecimento” para o tecido produtivo; e, sobretudo, são fecundas, porque projetam marcos de sentido que permitem que as sociedades se compreendam e orientem as mudanças rumo a um autêntico progresso, propiciando o cultivo de qualidades sem as quais seria impossível alcançar a estatura humana com a qual as sociedades democráticas se comprometeram.

Fomentá-las e articulá-las estreitamente com as ciências e as tecnologias, é uma das chaves do bom desenvolvimento humano.

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